O líder do PSDB na Assembléia Legislativa, Donald Fernandes, denunciou hoje o tratamento desumano que sofrem os funcionários da maternidade do município de Cruzeiro do Sul. A denúncia se baseia em documento do Sintesac (Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado do Acre) no município, e detalha os abusos cometidos pela diretora-geral do Hospital-maternidade, Catiúcia Pinheiro Rosas.
Segundo o presidente do Sintesac em Cruzeiro do Sul, Francisco Jader Pedroza, a Secretaria de Saúde não paga os plantões extras relativos aos meses de junho, agosto e setembro; funcionários com mais de 60 anos são obrigados a trabalhar no período noturno, inclusive nos finais de semana; a escala de plantões é feita de forma desorganizada.
Além disso, detalha o documento, não há material de rotina para o laboratório da Funasa, responsável pelos exames de malária daquela região. O local também já não funciona no período noturno, finais de semana ou feriados. O serviço de radiologia também foi suspenso por falta de manutenção do aparelho de raio-x.
"É grave a situação da saúde em Cruzeiro do Sul, e essas informações preocupam ainda mais porque dizem respeito aos profissionais da área", afirmou Donald.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Os pássaros e a política
Rodrigo Fernandes
Dizem que os pássaros conseguem pressentir os acidentes naturais antes que eles aconteçam. Aos primeiros sinais (invisíveis) de um terremoto, por exemplo, eles migram para um local livre do perigo, longe do desastre e da ameaça. Pensei nisso hoje, ao notar o fato de que algumas pessoas, como os pássaros, conseguiram pressentir que o PT seria um grande desastre para o país – e foram buscar abrigo em ninhos mais seguros.
Lembrei então de um tempo em que, ingênuo, me vi refém de uma esperança que se transformou em medo. Tinha apenas 14 anos e muitos sonhos, entre os quais ver o Brasil governado por um trabalhador. Lula era o nome dele. O barbudo que assustava os banqueiros surgia para muitos como o salvador da gente amesquinhada pela corrupção, a fome, a falta de escolas e pela ausência de cidadania. No Rio de Janeiro, onde morava, carreguei estrela no peito e bandeira vermelha nas eleições de 89, somando-me aos milhões que acreditavam na mudança. E ao ver os debates na TV, descobri minha vocação. Nascia em mim a paixão pela política. Mas perdemos as eleições para o caçador de marajás.
A esperança se renovaria com as eleições presidenciais de 94. O torneiro mecânico dessa vez enfrentaria as elites personificadas no catedrático FHC. Seria, porém, outro naufrágio eleitoral, pois o sucesso do Plano Real havia transformado Fernando Henrique no São Jorge que esmagara o dragão inflacionário. Em 98 a história se repetiria, com uma derrota fragorosa no primeiro turno.
Eis que afinal, em 2002, o Lula repaginado pelo marketing de Duda Mendonça surpreendeu nas urnas. Era a vez do social, dos trabalhadores, pensei. A vez dos descamisados miseráveis que comiam fruta podre e sonhavam com um Brasil de três refeições ao dia.
Morava já no Acre, e exercia o cargo de secretário-geral do PPS de Rio Branco. O exercício da política me tornara menos ingênuo, capaz de reconhecer méritos antes ignorados no governo FHC. E a identificar os primeiros indícios de que as coisas iam mal com o governo Lula.
O tempo me foi confirmando o equívoco da crença antiga. O Fome Zero foi um fiasco. Não adiantou que a musa Gisele Bündichen fizesse a primeira grande doação individual para os pobres do novo presidente. Falou-se em morosidade e incompetência na condução do programa mais badalado no período eleitoral. Falou-se em morosidade e incompetência nos ministérios, em incompetência e muita morosidade em todo o governo. Até que vieram as denúncias de corrupção.
Com os juros altos, os bancos começaram a ter lucros astronômicos, e começaram a bater os primeiros recordes de rentabilidade. Enquanto isso os empresários reclamavam da carga tributária – a mais alta de toda a história do país – e as filas de desemprego aumentavam a angústia de milhares de famílias. Lembrei de uma sabatina no Jornal Nacional em que o candidato petista criticou os juros e prometeu combatê-los com base no que ocorrera nos Estados Unidos. Com menos juros e impostos, prometeu, a economia voltaria aos trilhos.
