“É só abrir mão da prepotência e dá voz para que o povo diga aonde está doendo”.
A pérola acima foi publicada no blog do radialista Raimari Cardoso, em artigo intitulado “Os servidores querem aumento”. Em uma única frase, o blogueiro conseguiu cometer dois erros de português. O primeiro deles está no uso do verbo “dar”, que deveria ter sido grafado assim, no infinitivo, e não no presente do indicativo, como o fez Raimari.
O segundo tropeço gramatical ficou por conta do “aonde” em uma frase que exige “onde”. É que aonde, como ensinam os gramáticos, é combinação da preposição a + onde, indicando movimento para algum lugar. Exemplos: “Aonde vai com tanta pressa o deputado que recebeu mensalão?”; ou, “Aonde quer chegar um jornalista que não se preocupa com a norma culta?”.
Ao contrário, o onde significa “lugar em que/em que (lugar)”. Indica o lugar em que se passa um fato ou está alguma coisa. Exemplos: “Onde está a decência de petistas que pregavam a moralidade e agora vivem de assaltar o erário?”; ou, “Onde fica a moral de quem senta sobre o próprio rabo para criticar o rabo alheio?”.
Não fosse a obsessão diuturna em falar mal do prefeito Vanderley Viana, o Sr. Raimari teria tempo de sobra para afiar suas ferramentas de trabalho.
terça-feira, 17 de abril de 2007
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6 comentários:
Archibaldo, não estou querendo bancar o juiz não, mas essa de desqualificar o português do cara, não é legal. Pega leve. Gosta de vê-lo argumentando.
Ednei, faz parte do bom debate revelar as gafes alheias, porque o bom debatedor precisa estar apto a exercer seu papel. Além disso, quem está desqualificando o português é ele, eu só estou mostrando como.
Ah, e eu não pego leve com os adversários.
Abraços,
Archibaldo
Senhor Archibaldo:
Acompanho o seu trabalho desde a época em que você, junto com a Vássia Vanessa, escrevia crônicas e reportagens lá na revista Outras Palavras, aquela do governo do Estado. Confesso-lhe que cheguei a admirar esse trabalho que fazias, pela impressão que passavas de ser um profissional sério e de postura ética. Essa impressão ficou mais forte para mim depois que, na campanha para as últimas eleições estaduais, você entrou em contato comigo por diversas vezes para recomendar a veiculação da propaganda do candidato Márcio Bittar, pela maneira respeitosa com que se dirigiu à minha pessoa, apesar de estarmos, naquele momento, como agora, em trincheiras opostas.
Enganei-me redondamente. Depois que passou a alugar sua pena para o prefeito Vanderlei Viana de Lima, não sei se foi contratado com esse intuito, mas elegeu como prioridade absoluta fazer ataques diretos contra a minha pessoa, à minha suposta malandragem, sendo que não conhece minha história de vida, às mentiras e distorções de fatos atribuídas a mim, mas que nunca conseguiu com seu esforço inútil comprovar. Enfim, antes mesmo de defender e fazer o trabalho de marketing barato do prefeito, o senhor se encarregou de tentar desqualificar, desmoralizar, menoscabar o meu trabalho que consiste, entre outras coisas, em defender a população das artimanhas e picaretagens de um grupo político que, de esperança de solução, no qual o povo de Xapuri depositou as suas esperanças nas últimas eleições, passou a ser o grande pesadelo de uma cidade que não merece tamanho sofrimento e vergonha.
Já admiti, em outro momento, que não sou absoluto no domínio da gramática, apesar de reconhecer que devo procurar melhorar a cada dia. Cometo sim, alguns poucos deslizes que sempre que possível, com a ajuda bem intencionada de leitores e amigos, procuro corrigir rapidamente. Devo-lhe dizer que tenho pouca experiência com a escrita (escrever para os outros lerem, entenda), também não possuo sonhos frustrados de me tornar um escritor de quinta categoria, como também, ainda, não me debruço sobre gramáticas e dicionários para enriquecer meu vocabulário. Escrevo com o que sei, com humildade, seriedade e, acima de tudo com a verdade. Seu claro esforço de me ridicularizar lhe pega mal porque expõe a arrogância e o preconceito que carrega junto consigo e lhe denuncia o caráter baixo e vulgar que são peculiares àqueles a quem defende com unhas e dentes.
