Archibaldo Antunes
O decreto baixado pelo prefeito Vanderley Viana de Lima, coibindo secretários e assessores de dar entrevistas, tem caráter preventivo. Escaldado pela parcialidade do senhor Raimari Cardoso, que só encontra defeitos na atual administração, Vanderley pretende, com a medida, negar ao radialista e blogueiro a oportunidade de distorcer eventuais informações, como vem ocorrendo há dois anos e três meses.
Autor de um "jornalismo" bem ao modo petista, Raimari se esquiva, por exemplo, de abordar problemas graves, como o do Hospital Epaminondas Jácome, de inteiro interesse público. Mas não descansa em atribuir ao atual prefeito as muitas mazelas existentes, grande parte das quais herdada da administração do senhor Júlio Barbosa, cuja prestação de contas de 2001 foi rejeitada pelo Tribunal de Contas do Estado.
O senhor Raimari Cardoso argumenta em seu blog que o decreto fere o direito à infomação, etc e etc. A decisão, porém, resguarda a administração pública de Xapuri das inverdades levantadas pelo blogueiro e propagadas por uma emissora que pertence ao município, mas que foi cedida ao governo petista para que continue servindo ao processo de desinformação que reina no Acre há mais de oito anos.
Sei que não se pode exigir postura diferente de quem recebe ordens do sr. Aníbal Diniz, ex-secretário de Comunicação de Jorge Viana, cujo nome está envolvido em duas graves denúncias de corrupção.
Eles mandam, e o Raimari, bom moço que é, obedece.
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2 comentários:
Esse decreto do prefeito não tem nada a ver, ele só contribui pra desinformação da comunidade, de gente que vive dentro dos seringais e tem como unica forma de se inteirar das informações via rádio, é mais um desserviço ao povo que tá cansado de sofrer com governantes omissos que sai um, entra outro e a incompetência é a mesma.
Jairo, é legítimo que vc pense assim. No que diz respeito ao governo do PT, concordo, pois nunca vi uma campanha tão desigual na mídia como a que elegeu Binho Marques governador. É preciso, porém, entender que a influência dos petistas nos meios de comunicação é imensa, a ponto de distorcer fatos em benefício de um projeto de poder. Isso torna compreensível que um prefeito do interior se precavenha contra comunicadores incapazes de tratar a notícia com isenção. No Acre, hoje, não há jornalistas, mas assessores de imprensa.
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