O líder do PSDB na Assembléia Legislativa, Donald Fernandes, afirmou hoje, com base em números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que a “perda” de quase 44 mil habitantes na cidade de Rio Branco entre 2005 e 2006 pode ser explicada com base em levantamentos do próprio Instituto. Para o deputado, que também recorreu a dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e da Fundação Getúlio Vargas, a qualidade de vida dos acreanos piorou.
Ele citou como exemplo o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que no acre é de 0,625 (entre os piores do país). Já a educação registrava, em 2005, 142 mil analfabetos, ou 25% da população, conforme o IBGE.
“Não basta desacreditar o Instituto, como se pretendeu fazer ultimamente. É preciso cruzar outros dados disponíveis para termos uma idéia do Acre real”, alertou Donald.
Saneamento e produção
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, revela que houve aumento de apenas 0,2% na rede de esgoto entre 2005 e 2006. Donald, que é médico, lembrou que segundo estudo da Organização Mundial da Saúde, cada real investido em saneamento significa a economia de quatro a cinco reais em atendimento médico-hospitalar num prazo máximo de dez anos.
O parlamentar tucano também se baseou na PNAD para criticar o abastecimento de água no estado. Apenas 47,6% da população acreana dispõem de serviço de água encanada. Houve pouquíssima oscilação em relação a 2005.
Outro dado preocupante apontado pelo parlamentar é o que revela a queda na produção de alimentos no Acre. Entre os produtos afetados estão o feijão, o arroz e o milho. O deputado atribuiu esse resultado ao abandono da zona rural.
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