Archibaldo Antunes
É preciso desfazer algumas imprecisões registradas pelo senhor Raimari Cardoso em seu blog. A insistência em dar ouvidos a desqualificados como o Sr. Sérgio Roberto, que nada sabe de saúde pública mas recebe da população um gordo salário para cuidar dela, acaba por confundir os leitores quando a função do jornalista é informar. Como estão ambos desinformados sobre a atuação dos CRMs, quero colaborar para que Sérgio Roberto não continue a dizer as tolices que o sr. Raimari, pela natureza de sua função, se apressa em tornar públicas.
A matéria que pode ser lida aqui fala sobre a interdição pelo CRM do Hospital de Emergências de Macapá, onde morei por mais de 20 anos. Caso ela não seja suficiente, o Google pode oferecer outros exemplos.
Quero ainda lembrar que o sr. Raimari, em seus últimos textos, se refere a mim como assessor de comunicação da prefeitura e ao Dr. Miguel Ortiz pela “ambivalência” de sua atuação como procurador do município e assessor jurídico do CRM, como se esses fatos o desabonassem para lidar com as denúncias envolvendo o hospital e me colocassem sob suspeição para escrever sobre elas. O desenrolar dos acontecimentos, porém, provou o que a população já estava cansada de saber: o Epaminondas Jácome tem problemas graves que independem da dualidade de cargos exercidos pelo Dr. Ortiz e da minha “linhagem” profissional. Chega a ser acintoso tratar o assunto dando-lhe tal conotação, mas a índole de cada um determina o teor dos argumentos que usa.
Inicialmente, Raimari optou por reproduzir afirmações da antiga gestora, Alcelina Oliveira, de que a unidade de saúde não tem problemas. Depois, foi obrigado desdizê-la em nome do subsecretário Sérgio Roberto, que fez o que o repórter deveria ter feito: foi ao local e conferiu pessoalmente suas precárias condições.
É fato que o hospital Epaminondas Jácome apresenta problemas há muito tempo, mas que apenas depois do imbróglio que envolveu a antiga gestora em depoimento aos vereadores, o sr. Raimari Cardoso passou a ocupar-se do tema. Antes disso, pela ligação que o radialista tem com o governo do Estado, os únicos contratempos apontados por ele eram os da saúde municipal. Sobre a real situação do Epaminondas Jácome, nenhuma palavra.
Causa-me estranheza que alguém ciente de suas responsabilidades de comunicador tenha se omitido em caso grave, sobretudo quando está cercado de pessoas amigas e talvez até de parentes obrigados a submeter-se a tão precário atendimento hospitalar.
Mas é direito do Sr. Raimari calar sobre determinados assuntos, principalmente quando a mínima referência lhe pode significar a exoneração do cargo de coordenador da Rádio Educadora 6 de Agosto. Se a prudência o impede de dar publicidade a temas indigestos para os políticos que defende, é compreensível o silêncio em torno do hospital de Xapuri.
Impróprio é querer desqualificar o que escrevo a partir de tolas insinuações sobre meus vínculos profissionais.
domingo, 15 de abril de 2007
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