O líder do PSDB na Assembléia Legislativa, Donald Fernandes, denunciou hoje o tratamento desumano que sofrem os funcionários da maternidade do município de Cruzeiro do Sul. A denúncia se baseia em documento do Sintesac (Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado do Acre) no município, e detalha os abusos cometidos pela diretora-geral do Hospital-maternidade, Catiúcia Pinheiro Rosas.
Segundo o presidente do Sintesac em Cruzeiro do Sul, Francisco Jader Pedroza, a Secretaria de Saúde não paga os plantões extras relativos aos meses de junho, agosto e setembro; funcionários com mais de 60 anos são obrigados a trabalhar no período noturno, inclusive nos finais de semana; a escala de plantões é feita de forma desorganizada.
Além disso, detalha o documento, não há material de rotina para o laboratório da Funasa, responsável pelos exames de malária daquela região. O local também já não funciona no período noturno, finais de semana ou feriados. O serviço de radiologia também foi suspenso por falta de manutenção do aparelho de raio-x.
"É grave a situação da saúde em Cruzeiro do Sul, e essas informações preocupam ainda mais porque dizem respeito aos profissionais da área", afirmou Donald.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Os pássaros e a política
Rodrigo Fernandes
Dizem que os pássaros conseguem pressentir os acidentes naturais antes que eles aconteçam. Aos primeiros sinais (invisíveis) de um terremoto, por exemplo, eles migram para um local livre do perigo, longe do desastre e da ameaça. Pensei nisso hoje, ao notar o fato de que algumas pessoas, como os pássaros, conseguiram pressentir que o PT seria um grande desastre para o país – e foram buscar abrigo em ninhos mais seguros.
Lembrei então de um tempo em que, ingênuo, me vi refém de uma esperança que se transformou em medo. Tinha apenas 14 anos e muitos sonhos, entre os quais ver o Brasil governado por um trabalhador. Lula era o nome dele. O barbudo que assustava os banqueiros surgia para muitos como o salvador da gente amesquinhada pela corrupção, a fome, a falta de escolas e pela ausência de cidadania. No Rio de Janeiro, onde morava, carreguei estrela no peito e bandeira vermelha nas eleições de 89, somando-me aos milhões que acreditavam na mudança. E ao ver os debates na TV, descobri minha vocação. Nascia em mim a paixão pela política. Mas perdemos as eleições para o caçador de marajás.
A esperança se renovaria com as eleições presidenciais de 94. O torneiro mecânico dessa vez enfrentaria as elites personificadas no catedrático FHC. Seria, porém, outro naufrágio eleitoral, pois o sucesso do Plano Real havia transformado Fernando Henrique no São Jorge que esmagara o dragão inflacionário. Em 98 a história se repetiria, com uma derrota fragorosa no primeiro turno.
Eis que afinal, em 2002, o Lula repaginado pelo marketing de Duda Mendonça surpreendeu nas urnas. Era a vez do social, dos trabalhadores, pensei. A vez dos descamisados miseráveis que comiam fruta podre e sonhavam com um Brasil de três refeições ao dia.
Morava já no Acre, e exercia o cargo de secretário-geral do PPS de Rio Branco. O exercício da política me tornara menos ingênuo, capaz de reconhecer méritos antes ignorados no governo FHC. E a identificar os primeiros indícios de que as coisas iam mal com o governo Lula.
O tempo me foi confirmando o equívoco da crença antiga. O Fome Zero foi um fiasco. Não adiantou que a musa Gisele Bündichen fizesse a primeira grande doação individual para os pobres do novo presidente. Falou-se em morosidade e incompetência na condução do programa mais badalado no período eleitoral. Falou-se em morosidade e incompetência nos ministérios, em incompetência e muita morosidade em todo o governo. Até que vieram as denúncias de corrupção.
Com os juros altos, os bancos começaram a ter lucros astronômicos, e começaram a bater os primeiros recordes de rentabilidade. Enquanto isso os empresários reclamavam da carga tributária – a mais alta de toda a história do país – e as filas de desemprego aumentavam a angústia de milhares de famílias. Lembrei de uma sabatina no Jornal Nacional em que o candidato petista criticou os juros e prometeu combatê-los com base no que ocorrera nos Estados Unidos. Com menos juros e impostos, prometeu, a economia voltaria aos trilhos.
Surgiram, no início do mandato, pequenos sinais do grande perigo que viria. A primeira greve enfrentada pelo ex-sindicalista no comando do país, protagonizada por agentes da Polícia Federal, fora punida com corte no ponto dos grevistas. O governo dos trabalhadores não deu refresco a quem reivindicava reajuste salarial. E em seguida os grandes investidores foram isentos da CPMF (o “imposto do cheque”), que Lula tenta prorrogar até 2010. Outros indícios de falcatruas desaguaram no corredor do mensalão, onde sacolas com dinheiro eram entregues a deputados medíocres em troca de apoio na Câmara. E o presidente nunca soube de nada.
Mas antes mesmo do mensalão e dos sanguessugas, eu já pousara em outro ninho político, cismado com tantas evidências de que o desastre viria. Como os pássaros, havia pressentido o terremoto petista que derrubou a Ética e tenta soterrar a Democracia.
