Fernando Rodrigues
Não exatamente por causa de Renan Calheiros, mas Luiz Inácio Lula da Silva teve uma agenda para lá de tranqüila enquanto o presidente do Senado lutava contra um processo por quebra de decoro.
Para começar, Lula recebeu o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, a quem agora só chama de “meu querido Ricardo”. Falou de futebol e brincou quando recebeu de Juvenal Juvêncio uma camiseta do São Paulo Futebol Clube. “O Juvenal, muito bom. Você pode também mandar uns jogos de camisas pra gente usar nas peladas aqui em Brasília. A gente usa de vários times, do Grêmio, de vários. Dá para usar até do São Paulo. Só não aceito do Palmeiras”, disse Lula –um corintiano convicto e grande adversário de palmeirenses.
Teixeira levou para Brasília, a convite, os dirigentes do São Paulo Juvenal Juvêncio e Marcelo Portugal Gouveia. Foi uma deferência. Até porque o São Paulo agora vai apoiar a reeleição de Teixeira para presidente da CBF, em julho. Política futebolística.
A audiência entre Lula e Teixeira foi para a entrega das “garantias governamentais à CBF” e para a “assinatura da Declaração de Governo em apoio à realização da Copa do Mundo de Futebol em 2014 no Brasil”. Quando tudo terminou, Lula disse a Teixeira: “Bom, Ricardo, você não me leve a mal, mas agora vou trocar você pela Xuxa”. É que a próxima audiência de Lula era exatamente com a apresentadora global para o lançamento de uma campanha educativa.
Enquanto isso, no Senado, Renan Calheiros suava frio.
A cada dia, Lula fica mais forte. O Congresso, mais fraco.
Um perigo.
domingo, 17 de junho de 2007
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