terça-feira, 20 de março de 2007

Amante do mensalão, jamais

Archibaldo Antunes

Ao blogueiro Raimari Cardoso falte, talvez, a informação de que citações alheias devem ser acompanhadas de sua fonte, ou seja, ao se referir a textos publicados neste blog seria honesto revelar-nos o endereço. Se não é por ignorância que assim age, só pode ser por má-fé. Fica, portanto, a recomendação, para que seus leitores, se for o caso, acessem o xapuriverdade.blogspot.com e tirem as próprias conclusões.

Esclareço que prefiro ser “viúva desvalida de Marcio Bittar” a me tornar “ativo amante do mensalão”. Em política não é demérito perder, sobretudo quando se combate por convicção os larápios que se pretende derrotar. Não traí meus princípios, senhor Raimari, antes os confirmei quando tive a ousadia de pedir desligamento da Secretaria de Comunicação do Estado. Não me arrependo, muito pelo contrário, já que agora, afinal, sinto-me reconhecido e valorizado.

Se o senhor acha que me “escondo” em Xapuri, quero esclarecer que assessoro o deputado estadual Donald Fernandes (PSDB) e o senador Geraldo Mesquita Jr. (PMDB) - e que nenhum deles tocou fogo em órgão público para esconder falcatruas já constatadas pelo Tribunal de Contas do Estado. Não estava desempregado, como muitos dos "companheiros" que trabalharam para o PT e agora clamam por um carguinho no governo. Tampouco vim a Xapuri ganhar dinheiro. O que me trouxe aqui foi o firme propósito de me opor a uma política que cala a imprensa, coopta sindicatos, compra votos, cria mensalões e acoita quadrilhas, uma das quais denunciada pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Barros e Silva de Souza.

A deselegância do senhor Raimari ao se referir a mim transcende o estilo, por si deselegante. Interpreto-lhe o furor pelo viés ideológico. O radialista, me parece, fala e escreve pela boca do militante. O que é uma pena, já que a sanha petista lhe tolda a capacidade. Escrever é difícil, bem sei. Mas escrever a partir de verdades absolutas e sem o senso das proporções é ainda pior.

O senhor condena, por exemplo, o trabalho para o qual fui contratado – o que lhe revela a insipiência profissional. Não necessito de seu assentimento para desempenhar minhas funções, e reitero palavras suas de que o faço com primor e competência. Não é de hoje que martelo nas teclas do computador, senhor Raimari, e o resultado de tantos anos de dedicação a esse árduo ofício de escrever é o reconhecimento alheio. Até mesmo o seu, como ficou evidente em outro artigo.

Lhe sou, portanto, muito grato pelos elogios. E o desculpo pelas agressões.

Um comentário:

Editor disse...

Archibaldo,me passa teu e-mail para uma conversa reservada.