Rodrigo Fernandes é presidente municipal do PSDB do Acre
Dizem que os pássaros conseguem pressentir os acidentes naturais antes que eles aconteçam. Aos primeiros sinais (invisíveis) de um terremoto, por exemplo, eles migram para um local livre do perigo, longe do desastre e da ameaça. Pensei nisso hoje, ao notar o fato de que algumas pessoas, como os pássaros, conseguiram pressentir que o PT seria um grande desastre para o país – e foram buscar abrigo em ninhos mais seguros.
Lembrei então de um tempo em que, ingênuo, me vi refém de uma esperança que se transformou em medo. Tinha apenas 14 anos e muitos sonhos, entre os quais ver o Brasil governado por um trabalhador. Lula era o nome dele. O barbudo que assustava os banqueiros surgia para muitos como o salvador da gente amesquinhada pela corrupção, a fome, a falta de escolas e pela ausência de cidadania. No Rio de Janeiro, onde morava, carreguei estrela no peito e bandeira vermelha nas eleições de 89, somando-me aos milhões que acreditavam na mudança. E ao ver os debates na TV, descobri minha vocação. Nascia em mim a paixão pela política. Mas perdemos as eleições para o caçador de marajás.
A esperança se renovaria com as eleições presidenciais de 94. O torneiro mecânico dessa vez enfrentaria as elites personificadas no catedrático FHC. Seria, porém, outro naufrágio eleitoral, pois o sucesso do Plano Real havia transformado Fernando Henrique no São Jorge que esmagara o dragão inflacionário. Em 98 a história se repetiria, com uma derrota fragorosa no primeiro turno.
Eis que afinal, em 2002, o Lula repaginado pelo marketing de Duda Mendonça surpreendeu nas urnas. Era a vez do social, dos trabalhadores, pensei. A vez dos descamisados miseráveis que comiam fruta podre e sonhavam com um Brasil de três refeições ao dia.
Morava já no Acre, e exercia o cargo de secretário-geral do PPS de Rio Branco. O exercício da política me tornara menos ingênuo, capaz de reconhecer méritos antes ignorados no governo FHC. E a identificar os primeiros indícios de que as coisas iam mal com o governo Lula.
O tempo me foi confirmando o equívoco da crença antiga. O Fome Zero foi um fiasco. Não adiantou que a musa Gisele Bündichen fizesse a primeira grande doação individual para os pobres do novo presidente. Falou-se em morosidade e incompetência na condução do programa mais badalado no período eleitoral. Falou-se em morosidade e incompetência nos ministérios, em incompetência e muita morosidade em todo o governo. Até que vieram as denúncias de corrupção.
Com os juros altos, os bancos começaram a ter lucros astronômicos, e começaram a bater os primeiros recordes de rentabilidade. Enquanto isso os empresários reclamavam da carga tributária – a mais alta de toda a história do país – e as filas de desemprego aumentavam a angústia de milhares de famílias. Lembrei de uma sabatina no Jornal Nacional em que o candidato petista criticou os juros e prometeu combatê-los com base no que ocorrera nos Estados Unidos. Com menos juros e impostos, prometeu, a economia voltaria aos trilhos.
Surgiram, no início do mandato, pequenos sinais do grande perigo que viria. A primeira greve enfrentada pelo ex-sindicalista no comando do país, protagonizada por agentes da Polícia Federal, fora punida com corte no ponto dos grevistas. O governo dos trabalhadores não deu refresco a quem reivindicava reajuste salarial. E em seguida os grandes investidores foram isentos da CPMF (o “imposto do cheque”), que Lula tenta prorrogar até 2010. Outros indícios de falcatruas desaguaram no corredor do mensalão, onde sacolas com dinheiro eram entregues a deputados medíocres em troca de apoio na Câmara. E o presidente nunca soube de nada.
Mas antes mesmo do mensalão e dos sanguessugas, eu já pousara em outro ninho político, cismado com tantas evidências de que o desastre viria. Como os pássaros, havia pressentido o terremoto petista que derrubou a Ética e tenta soterrar a Democracia.
Rodrigo Fernandes é presidente municipal do PSDB do Acre
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Deu no Jornal
Da coluna do jornalista Luis Carlos Moreira Jorge, n'A Gazeta desta segunda-feira:
Até que ponto?
Até que ponto o prefeito Wanderley Viana faz tudo isso que seus adversários denunciam?
Se pratica essas ilegalidades, por que ele continua liderando as pesquisas para prefeito?
Ponto pacífico
Uma coisa é certa: pelos números, a população aprova sua administração.
Até que ponto?
Até que ponto o prefeito Wanderley Viana faz tudo isso que seus adversários denunciam?
Se pratica essas ilegalidades, por que ele continua liderando as pesquisas para prefeito?
Ponto pacífico
Uma coisa é certa: pelos números, a população aprova sua administração.
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Donald diz que dados do IBGE podem explicar “perda” de habitantes na capital
O líder do PSDB na Assembléia Legislativa, Donald Fernandes, afirmou hoje, com base em números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que a “perda” de quase 44 mil habitantes na cidade de Rio Branco entre 2005 e 2006 pode ser explicada com base em levantamentos do próprio Instituto. Para o deputado, que também recorreu a dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e da Fundação Getúlio Vargas, a qualidade de vida dos acreanos piorou.
Ele citou como exemplo o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que no acre é de 0,625 (entre os piores do país). Já a educação registrava, em 2005, 142 mil analfabetos, ou 25% da população, conforme o IBGE.
