sexta-feira, 29 de junho de 2007

Informações de Brasília

Do blog do jornalista Fernando Rodrigues

O Senado se arreganha para o mundo – o novo presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), está sendo investigado pelo STF sob acusação de “crimes de quadrilha ou bando, peculato [desvio de verbas] e fraude a licitação”. Renato Casagrande (PSB-ES) foi convidado, desconvidado e reconvidado para assumir a relatoria do Renangate. Três outros senadores já renunciaram a suas funções no conselho.
Comentário do blog: o Senado se iguala à Câmara em termos de depauperação de sua imagem.

A “saída Sarney” para Renan – está em gestação avançada a “saída Sarney” para o Renangate. O senador maranhense que se elege pelo Amapá sugeriu há duas semanas aos pizzaiolos do Senado uma estratégia simples. Primeiro, dizer que a quebra de decoro de Renan não foi configurada, pois não haveria evidências de que o alagoano recebeu dinheiro da Mendes Júnior... E os bois? E as vacas? E os açougues que negam ter comprado carne? Bom, nesse caso pode ser um crime tributário ou outra coisa na área criminal. Assim, só caberia ao STF investigar. Envia-se tudo ao Supremo para que o enterro do episódio seja com toda a pompa e circunstância.
Palpite do blog: é pule de 10 que a saída possível para Renan é essa sugerida por Sarney. Mas será um estupro para a imagem de Senado.

Roriz se complica – o discurso do senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) no plenário do Senado para se defender da acusação de corrupção teve direito a choro, apelos a "Deus e a Nossa Senhora" e, acredite, a uma sessão de penitência na Catedral de Brasília, onde cumpriu a promessa de ajoelhar-se e rezar.
Comentário do blog: falou, falou e não disse nada. A chance de Roriz ser o boi de piranha de Renan é enorme.

Lula latino – o petista está em Assunção, no Paraguai. Participa da reunião de cúpula de presidentes dos Estados membros do Mercosul. Ontem, durante cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente aproveitou o discurso para veladamente defender o senador Renan Calheiros, que estava presente. "Uma coisa que me inquieta como cidadão é que não temos como execrar uma pessoa sem que antes ela tenha um julgamento", disse Lula.

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