Archibaldo Antunes, jornalista
A convite da Prefeitura de Xapuri, passo dois dias no município. O secretário de Educação, Everaldo Pereira, apresenta-me as principais melhorias realizadas pelo prefeito Vanderley Viana de Lima. São quilômetros de ruas calçadas com tijolos, cujo mérito maior foi ter acabado com o transtorno dos que antes viviam com os pés na lama. Assim que a chuva der uma trégua, as obras voltam a beneficiar outras centenas de famílias dos bairros do Mutirão (Madeira e Alvenaria) e Pantanal, além das ruas Chico Mendes e Rodovaldo Nogueira. São locais que por anos a fio, inclusive oito sob a estrela do PT, amargaram invernos lamacentos e verões empoeirados.
Fomos também à olaria que dá sustentação ao trabalho de calçamento de ruas. Saem dali os tijolos não só para a pavimentação urbana, mas para a execução de obras como a construção de um centro olímpico, cujo projeto, com informações sobre custos e as plantas, desapareceu misteriosamente antes que Vanderley assumisse o comando do município. Soube-se de sua existência apenas quando o governo federal cobrou da prefeitura a prestação de contas referente à parceria firmada durante a administração anterior.
Na olaria, os fornos estão sempre fumegando. Em dois anos de administração de Vanderley, foram mais de 1 milhão de unidades produzidas. Mas isso não é o mais importante. As 34 famílias que se beneficiam diretamente do projeto sabem quanta diferença faz assegurar renda ao final de cada mês.
Outras pessoas são indiretamente beneficiadas. A lenha usada no cozimento vem das colônias, onde é comprada pelos oleiros ou trocada por tijolos. Essa atividade, claro, não redime os problemas financeiros do município, mas situa no mapa da dignidade os que antes amargavam a miséria resultante do desemprego.
O portal à entrada da cidade é mais uma obra de infra-estrutura entre as que, aos poucos, têm dado novo aspecto a Xapuri. Inacabada, gera pequenos transtornos (como toda obra), logo deformados pelo furor do sr. Raimari Carodoso, blogueiro. Registre-se que blogueiro não é jornalista, e assim o rapaz oferece versões em vez de relatar fatos. Não ouve ninguém (por má-fé ou preguiça), mas acaba atribuindo a terceiros as próprias opiniões – ou nem isso, já que tudo indica que as suas vêm “de cima”.
É fácil usar de má-fé e leviandade para agredir qualquer um. É fácil também defender, a partir do testemunho pessoal, o trabalho do prefeito Vanderley Viana, que precisou cortar gastos para tocar obras e ampliar serviços. E tudo sem um único centavo do governo estadual.
Acompanhar Vanderley em suas andanças desfaz qualquer idéia pré-concebida. Parte da mídia – aquela sujeita à edição dos irmãos Jorge e Tião Viana – retrata Vanderley como um sujeito tresloucado e esdrúxulo, atribuindo-lhe comportamento e manias que ele não tem. Expansivo, o prefeito demonstra sinceridade ao abraçar humildes cozinheiras de um restaurante ou abnegados funcionários do município. Bem humorado, não perde a oportunidade de fazer gozação com um conhecido. Tem lá seus destemperos, como todos nós, o que não interfere na conduta que deve ter como homem público e tampouco no desempenho de suas funções.
A imprensa pode errar, como aconteceu em 1994, no caso mais ilustrativo do poder da mídia para aniquilar inocentes. Naquela ocasião, duas mães denunciaram que seus filhos eram vítimas de abuso sexual na Escola Base, em São Paulo. O parecer do delegado, equivocado, foi decisivo para que os jornalistas, sempre correndo atrás de escândalos, crucificassem uma professora e os donos da escola. A justiça, porém, diante da fragilidade das provas, inocentou-os, passados dez anos.
Um erro como esse (que destrói reputações e pode manchar para o resto da vida) não se justifica, mesmo que baseado em outro, cometido por uma autoridade policial. Há que se coibir então a malandragem dos que, em nome da democracia, incitam ao julgamento errôneo por não admitirem a prevalência justo da democracia de que se dizem porta-vozes.
O erro do senhor Raimari e seus “gurus” é não entender que toda agressão ao prefeito Vanderley de Lima é uma agressão à população de Xapuri, que o elegeu.
terça-feira, 13 de março de 2007
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