“Não basta desacreditar o Instituto, como se pretendeu fazer ultimamente. É preciso cruzar outros dados disponíveis para termos uma idéia do Acre real”, alertou Donald.
Saneamento e produção
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, revela que houve aumento de apenas 0,2% na rede de esgoto entre 2005 e 2006. Donald, que é médico, lembrou que segundo estudo da Organização Mundial da Saúde, cada real investido em saneamento significa a economia de quatro a cinco reais em atendimento médico-hospitalar num prazo máximo de dez anos.
O parlamentar tucano também se baseou na PNAD para criticar o abastecimento de água no estado. Apenas 47,6% da população acreana dispõem de serviço de água encanada. Houve pouquíssima oscilação em relação a 2005.
Outro dado preocupante apontado pelo parlamentar é o que revela a queda na produção de alimentos no Acre. Entre os produtos afetados estão o feijão, o arroz e o milho. O deputado atribuiu esse resultado ao abandono da zona rural.
Ele citou como exemplo o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que no acre é de 0,625 (entre os piores do país). Já a educação registrava, em 2005, 142 mil analfabetos, ou 25% da população, conforme o IBGE.
“Não basta desacreditar o Instituto, como se pretendeu fazer ultimamente. É preciso cruzar outros dados disponíveis para termos uma idéia do Acre real”, alertou Donald.
Saneamento e produção
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, revela que houve aumento de apenas 0,2% na rede de esgoto entre 2005 e 2006. Donald, que é médico, lembrou que segundo estudo da Organização Mundial da Saúde, cada real investido em saneamento significa a economia de quatro a cinco reais em atendimento médico-hospitalar num prazo máximo de dez anos.
O parlamentar tucano também se baseou na PNAD para criticar o abastecimento de água no estado. Apenas 47,6% da população acreana dispõem de serviço de água encanada. Houve pouquíssima oscilação em relação a 2005.
Outro dado preocupante apontado pelo parlamentar é o que revela a queda na produção de alimentos no Acre. Entre os produtos afetados estão o feijão, o arroz e o milho. O deputado atribuiu esse resultado ao abandono da zona rural.
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Os sem-florestania
O partido da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, perdeu filiados ilustres no Acre. Os líderes indígenas Sabá Manchineri, José Correia Jaminawa e Edna Shanenawa, de três etnias diferentes, deixaram PT e PC do B, sob argumento de que o governo não está preparado para lidar com a causa indígena. Eles também acusam os aliados de Marina de cooptar os índios. Quando a estratégia falha, surgem "ameaças e perseguição política", conforme afirmou Sabá Manchineri.
Vivemos sob o projeto da florestania há mais de oito anos. Não se sabe extamente o que quer dizer esse neologismo, mas graças a ele se garantiu aos aliados do ex-governador Jorge Viana mandatos na Câmara Federal (seis dos oito deputados), no Senado (dois dos três senadores), na Assembléia Legislativa (18 dos 24 deputados estaduais), o comando do governo estadual pela terceira vez consecutiva e da prefeitura da capital.
Nesse tempo todo falou-se muito em preservação ambiental e desenvolvimento sustentável, mas os principais agentes da florestania (os índios) se mostram insatisfeitos com os rumos da política acreana.
Na sexta-feira, 28, Manchineri assinou ficha de filiação no PSDB. "Nenhum governo fez tanto por nós como o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso", afirmou.
Na foto estão o presidente municipal do PSDB, Rodrigo Fernandes; o presidente regional, Tião Bocalom; o líder do partido na Assembléia Legislativa, Donald Fernandes e Sabá Manchineri.
Vivemos sob o projeto da florestania há mais de oito anos. Não se sabe extamente o que quer dizer esse neologismo, mas graças a ele se garantiu aos aliados do ex-governador Jorge Viana mandatos na Câmara Federal (seis dos oito deputados), no Senado (dois dos três senadores), na Assembléia Legislativa (18 dos 24 deputados estaduais), o comando do governo estadual pela terceira vez consecutiva e da prefeitura da capital.
Nesse tempo todo falou-se muito em preservação ambiental e desenvolvimento sustentável, mas os principais agentes da florestania (os índios) se mostram insatisfeitos com os rumos da política acreana.
Na sexta-feira, 28, Manchineri assinou ficha de filiação no PSDB. "Nenhum governo fez tanto por nós como o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso", afirmou.
Na foto estão o presidente municipal do PSDB, Rodrigo Fernandes; o presidente regional, Tião Bocalom; o líder do partido na Assembléia Legislativa, Donald Fernandes e Sabá Manchineri.
Saúde de Primeiro Mundo?
O ex-governador Jorge Viana, 47 anos, procurou o estado mais desenvolvido do país para remover um cisto no nervo auditivo esquerdo. Internou-se na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Luiz, na Zona Sul de São Paulo, para o tratamento. Oito anos de publicidade sobre as melhorias na saúde do Acre não o convenceram de que a Fundação Hospitalar poderia realizar a cirurgia. O irmão, Tião Viana, elegeu-se sob a bandeira da saúde de Primeiro Mundo, e na eleição passada chamou de "molecagem" a atitude dos adversários que lembraram os eleitores de suas promessas.
