terça-feira, 2 de outubro de 2007

Os sem-florestania

O partido da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, perdeu filiados ilustres no Acre. Os líderes indígenas Sabá Manchineri, José Correia Jaminawa e Edna Shanenawa, de três etnias diferentes, deixaram PT e PC do B, sob argumento de que o governo não está preparado para lidar com a causa indígena. Eles também acusam os aliados de Marina de cooptar os índios. Quando a estratégia falha, surgem "ameaças e perseguição política", conforme afirmou Sabá Manchineri.

Vivemos sob o projeto da florestania há mais de oito anos. Não se sabe extamente o que quer dizer esse neologismo, mas graças a ele se garantiu aos aliados do ex-governador Jorge Viana mandatos na Câmara Federal (seis dos oito deputados), no Senado (dois dos três senadores), na Assembléia Legislativa (18 dos 24 deputados estaduais), o comando do governo estadual pela terceira vez consecutiva e da prefeitura da capital.

Nesse tempo todo falou-se muito em preservação ambiental e desenvolvimento sustentável, mas os principais agentes da florestania (os índios) se mostram insatisfeitos com os rumos da política acreana.

Na sexta-feira, 28, Manchineri assinou ficha de filiação no PSDB. "Nenhum governo fez tanto por nós como o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso", afirmou.

Na foto estão o presidente municipal do PSDB, Rodrigo Fernandes; o presidente regional, Tião Bocalom; o líder do partido na Assembléia Legislativa, Donald Fernandes e Sabá Manchineri.

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