Surgiram, no início do mandato, pequenos sinais do grande perigo que viria. A primeira greve enfrentada pelo ex-sindicalista no comando do país, protagonizada por agentes da Polícia Federal, fora punida com corte no ponto dos grevistas. O governo dos trabalhadores não deu refresco a quem reivindicava reajuste salarial. E em seguida os grandes investidores foram isentos da CPMF (o “imposto do cheque”), que Lula tenta prorrogar até 2010. Outros indícios de falcatruas desaguaram no corredor do mensalão, onde sacolas com dinheiro eram entregues a deputados medíocres em troca de apoio na Câmara. E o presidente nunca soube de nada.
Mas antes mesmo do mensalão e dos sanguessugas, eu já pousara em outro ninho político, cismado com tantas evidências de que o desastre viria. Como os pássaros, havia pressentido o terremoto petista que derrubou a Ética e tenta soterrar a Democracia.
Rodrigo Fernandes é presidente municipal do PSDB do Acre
Dizem que os pássaros conseguem pressentir os acidentes naturais antes que eles aconteçam. Aos primeiros sinais (invisíveis) de um terremoto, por exemplo, eles migram para um local livre do perigo, longe do desastre e da ameaça. Pensei nisso hoje, ao notar o fato de que algumas pessoas, como os pássaros, conseguiram pressentir que o PT seria um grande desastre para o país – e foram buscar abrigo em ninhos mais seguros.
Lembrei então de um tempo em que, ingênuo, me vi refém de uma esperança que se transformou em medo. Tinha apenas 14 anos e muitos sonhos, entre os quais ver o Brasil governado por um trabalhador. Lula era o nome dele. O barbudo que assustava os banqueiros surgia para muitos como o salvador da gente amesquinhada pela corrupção, a fome, a falta de escolas e pela ausência de cidadania. No Rio de Janeiro, onde morava, carreguei estrela no peito e bandeira vermelha nas eleições de 89, somando-me aos milhões que acreditavam na mudança. E ao ver os debates na TV, descobri minha vocação. Nascia em mim a paixão pela política. Mas perdemos as eleições para o caçador de marajás.
A esperança se renovaria com as eleições presidenciais de 94. O torneiro mecânico dessa vez enfrentaria as elites personificadas no catedrático FHC. Seria, porém, outro naufrágio eleitoral, pois o sucesso do Plano Real havia transformado Fernando Henrique no São Jorge que esmagara o dragão inflacionário. Em 98 a história se repetiria, com uma derrota fragorosa no primeiro turno.
Eis que afinal, em 2002, o Lula repaginado pelo marketing de Duda Mendonça surpreendeu nas urnas. Era a vez do social, dos trabalhadores, pensei. A vez dos descamisados miseráveis que comiam fruta podre e sonhavam com um Brasil de três refeições ao dia.
Morava já no Acre, e exercia o cargo de secretário-geral do PPS de Rio Branco. O exercício da política me tornara menos ingênuo, capaz de reconhecer méritos antes ignorados no governo FHC. E a identificar os primeiros indícios de que as coisas iam mal com o governo Lula.
O tempo me foi confirmando o equívoco da crença antiga. O Fome Zero foi um fiasco. Não adiantou que a musa Gisele Bündichen fizesse a primeira grande doação individual para os pobres do novo presidente. Falou-se em morosidade e incompetência na condução do programa mais badalado no período eleitoral. Falou-se em morosidade e incompetência nos ministérios, em incompetência e muita morosidade em todo o governo. Até que vieram as denúncias de corrupção.
Com os juros altos, os bancos começaram a ter lucros astronômicos, e começaram a bater os primeiros recordes de rentabilidade. Enquanto isso os empresários reclamavam da carga tributária – a mais alta de toda a história do país – e as filas de desemprego aumentavam a angústia de milhares de famílias. Lembrei de uma sabatina no Jornal Nacional em que o candidato petista criticou os juros e prometeu combatê-los com base no que ocorrera nos Estados Unidos. Com menos juros e impostos, prometeu, a economia voltaria aos trilhos.
Surgiram, no início do mandato, pequenos sinais do grande perigo que viria. A primeira greve enfrentada pelo ex-sindicalista no comando do país, protagonizada por agentes da Polícia Federal, fora punida com corte no ponto dos grevistas. O governo dos trabalhadores não deu refresco a quem reivindicava reajuste salarial. E em seguida os grandes investidores foram isentos da CPMF (o “imposto do cheque”), que Lula tenta prorrogar até 2010. Outros indícios de falcatruas desaguaram no corredor do mensalão, onde sacolas com dinheiro eram entregues a deputados medíocres em troca de apoio na Câmara. E o presidente nunca soube de nada.