Já o sucessor Binho Marques mantém seus filhos longe da escola pública, cujos resultados pífios em exames do MEC sua turma não se cansa de amenizar sob argumentos vários. Assim, pois, são os petralhas. Para a massa que os elege, o pouco que o Estado é capaz de fazer. Para eles próprios, tudo que o dinheiro pode comprar.
Já o sucessor Binho Marques mantém seus filhos longe da escola pública, cujos resultados pífios em exames do MEC sua turma não se cansa de amenizar sob argumentos vários. Assim, pois, são os petralhas. Para a massa que os elege, o pouco que o Estado é capaz de fazer. Para eles próprios, tudo que o dinheiro pode comprar.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Todos pela Educação em Xapuri
A prefeitura de Xapuri e o MEC assinaram na quarta-feira, na Casa Branca, um termo de compromisso para o plano de metas do programa “Todos pela Educação”, do governo federal. No Acre, apenas três municípios aderiram ao projeto. O prefeito Vanderley Viana de Lima (PPS) comemorou os resultados da iniciativa e afirmou que a melhoria nos padrões educacionais do município é responsabilidade “de todos nós, e não apenas dos professores”.
Duas consultoras do Ministério da Educação coordenaram por três dias o planejamento que envolveu diversas instituições educacionais e setores da sociedade civil organizada. Técnicos da área, tanto do estado como do município, ajudaram a elaborar o diagnóstico que vai nortear os investimentos a serem feitos no município. Esse mapeamento aponta os pontos críticos da educação em Xapuri.
A assessoria de Vanderley Viana explicou que a assinatura do convênio garante acesso a recursos do MEC para financiar atividades educacionais.
“Essa é a grande oportunidade que faltava para melhorar ainda mais a educação no nosso município”, disse Vanderley.
Duas consultoras do Ministério da Educação coordenaram por três dias o planejamento que envolveu diversas instituições educacionais e setores da sociedade civil organizada. Técnicos da área, tanto do estado como do município, ajudaram a elaborar o diagnóstico que vai nortear os investimentos a serem feitos no município. Esse mapeamento aponta os pontos críticos da educação em Xapuri.
A assessoria de Vanderley Viana explicou que a assinatura do convênio garante acesso a recursos do MEC para financiar atividades educacionais.
“Essa é a grande oportunidade que faltava para melhorar ainda mais a educação no nosso município”, disse Vanderley.
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Qual o nome que se dá a isso?
O texto que reproduzo abaixo é de autoria do jornalista Elson Martins, e foi extraído da coluna Almanacre, do jornal Página 20, edição de domingo, dia 2.
Agradecimento antecipado
A militante petista Célia Pedrina anda indignada com grupos de batuqeiros que infernizam a noite das pessoas que moram nas proximidades do Parque da Maternidade. Domingo passado ela publicou nesta coluna sua denúncia-desabafo. Desta vez, no começo da noite de sexta-feira, mandou este agradecimento...
Caro Elson:
Uma vez mais vou pedir licença aos seus leitores e mandar alguns recados considerando o quanto tenho sido abraçada por muitas pessoas nas ruas - eu ainda ando muito a pé -, no supermercado e nos espaços que freqüento, pelo fato das mesmas terem lido os textos que foram publicados.
O engraçado é que algumas delas eu nem conheço, mas elas me reconhecem e agradecem afirmando que se sentem contempladas com as palavras, com o desabafo e com as verdades que foram ditas e transcritas.
Isso tem sido muito bom, tanto para compensar alguns maus instantes pelos quais tenho passado ultimamente, como também para deixar claro que pequenas soluções para problemas do nosso cotidiano - enquanto cidadãs e cidadãos comuns - podem ser tomadas quando a vontade política da ação existe.
Preciso agradecer ao pessoal da Guarda Metropolitana da PM e de outros órgãos competentes que me ligaram para informar as medidas que vão ser tomadas a partir deste final de semana, em relação aos abusos que vêm ocorrendo nas vias do Parque da Maternidade.
Como hoje é sexta-feira, 21 horas, estou ansiosa e com expectativa de ter um final de semana tranqüilo, com o merecido descanso a que eu e os demais moradores temos direito.
Também preciso esclarecer que o local onde fiz os exames médicos chama-se LACEN – Laboratório Central e não Hemoacre, como eu havia afirmado. Até pensei em escrever sobre o meu retorno, quando fui pegar os resultados, mas deixei de lado.
Enfim e por fim, obrigada por este espaço, que ainda é um respiro dentro da imprensa local, nos moldes dos velhos almanaques, mas ainda tão contemporâneo, pois sou testemunha do quanto você é lido. (Célia Pedrina)
Mas...
Ao longo da madrugada Célia Pedrina voltou a enviar outros recados, num tom muito diferente do “agradecimento”:
1. Infelizmente já são 23:54, quase sábado, e eu ainda não consegui dormir. Já liguei para o 190, três vezes e nada mudou: “Sim, minha senhora a sua ocorrência foi registrada e uma viatura irá para o local”... Não veio... Desisto! Sinto-me impotente diante da situação e realmente não me resta mais nada a fazer...Assim que for possível, me mudo de um lugar onde sempre gostei muito de morar... A desordem ganhou mais uma!
