
Maria afirma que levantamento do conselho no local aponta envolvimento de quase 100% dos 2,8 mil detentos com o tráfico e o uso de entorpecentes. “Ali, quem não vende usa”, lastima.
Há casos de usuários que precisam receber “mesada” da família semanalmente para quitar dívidas com fornecedores. “Quem não paga morre”, conta Maria. Ela diz conhecer mães carentes e desempregadas que se obrigam a levar ao presídio 100 reais a cada sete dias para que o filho não seja assassinado por dívida de entorpecentes.
Todas as quartas-feiras o conselho promove palestras com famílias de presidiários. Oferecer apoio aos parentes dos presos é a meta da entidade, que recentemente recebeu do Ibama uma doação de madeira para construção de pátio para visitas e playground destinado às crianças que acompanham as mães.
O governo do estado prometeu colocar à disposição do conselho profissionais das áreas de educação, psicologia e assistência social.
Segundo Maria, o preconceito contra a família do detento é a maior barreira que ela pode enfrentar do lado de fora da prisão. “Nosso trabalho tem o objetivo de diminuir a discriminação sobre os parentes dos presos”, disse.
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