Mas antes mesmo do mensalão e dos sanguessugas, eu já pousara em outro ninho político, cismado com tantas evidências de que o desastre viria. Como os pássaros, havia pressentido o terremoto petista que derrubou a Ética e tenta soterrar a Democracia.
Rodrigo Fernandes é presidente municipal do PSDB do Acre
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Deu no Jornal
Da coluna do jornalista Luis Carlos Moreira Jorge, n'A Gazeta desta segunda-feira:
Até que ponto?
Até que ponto o prefeito Wanderley Viana faz tudo isso que seus adversários denunciam?
Se pratica essas ilegalidades, por que ele continua liderando as pesquisas para prefeito?
Ponto pacífico
Uma coisa é certa: pelos números, a população aprova sua administração.
Até que ponto?
Até que ponto o prefeito Wanderley Viana faz tudo isso que seus adversários denunciam?
Se pratica essas ilegalidades, por que ele continua liderando as pesquisas para prefeito?
Ponto pacífico
Uma coisa é certa: pelos números, a população aprova sua administração.
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Donald diz que dados do IBGE podem explicar “perda” de habitantes na capital
O líder do PSDB na Assembléia Legislativa, Donald Fernandes, afirmou hoje, com base em números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que a “perda” de quase 44 mil habitantes na cidade de Rio Branco entre 2005 e 2006 pode ser explicada com base em levantamentos do próprio Instituto. Para o deputado, que também recorreu a dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e da Fundação Getúlio Vargas, a qualidade de vida dos acreanos piorou.
Ele citou como exemplo o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que no acre é de 0,625 (entre os piores do país). Já a educação registrava, em 2005, 142 mil analfabetos, ou 25% da população, conforme o IBGE.
“Não basta desacreditar o Instituto, como se pretendeu fazer ultimamente. É preciso cruzar outros dados disponíveis para termos uma idéia do Acre real”, alertou Donald.
Saneamento e produção
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, revela que houve aumento de apenas 0,2% na rede de esgoto entre 2005 e 2006. Donald, que é médico, lembrou que segundo estudo da Organização Mundial da Saúde, cada real investido em saneamento significa a economia de quatro a cinco reais em atendimento médico-hospitalar num prazo máximo de dez anos.
O parlamentar tucano também se baseou na PNAD para criticar o abastecimento de água no estado. Apenas 47,6% da população acreana dispõem de serviço de água encanada. Houve pouquíssima oscilação em relação a 2005.
Outro dado preocupante apontado pelo parlamentar é o que revela a queda na produção de alimentos no Acre. Entre os produtos afetados estão o feijão, o arroz e o milho. O deputado atribuiu esse resultado ao abandono da zona rural.
Ele citou como exemplo o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que no acre é de 0,625 (entre os piores do país). Já a educação registrava, em 2005, 142 mil analfabetos, ou 25% da população, conforme o IBGE.
“Não basta desacreditar o Instituto, como se pretendeu fazer ultimamente. É preciso cruzar outros dados disponíveis para termos uma idéia do Acre real”, alertou Donald.
Saneamento e produção
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, revela que houve aumento de apenas 0,2% na rede de esgoto entre 2005 e 2006. Donald, que é médico, lembrou que segundo estudo da Organização Mundial da Saúde, cada real investido em saneamento significa a economia de quatro a cinco reais em atendimento médico-hospitalar num prazo máximo de dez anos.
O parlamentar tucano também se baseou na PNAD para criticar o abastecimento de água no estado. Apenas 47,6% da população acreana dispõem de serviço de água encanada. Houve pouquíssima oscilação em relação a 2005.
Outro dado preocupante apontado pelo parlamentar é o que revela a queda na produção de alimentos no Acre. Entre os produtos afetados estão o feijão, o arroz e o milho. O deputado atribuiu esse resultado ao abandono da zona rural.
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Os sem-florestania
O partido da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, perdeu filiados ilustres no Acre. Os líderes indígenas Sabá Manchineri, José Correia Jaminawa e Edna Shanenawa, de três etnias diferentes, deixaram PT e PC do B, sob argumento de que o governo não está preparado para lidar com a causa indígena. Eles também acusam os aliados de Marina de cooptar os índios. Quando a estratégia falha, surgem "ameaças e perseguição política", conforme afirmou Sabá Manchineri.