2. Oi, Elson: bom dia de sábado...Tive que fazer um “ps”...Você vai entender porque... Ligo amanhã cedo pra te contar como foi mais esta noitada de “bate estaca”
3. Apenas para registrar: são 4:14 da manhã da sábado. Conforme o previsto, não dormi. Eles ou elas, continuam lá; e só para variar, liguei novamente para o 190 e a resposta desta vez foi: “Pois é, senhora! Certo, senhora, realmente suas ocorrências foram geradas, mas não temos viatura para ir até ao local”...Fiquei pensando: estamos a apenas duas ou três quadras da PM, no Centro. Precisam mesmo de viatura? .
4. São 5:37. O dia clareou e eles continuam lá...Ouço algum deles gritar: “Vamos embora?”. - “Não”, responde o outro...Vamos ficar até as seis”. Começo então a limpar minha casa morrendo de sono e de vontade de ligar pra alguma autoridade maior, mas desisto. Só vou reouvir promessas! Se o problema é carro, viatura, porque não tomar emprestado, nos fins de semana, os carros das secretarias que não funcionam aos sábados e domingos e que são muitos? Basta prestar atenção, notar e anotar: quando existe algum evento oficial, a quantidade de carros e motoristas que aparecem transportando autoridades é enorme.
Comentário do blog: Isso tem nome - chama-se desgoverno petista.
Agradecimento antecipado
A militante petista Célia Pedrina anda indignada com grupos de batuqeiros que infernizam a noite das pessoas que moram nas proximidades do Parque da Maternidade. Domingo passado ela publicou nesta coluna sua denúncia-desabafo. Desta vez, no começo da noite de sexta-feira, mandou este agradecimento...
Caro Elson:
Uma vez mais vou pedir licença aos seus leitores e mandar alguns recados considerando o quanto tenho sido abraçada por muitas pessoas nas ruas - eu ainda ando muito a pé -, no supermercado e nos espaços que freqüento, pelo fato das mesmas terem lido os textos que foram publicados.
O engraçado é que algumas delas eu nem conheço, mas elas me reconhecem e agradecem afirmando que se sentem contempladas com as palavras, com o desabafo e com as verdades que foram ditas e transcritas.
Isso tem sido muito bom, tanto para compensar alguns maus instantes pelos quais tenho passado ultimamente, como também para deixar claro que pequenas soluções para problemas do nosso cotidiano - enquanto cidadãs e cidadãos comuns - podem ser tomadas quando a vontade política da ação existe.
Preciso agradecer ao pessoal da Guarda Metropolitana da PM e de outros órgãos competentes que me ligaram para informar as medidas que vão ser tomadas a partir deste final de semana, em relação aos abusos que vêm ocorrendo nas vias do Parque da Maternidade.
Como hoje é sexta-feira, 21 horas, estou ansiosa e com expectativa de ter um final de semana tranqüilo, com o merecido descanso a que eu e os demais moradores temos direito.
Também preciso esclarecer que o local onde fiz os exames médicos chama-se LACEN – Laboratório Central e não Hemoacre, como eu havia afirmado. Até pensei em escrever sobre o meu retorno, quando fui pegar os resultados, mas deixei de lado.
Enfim e por fim, obrigada por este espaço, que ainda é um respiro dentro da imprensa local, nos moldes dos velhos almanaques, mas ainda tão contemporâneo, pois sou testemunha do quanto você é lido. (Célia Pedrina)
Mas...
Ao longo da madrugada Célia Pedrina voltou a enviar outros recados, num tom muito diferente do “agradecimento”:
1. Infelizmente já são 23:54, quase sábado, e eu ainda não consegui dormir. Já liguei para o 190, três vezes e nada mudou: “Sim, minha senhora a sua ocorrência foi registrada e uma viatura irá para o local”... Não veio... Desisto! Sinto-me impotente diante da situação e realmente não me resta mais nada a fazer...Assim que for possível, me mudo de um lugar onde sempre gostei muito de morar... A desordem ganhou mais uma!
2. Oi, Elson: bom dia de sábado...Tive que fazer um “ps”...Você vai entender porque... Ligo amanhã cedo pra te contar como foi mais esta noitada de “bate estaca”
3. Apenas para registrar: são 4:14 da manhã da sábado. Conforme o previsto, não dormi. Eles ou elas, continuam lá; e só para variar, liguei novamente para o 190 e a resposta desta vez foi: “Pois é, senhora! Certo, senhora, realmente suas ocorrências foram geradas, mas não temos viatura para ir até ao local”...Fiquei pensando: estamos a apenas duas ou três quadras da PM, no Centro. Precisam mesmo de viatura? .
4. São 5:37. O dia clareou e eles continuam lá...Ouço algum deles gritar: “Vamos embora?”. - “Não”, responde o outro...Vamos ficar até as seis”. Começo então a limpar minha casa morrendo de sono e de vontade de ligar pra alguma autoridade maior, mas desisto. Só vou reouvir promessas! Se o problema é carro, viatura, porque não tomar emprestado, nos fins de semana, os carros das secretarias que não funcionam aos sábados e domingos e que são muitos? Basta prestar atenção, notar e anotar: quando existe algum evento oficial, a quantidade de carros e motoristas que aparecem transportando autoridades é enorme.
Comentário do blog: Isso tem nome - chama-se desgoverno petista.