Tenha certo que suas insistentes tentativas de me depreciar como profissional serão inúteis. Possuo uma história de serviços prestados nessa cidade e a credibilidade de grande parte da população, coisa que do senhor já não posso dizer o mesmo. Sua passagem por Xapuri é passageira. Logo aterrissará, oportunamente, em um lugar mais adequado à gente do seu nível. Essa cidade pertence a pessoas de bem, apesar de haverem algumas tristes exceções. É lamentável que por aqui tenha passado com a inglória missão de defender pessoas de passado nada recomendável, cuja herança bizarra e medonha continua a afligir o povo.
Para encerrar essa amigável conversa, informo-lhe que vou continuar a combater as atitudes irresponsáveis dessa turma de incompetentes que está, temporariamente, desgovernando Xapuri, junto com seus bajuladores de plantão. O único motivo que consigo achar para seu comportamento desleal é o fato de não conseguir dar respostas ao mau tratamento que vem sendo dispensado aos servidores públicos municipais, ao abandono do aterro sanitário de Xapuri, às ruas intransitáveis e pessimamente iluminadas e, principalmente, a falta de confiança que a população tem no prefeito e na sua equipe de serviçais despreparados e amedrontados.
Como sugestão, convido-o a abordar assuntos públicos de descaso e desrespeito que estão ocorrendo em Xapuri, que aqui já foram citados, como a não observação da data-base dos servidores e a situação do lixão do prefeito que em breve deverá ser alvo de medida do Ministério Público, dando o mesmo destaque que dispensa aos políticos recebedores de mensalão, mas que prefere se calar quando o assunto é político cobrador de mensalinho de pobres funcionários. Escreva também sobre agressões a donos de restaurantes que não vendem fiado a caloteiros e sobre pobres moradores da periferia que não podem sequer jogar um simples torneio de futebol.
Se o fizer, talvez tenha um teor mínimo de coragem dentro da sua petulância. Do contrário, não passará de mais um covarde que se esconde atrás da prepotência de pessoas que já se apossaram de terras públicas e que já foram processadas por envolvimento com drogas, além de outros que responderam a processo administrativo por irregularidades em escolas infantis. A palavra é sua.
Ah... Não lhe considero adversário meu. Apenas um mero serviçal do prefeito, daqueles que volta e meia leva ou aplica alguns bofetões no chefe. Tudo gentinha do mesmo naipe.
Raimari, gentinha é você, e isso fica claro na forma como escreve. Suas críticas são prejudicadas por sua subserviência política, e seu ego não admite que se lhe apontem os muitos erros de português que comete. Quer criticar? Então o faça com moderação e competência, coisas que você não mostrou até agora.
Quanto à comparação que você tenta fazer entre o seu desempenho e o meu, me poupe. Falta-lhe muito para ser o profissional que pretende, e sua humildade é postiça. Ela oculta o militante prepotente e arrogante cujo lema é baseado na máxima hegeliana de que "se os fatos não comprovam minha teoria, pior para os fatos". Conheci muitos "petistas" como você. Aliás, perdi tempo com eles, achando que eram sinceros em criticar os poderosos, quando apenas destilavam inveja por não poder se locupletar com o poder.
Interessante "ouvir" de você que os corruptos estão do lado de cá, e que a sua turma é dos probos e bem intencionados. Mas não fomos nós que ateamos fogo à prefeitura de Xapuri, não inventamos mensalão, não compramos votos nas últimas eleições, não enriquecemos marqueteiros e empresários da comunicação com dinheiro público.
Para terminar, confesso-lhe que sou pago para melhorar a imagem do prefeito, mas que tenho me divertido muito em lhe apontar os deslizes gramaticais. Continue assim, porque dessa forma terei assunto de sobra para tratar neste blog.
Ah, outra coisinha, senhor Raimari:
Já que seu trabalho "consiste, entre outras coisas, em defender a população das artimanhas e picaretagens" do grupo político do prefeito, onde o Sr. estava enquanto o PT de Xapuri se afundava em denúncias de corrupção ao ponto de ter sido enxotado do poder? Mostre-me, pelo amor de Deus, as denúncias que porventura fez em nome do povo ordeiro dessa cidade que o senhor tanto ama. Ou o senhor se calou ante tantos descalabros? É sua vez de corrigir-me, se eu estiver errado...
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