Vivemos sob o projeto da florestania há mais de oito anos. Não se sabe extamente o que quer dizer esse neologismo, mas graças a ele se garantiu aos aliados do ex-governador Jorge Viana mandatos na Câmara Federal (seis dos oito deputados), no Senado (dois dos três senadores), na Assembléia Legislativa (18 dos 24 deputados estaduais), o comando do governo estadual pela terceira vez consecutiva e da prefeitura da capital.
Nesse tempo todo falou-se muito em preservação ambiental e desenvolvimento sustentável, mas os principais agentes da florestania (os índios) se mostram insatisfeitos com os rumos da política acreana.
Na sexta-feira, 28, Manchineri assinou ficha de filiação no PSDB. "Nenhum governo fez tanto por nós como o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso", afirmou.
Na foto estão o presidente municipal do PSDB, Rodrigo Fernandes; o presidente regional, Tião Bocalom; o líder do partido na Assembléia Legislativa, Donald Fernandes e Sabá Manchineri.
Vivemos sob o projeto da florestania há mais de oito anos. Não se sabe extamente o que quer dizer esse neologismo, mas graças a ele se garantiu aos aliados do ex-governador Jorge Viana mandatos na Câmara Federal (seis dos oito deputados), no Senado (dois dos três senadores), na Assembléia Legislativa (18 dos 24 deputados estaduais), o comando do governo estadual pela terceira vez consecutiva e da prefeitura da capital.
Nesse tempo todo falou-se muito em preservação ambiental e desenvolvimento sustentável, mas os principais agentes da florestania (os índios) se mostram insatisfeitos com os rumos da política acreana.
Na sexta-feira, 28, Manchineri assinou ficha de filiação no PSDB. "Nenhum governo fez tanto por nós como o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso", afirmou.
Na foto estão o presidente municipal do PSDB, Rodrigo Fernandes; o presidente regional, Tião Bocalom; o líder do partido na Assembléia Legislativa, Donald Fernandes e Sabá Manchineri.
Saúde de Primeiro Mundo?
O ex-governador Jorge Viana, 47 anos, procurou o estado mais desenvolvido do país para remover um cisto no nervo auditivo esquerdo. Internou-se na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Luiz, na Zona Sul de São Paulo, para o tratamento. Oito anos de publicidade sobre as melhorias na saúde do Acre não o convenceram de que a Fundação Hospitalar poderia realizar a cirurgia. O irmão, Tião Viana, elegeu-se sob a bandeira da saúde de Primeiro Mundo, e na eleição passada chamou de "molecagem" a atitude dos adversários que lembraram os eleitores de suas promessas.
Já o sucessor Binho Marques mantém seus filhos longe da escola pública, cujos resultados pífios em exames do MEC sua turma não se cansa de amenizar sob argumentos vários. Assim, pois, são os petralhas. Para a massa que os elege, o pouco que o Estado é capaz de fazer. Para eles próprios, tudo que o dinheiro pode comprar.
Já o sucessor Binho Marques mantém seus filhos longe da escola pública, cujos resultados pífios em exames do MEC sua turma não se cansa de amenizar sob argumentos vários. Assim, pois, são os petralhas. Para a massa que os elege, o pouco que o Estado é capaz de fazer. Para eles próprios, tudo que o dinheiro pode comprar.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Todos pela Educação em Xapuri
A prefeitura de Xapuri e o MEC assinaram na quarta-feira, na Casa Branca, um termo de compromisso para o plano de metas do programa “Todos pela Educação”, do governo federal. No Acre, apenas três municípios aderiram ao projeto. O prefeito Vanderley Viana de Lima (PPS) comemorou os resultados da iniciativa e afirmou que a melhoria nos padrões educacionais do município é responsabilidade “de todos nós, e não apenas dos professores”.
Duas consultoras do Ministério da Educação coordenaram por três dias o planejamento que envolveu diversas instituições educacionais e setores da sociedade civil organizada. Técnicos da área, tanto do estado como do município, ajudaram a elaborar o diagnóstico que vai nortear os investimentos a serem feitos no município. Esse mapeamento aponta os pontos críticos da educação em Xapuri.
A assessoria de Vanderley Viana explicou que a assinatura do convênio garante acesso a recursos do MEC para financiar atividades educacionais.