Tratamento de choque
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Líderes indígenas descontentes com governo deixam PT e PC do B
Três líderes indígenas anunciaram hoje seu desligamento dos dois principais partidos da Frente Popular do Acre. Sabá Manchineri (ex-PT), José Correia Jaminawa e Edna Shanenawa (ex-PC do B) alegaram desrespeito aos índios acreanos como a principal causa do distanciamento do governo da floresta. Eles alegam uso indevido da imagem das etnias sem as devidas compensações para os povos politicamente explorados.
“O governo do Acre não está preparado para atender as demandas sociais e menos ainda para lidar com as questões indígenas”, afirmou Sabá Manchineri, que é administrador da Organização dos Povos Indígenas do Acre e Sul do Amazonas. Para ele, o governo faz uso político da imagem dos povos indígenas como ocorre também com o ambientalista Chico Mendes.
“Nossa imagem em Brasília é a melhor possível, lá eles pensam que vivemos no céu, mas basta uma visita à nossa gente para ver que isso é mentira”, concorda o líder indígena José Correia.
Ele cita como descaso do atual governo com as causas indígenas o não reconhecimento da demarcação das terras Jaminawa.
A condução da política indígena no Acre também serviu de motivo ao desligamento desses líderes dos partidos da Frente Popular. Autor da proposta de criação da Secretaria Executiva para Assuntos Indígenas, que funcionou nos últimos quatro anos do governo Jorge Viana, Sabá se diz contrariado com os rumos da política indígena no Estado. Ele alega que os índios viraram reféns de “especialistas” contratados pelo governo.
“Isso não pode continuar assim, é preciso que as etnias tenham autonomia para fazer escolhas”, afirmou.
Segundo Sabá, a prática visa manter os povos indígenas dependente do grupo que está no poder. “Quem não foi cooptado e se rebela, como eu, vira alvo de difamação”, disse. Ele se referia a matéria veiculada por um jornalista então ligado ao governo na qual foi acusado de nepotismo e de insuflar a desunião entre os índios.
Os três devem se filiar a partidos de oposição, ainda não definidos.
“O governo do Acre não está preparado para atender as demandas sociais e menos ainda para lidar com as questões indígenas”, afirmou Sabá Manchineri, que é administrador da Organização dos Povos Indígenas do Acre e Sul do Amazonas. Para ele, o governo faz uso político da imagem dos povos indígenas como ocorre também com o ambientalista Chico Mendes.
“Nossa imagem em Brasília é a melhor possível, lá eles pensam que vivemos no céu, mas basta uma visita à nossa gente para ver que isso é mentira”, concorda o líder indígena José Correia.
Ele cita como descaso do atual governo com as causas indígenas o não reconhecimento da demarcação das terras Jaminawa.
A condução da política indígena no Acre também serviu de motivo ao desligamento desses líderes dos partidos da Frente Popular. Autor da proposta de criação da Secretaria Executiva para Assuntos Indígenas, que funcionou nos últimos quatro anos do governo Jorge Viana, Sabá se diz contrariado com os rumos da política indígena no Estado. Ele alega que os índios viraram reféns de “especialistas” contratados pelo governo.
“Isso não pode continuar assim, é preciso que as etnias tenham autonomia para fazer escolhas”, afirmou.
Segundo Sabá, a prática visa manter os povos indígenas dependente do grupo que está no poder. “Quem não foi cooptado e se rebela, como eu, vira alvo de difamação”, disse. Ele se referia a matéria veiculada por um jornalista então ligado ao governo na qual foi acusado de nepotismo e de insuflar a desunião entre os índios.
Os três devem se filiar a partidos de oposição, ainda não definidos.
Deu no jornal
Da coluna Poronga, do jornalista Leonildo Rosas, no Página 20:
Novo pepessista
No período em que ficará no Acre, Marcio Bittar filiará um prefeito ao seu partido. Trata-se de Wanderley Viana. A festa em Xapuri será no dia 21 de setembro.
Novo pepessista
No período em que ficará no Acre, Marcio Bittar filiará um prefeito ao seu partido. Trata-se de Wanderley Viana. A festa em Xapuri será no dia 21 de setembro.
Deu no jornal II
Da coluna de hoje do jornalista Luis Carlos Moreira Jorge, de A Gazeta:
Xapuri em foco
Conversei ontem pela manhã com um político antigo que tem base em Xapuri. Perguntei: por que depois de tantos escândalos, o prefeito ainda é forte? Disse o seguinte: “o Wanderley Viana, a cada trapalhada, ao invés de cair, cresce sua popularidade”. E completou: “suas brigas são sempre com gente do PT, que já são seus adversários, então, não perde nada”. E vaticinou: “ninguém é imbatível, mas a Frente Popular ou entra unida ou não tem chance de derrotá-lo. Perde de novo”. Depois desta, nada tenho a acrescentar.
Xapuri em foco
Conversei ontem pela manhã com um político antigo que tem base em Xapuri. Perguntei: por que depois de tantos escândalos, o prefeito ainda é forte? Disse o seguinte: “o Wanderley Viana, a cada trapalhada, ao invés de cair, cresce sua popularidade”. E completou: “suas brigas são sempre com gente do PT, que já são seus adversários, então, não perde nada”. E vaticinou: “ninguém é imbatível, mas a Frente Popular ou entra unida ou não tem chance de derrotá-lo. Perde de novo”. Depois desta, nada tenho a acrescentar.
