segunda-feira, 25 de junho de 2007

Sabia que o Sibá sabe assobiar?

Às vezes me surpreendo com as análises dos colegas da grande imprensa sobre determinados fatos políticos. Acabo de ler texto sobre a atuação do senador Sibá Machado (PT), de autoria do jornalista Josias de Souza, do qual reproduzo três parágrafos antes de comentar. Veja:

"Grupo de Renan critica Sibá e o chama de ‘traidor’

O consórcio governista acomodou Sibá Machado (PT-AC) na cadeira de presidente do Conselho de Ética do Senado com o propósito deliberado de proteger Renan Calheiros (PMDB-SP). Nos últimos dias, porém, o grupo fiel a Renan passou a observar Sibá com um pé atrás. Criticam-no de forma acerba. Em privado, chamam-no até de “traidor”.

Integrantes da tropa de choque de Renan decidiram procurar a líder do PT, Ideli Salvati (SC). Foi dela a idéia de confiar a Sibá a presidência do conselho, e por conseqüência, o comando do processo contra Renan. Pretende-se pedir a Ideli que “enquadre” Sibá.

Os aliados do presidente do Senado enxergam na movimentação do “traidor” um súbito viés anti-Renan. Acham, por exemplo, que Sibá não tinha nada que envolver a Polícia Federal na perícia dos papéis que Renan apresentou em sua defesa. Afirmam que o trabalho deveria ter sido realizado exclusivamente por técnicos do Senado".


Comento: Chega a ser ingênuo tratar o assunto como se nele houvesse um laivo qualquer, por menor que seja, de independência. Sibá não tem autonomia política porque sequer teve votos. Está sentado na cadeira da senadora Marina Silva e até agora não honrou o nome que a acreana tem. Se a sua atuação no Conselho de Ética do Senado parece tomar outros rumos, é porque os ventos mudaram para o senador alagoano. A situação de Renan Calheiros só fez complicar desde que apresentou as "provas" de sua defesa, várias delas desmentidas pelo Jornal Nacional. A mim pareceu óbvio que o presidente do Senado perdera a musculatura quando o petista Eduardo Suplicy pediu mais esmero no exame da papelada. Sibá Machado não tem tutano para contrariar as disposições do seu partido. A leitura mais sensata dos episódios narrados por Josias de Souza é que o PT abandonou o barco de Renan Calheiros. E ele não demora a naufragar.

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