“Essa é a grande oportunidade que faltava para melhorar ainda mais a educação no nosso município”, disse Vanderley.
Duas consultoras do Ministério da Educação coordenaram por três dias o planejamento que envolveu diversas instituições educacionais e setores da sociedade civil organizada. Técnicos da área, tanto do estado como do município, ajudaram a elaborar o diagnóstico que vai nortear os investimentos a serem feitos no município. Esse mapeamento aponta os pontos críticos da educação em Xapuri.
A assessoria de Vanderley Viana explicou que a assinatura do convênio garante acesso a recursos do MEC para financiar atividades educacionais.
“Essa é a grande oportunidade que faltava para melhorar ainda mais a educação no nosso município”, disse Vanderley.
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Qual o nome que se dá a isso?
O texto que reproduzo abaixo é de autoria do jornalista Elson Martins, e foi extraído da coluna Almanacre, do jornal Página 20, edição de domingo, dia 2.
Agradecimento antecipado
A militante petista Célia Pedrina anda indignada com grupos de batuqeiros que infernizam a noite das pessoas que moram nas proximidades do Parque da Maternidade. Domingo passado ela publicou nesta coluna sua denúncia-desabafo. Desta vez, no começo da noite de sexta-feira, mandou este agradecimento...
Caro Elson:
Uma vez mais vou pedir licença aos seus leitores e mandar alguns recados considerando o quanto tenho sido abraçada por muitas pessoas nas ruas - eu ainda ando muito a pé -, no supermercado e nos espaços que freqüento, pelo fato das mesmas terem lido os textos que foram publicados.
O engraçado é que algumas delas eu nem conheço, mas elas me reconhecem e agradecem afirmando que se sentem contempladas com as palavras, com o desabafo e com as verdades que foram ditas e transcritas.
Isso tem sido muito bom, tanto para compensar alguns maus instantes pelos quais tenho passado ultimamente, como também para deixar claro que pequenas soluções para problemas do nosso cotidiano - enquanto cidadãs e cidadãos comuns - podem ser tomadas quando a vontade política da ação existe.
Preciso agradecer ao pessoal da Guarda Metropolitana da PM e de outros órgãos competentes que me ligaram para informar as medidas que vão ser tomadas a partir deste final de semana, em relação aos abusos que vêm ocorrendo nas vias do Parque da Maternidade.
Como hoje é sexta-feira, 21 horas, estou ansiosa e com expectativa de ter um final de semana tranqüilo, com o merecido descanso a que eu e os demais moradores temos direito.
Também preciso esclarecer que o local onde fiz os exames médicos chama-se LACEN – Laboratório Central e não Hemoacre, como eu havia afirmado. Até pensei em escrever sobre o meu retorno, quando fui pegar os resultados, mas deixei de lado.
Enfim e por fim, obrigada por este espaço, que ainda é um respiro dentro da imprensa local, nos moldes dos velhos almanaques, mas ainda tão contemporâneo, pois sou testemunha do quanto você é lido. (Célia Pedrina)
Mas...
Ao longo da madrugada Célia Pedrina voltou a enviar outros recados, num tom muito diferente do “agradecimento”:
1. Infelizmente já são 23:54, quase sábado, e eu ainda não consegui dormir. Já liguei para o 190, três vezes e nada mudou: “Sim, minha senhora a sua ocorrência foi registrada e uma viatura irá para o local”... Não veio... Desisto! Sinto-me impotente diante da situação e realmente não me resta mais nada a fazer...Assim que for possível, me mudo de um lugar onde sempre gostei muito de morar... A desordem ganhou mais uma!
2. Oi, Elson: bom dia de sábado...Tive que fazer um “ps”...Você vai entender porque... Ligo amanhã cedo pra te contar como foi mais esta noitada de “bate estaca”
3. Apenas para registrar: são 4:14 da manhã da sábado. Conforme o previsto, não dormi. Eles ou elas, continuam lá; e só para variar, liguei novamente para o 190 e a resposta desta vez foi: “Pois é, senhora! Certo, senhora, realmente suas ocorrências foram geradas, mas não temos viatura para ir até ao local”...Fiquei pensando: estamos a apenas duas ou três quadras da PM, no Centro. Precisam mesmo de viatura? .