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Droga é o maior problema dentro do presídio
O principal problema dentro da penitenciária Francisco de Oliveira Conde é o uso de drogas. A afirmação é da presidente do conselho estadual de apoio às famílias dos detentos, Maria Silva. Partiu dela o convite para que o deputado estadual Donald Fernandes, do PSDB, fizesse palestra na manhã desta quarta-feira na penitenciária.
Maria afirma que levantamento do conselho no local aponta envolvimento de quase 100% dos 2,8 mil detentos com o tráfico e o uso de entorpecentes. “Ali, quem não vende usa”, lastima.
Há casos de usuários que precisam receber “mesada” da família semanalmente para quitar dívidas com fornecedores. “Quem não paga morre”, conta Maria. Ela diz conhecer mães carentes e desempregadas que se obrigam a levar ao presídio 100 reais a cada sete dias para que o filho não seja assassinado por dívida de entorpecentes.
Todas as quartas-feiras o conselho promove palestras com famílias de presidiários. Oferecer apoio aos parentes dos presos é a meta da entidade, que recentemente recebeu do Ibama uma doação de madeira para construção de pátio para visitas e playground destinado às crianças que acompanham as mães.
O governo do estado prometeu colocar à disposição do conselho profissionais das áreas de educação, psicologia e assistência social.
Segundo Maria, o preconceito contra a família do detento é a maior barreira que ela pode enfrentar do lado de fora da prisão. “Nosso trabalho tem o objetivo de diminuir a discriminação sobre os parentes dos presos”, disse.
Maria afirma que levantamento do conselho no local aponta envolvimento de quase 100% dos 2,8 mil detentos com o tráfico e o uso de entorpecentes. “Ali, quem não vende usa”, lastima.
Há casos de usuários que precisam receber “mesada” da família semanalmente para quitar dívidas com fornecedores. “Quem não paga morre”, conta Maria. Ela diz conhecer mães carentes e desempregadas que se obrigam a levar ao presídio 100 reais a cada sete dias para que o filho não seja assassinado por dívida de entorpecentes.
Todas as quartas-feiras o conselho promove palestras com famílias de presidiários. Oferecer apoio aos parentes dos presos é a meta da entidade, que recentemente recebeu do Ibama uma doação de madeira para construção de pátio para visitas e playground destinado às crianças que acompanham as mães.
O governo do estado prometeu colocar à disposição do conselho profissionais das áreas de educação, psicologia e assistência social.
Segundo Maria, o preconceito contra a família do detento é a maior barreira que ela pode enfrentar do lado de fora da prisão. “Nosso trabalho tem o objetivo de diminuir a discriminação sobre os parentes dos presos”, disse.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Frase
Fiquei muito feliz com a descoberta de que o CRM (Conselho Regional de Medicina) cuida dos interesses do povo. Vou almoçar em paz depois dessa descoberta científica, e talvez até tome um guaraná".
Deputado Moisés Diniz, do PCdoB, fazendo ironia sobre a própria ignorância ao ser corrigido pelo colega e médico Donald Fernandes, e logo após exigir que a oposição debata os temas do governo com maior seriedade.
Deputado Moisés Diniz, do PCdoB, fazendo ironia sobre a própria ignorância ao ser corrigido pelo colega e médico Donald Fernandes, e logo após exigir que a oposição debata os temas do governo com maior seriedade.
Um dia de muita polêmica
O aumento da passagem de ônibus concedido pela prefeitura de Rio Branco, que passou a vigorar ontem, originou um duro debate hoje na Assembléia Legislativa. Coube à deputada petista Naluh Gouveia defender o prefeito Raimundo Angelim do coro das críticas puxado pelo tucano Donald Fernandes. Este lembrou que em 2004 o dono da Real Norte, Éder Pinheiro, declarou à Justiça Eleitoral do Acre doação de mais de 100 mil reais em camisetas ao então candidato Raimundo Angelim. Na época a oposição acusou o governo de ter trazido o material de campanha a bordo de um Boing.
Existem documentos da Justiça sobre a doação. Mas a deputada Naluh disse desconhecer a benevolência do empresário, que colocou na conta de campanha do PT milhares de camisetas.
“Eu não estava na reunião em que houve o acordo (do empresário) com o meu partido”, disse a deputada insinuando que o colega tucano inventara a doação. Ela lembrou, também de forma equivocada, que muito se falou do mensalão, e que nenhuma denúncia recaiu sobre os petistas acreanos.
Naluh Gouveia tem memória curta. Pois não foi isso o que se viu quando o ex-deputado Roberto Jefferson, em entrevista ao apresentador Jô Soares, contou que houvera acordo, na Casa Civil, para que Angelim fosse eleito em Rio Branco, em troca da eleição de Zila Bezerra em Cruzeiro do Sul. Estavam ali, segundo o deputado, o ex-ministro José Dirceu e o então governador Jorge Viana, além, claro, do próprio autor das denúncias do mensalão. Um detalhe importante, segundo ainda o ex-deputado petebista, é que Viana não cumpriu sua parte no plano.
O deputado Luiz Calixto (PDT) lamentou que os outrora tão aguerridos defensores da população contra a majoração das tarifas estejam agora calados sobre a elevação da passagem de R$ 1,75 para R$ 1,90. E explicou que os insumos usados na manutenção dos coletivos, cotados em dólar, tiveram os preços reduzidos pela desvalorização da moeda americana, o que deveria incidir sobre o preço da passagem de ônibus puxando-a para baixo, e não para cima, como ocorreu.
Saúde no interior
Outro assunto polêmico foi a saúde no interior, principalmente no Vale do Juruá. A deputada Idalina Onofre (PPS) visitou os hospitais de Tarauacá e Feijó para constatar o que todos já sabem: o Acre está longe de oferecer à população serviços de Primeiro Mundo. Em Feijó, por exemplo, ela se deparou com uma incubadora que dá choque nas crianças, e por isso não é usada.
Em resposta, o deputado comunista Moisés Diniz berrou na tribuna que é preciso tratar o tema com seriedade, atribuindo à colega pepessista uma alegria que só ele viu. Afirmou ter ligado ao secretário de Saúde, que telefonou ao gestor do hospital, para confirmar que a tal incubadora não existe. É curioso como em meio a tantos telefonemas o problema tenha desaparecido.
O líder do governo na Aleac, com seu humor pendular, oscilou entre a rigidez e a ironia despudorada, como sempre faz. Ironia sem inteligência vira escárnio, e o escárnio não pega bem quando é necessário debater temas caros à população acreana. Moisés Diniz, como Naluh Gouveia, preferiu desqualificar as denúncias como caminho mais curto para o convencimento. Não atentou para o fato de que incubadora nenhuma é tão ruim quanto uma que dá choque. Não entendeu que pedir seriedade num momento para voltar em seguida com gracejos despropositados é sinal de quem está perdendo o debate.
A base aliada do governo, aliás, tem perdido os embates travados na Assembléia. Não é só pelo despreparo de alguns deputados da situação, como Moisés Diniz, que isso acontece. É sobretudo porque se avolumam os problemas em torno da administração pública, a ponto de esvaziar-lhes as defesas.
Alguém precisa avisar com urgência aos petralhas que o Acre tem tantos descalabros que ninguém precisa inventar denúncias para atingir o governo.
Existem documentos da Justiça sobre a doação. Mas a deputada Naluh disse desconhecer a benevolência do empresário, que colocou na conta de campanha do PT milhares de camisetas.
“Eu não estava na reunião em que houve o acordo (do empresário) com o meu partido”, disse a deputada insinuando que o colega tucano inventara a doação. Ela lembrou, também de forma equivocada, que muito se falou do mensalão, e que nenhuma denúncia recaiu sobre os petistas acreanos.
Naluh Gouveia tem memória curta. Pois não foi isso o que se viu quando o ex-deputado Roberto Jefferson, em entrevista ao apresentador Jô Soares, contou que houvera acordo, na Casa Civil, para que Angelim fosse eleito em Rio Branco, em troca da eleição de Zila Bezerra em Cruzeiro do Sul. Estavam ali, segundo o deputado, o ex-ministro José Dirceu e o então governador Jorge Viana, além, claro, do próprio autor das denúncias do mensalão. Um detalhe importante, segundo ainda o ex-deputado petebista, é que Viana não cumpriu sua parte no plano.
O deputado Luiz Calixto (PDT) lamentou que os outrora tão aguerridos defensores da população contra a majoração das tarifas estejam agora calados sobre a elevação da passagem de R$ 1,75 para R$ 1,90. E explicou que os insumos usados na manutenção dos coletivos, cotados em dólar, tiveram os preços reduzidos pela desvalorização da moeda americana, o que deveria incidir sobre o preço da passagem de ônibus puxando-a para baixo, e não para cima, como ocorreu.
Saúde no interior
Outro assunto polêmico foi a saúde no interior, principalmente no Vale do Juruá. A deputada Idalina Onofre (PPS) visitou os hospitais de Tarauacá e Feijó para constatar o que todos já sabem: o Acre está longe de oferecer à população serviços de Primeiro Mundo. Em Feijó, por exemplo, ela se deparou com uma incubadora que dá choque nas crianças, e por isso não é usada.
Em resposta, o deputado comunista Moisés Diniz berrou na tribuna que é preciso tratar o tema com seriedade, atribuindo à colega pepessista uma alegria que só ele viu. Afirmou ter ligado ao secretário de Saúde, que telefonou ao gestor do hospital, para confirmar que a tal incubadora não existe. É curioso como em meio a tantos telefonemas o problema tenha desaparecido.
O líder do governo na Aleac, com seu humor pendular, oscilou entre a rigidez e a ironia despudorada, como sempre faz. Ironia sem inteligência vira escárnio, e o escárnio não pega bem quando é necessário debater temas caros à população acreana. Moisés Diniz, como Naluh Gouveia, preferiu desqualificar as denúncias como caminho mais curto para o convencimento. Não atentou para o fato de que incubadora nenhuma é tão ruim quanto uma que dá choque. Não entendeu que pedir seriedade num momento para voltar em seguida com gracejos despropositados é sinal de quem está perdendo o debate.
A base aliada do governo, aliás, tem perdido os embates travados na Assembléia. Não é só pelo despreparo de alguns deputados da situação, como Moisés Diniz, que isso acontece. É sobretudo porque se avolumam os problemas em torno da administração pública, a ponto de esvaziar-lhes as defesas.
Alguém precisa avisar com urgência aos petralhas que o Acre tem tantos descalabros que ninguém precisa inventar denúncias para atingir o governo.
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