4. São 5:37. O dia clareou e eles continuam lá...Ouço algum deles gritar: “Vamos embora?”. - “Não”, responde o outro...Vamos ficar até as seis”. Começo então a limpar minha casa morrendo de sono e de vontade de ligar pra alguma autoridade maior, mas desisto. Só vou reouvir promessas! Se o problema é carro, viatura, porque não tomar emprestado, nos fins de semana, os carros das secretarias que não funcionam aos sábados e domingos e que são muitos? Basta prestar atenção, notar e anotar: quando existe algum evento oficial, a quantidade de carros e motoristas que aparecem transportando autoridades é enorme.
Comentário do blog: Isso tem nome - chama-se desgoverno petista.
Agradecimento antecipado
A militante petista Célia Pedrina anda indignada com grupos de batuqeiros que infernizam a noite das pessoas que moram nas proximidades do Parque da Maternidade. Domingo passado ela publicou nesta coluna sua denúncia-desabafo. Desta vez, no começo da noite de sexta-feira, mandou este agradecimento...
Caro Elson:
Uma vez mais vou pedir licença aos seus leitores e mandar alguns recados considerando o quanto tenho sido abraçada por muitas pessoas nas ruas - eu ainda ando muito a pé -, no supermercado e nos espaços que freqüento, pelo fato das mesmas terem lido os textos que foram publicados.
O engraçado é que algumas delas eu nem conheço, mas elas me reconhecem e agradecem afirmando que se sentem contempladas com as palavras, com o desabafo e com as verdades que foram ditas e transcritas.
Isso tem sido muito bom, tanto para compensar alguns maus instantes pelos quais tenho passado ultimamente, como também para deixar claro que pequenas soluções para problemas do nosso cotidiano - enquanto cidadãs e cidadãos comuns - podem ser tomadas quando a vontade política da ação existe.
Preciso agradecer ao pessoal da Guarda Metropolitana da PM e de outros órgãos competentes que me ligaram para informar as medidas que vão ser tomadas a partir deste final de semana, em relação aos abusos que vêm ocorrendo nas vias do Parque da Maternidade.
Como hoje é sexta-feira, 21 horas, estou ansiosa e com expectativa de ter um final de semana tranqüilo, com o merecido descanso a que eu e os demais moradores temos direito.
Também preciso esclarecer que o local onde fiz os exames médicos chama-se LACEN – Laboratório Central e não Hemoacre, como eu havia afirmado. Até pensei em escrever sobre o meu retorno, quando fui pegar os resultados, mas deixei de lado.
Enfim e por fim, obrigada por este espaço, que ainda é um respiro dentro da imprensa local, nos moldes dos velhos almanaques, mas ainda tão contemporâneo, pois sou testemunha do quanto você é lido. (Célia Pedrina)
Mas...
Ao longo da madrugada Célia Pedrina voltou a enviar outros recados, num tom muito diferente do “agradecimento”:
1. Infelizmente já são 23:54, quase sábado, e eu ainda não consegui dormir. Já liguei para o 190, três vezes e nada mudou: “Sim, minha senhora a sua ocorrência foi registrada e uma viatura irá para o local”... Não veio... Desisto! Sinto-me impotente diante da situação e realmente não me resta mais nada a fazer...Assim que for possível, me mudo de um lugar onde sempre gostei muito de morar... A desordem ganhou mais uma!
2. Oi, Elson: bom dia de sábado...Tive que fazer um “ps”...Você vai entender porque... Ligo amanhã cedo pra te contar como foi mais esta noitada de “bate estaca”
3. Apenas para registrar: são 4:14 da manhã da sábado. Conforme o previsto, não dormi. Eles ou elas, continuam lá; e só para variar, liguei novamente para o 190 e a resposta desta vez foi: “Pois é, senhora! Certo, senhora, realmente suas ocorrências foram geradas, mas não temos viatura para ir até ao local”...Fiquei pensando: estamos a apenas duas ou três quadras da PM, no Centro. Precisam mesmo de viatura? .
4. São 5:37. O dia clareou e eles continuam lá...Ouço algum deles gritar: “Vamos embora?”. - “Não”, responde o outro...Vamos ficar até as seis”. Começo então a limpar minha casa morrendo de sono e de vontade de ligar pra alguma autoridade maior, mas desisto. Só vou reouvir promessas! Se o problema é carro, viatura, porque não tomar emprestado, nos fins de semana, os carros das secretarias que não funcionam aos sábados e domingos e que são muitos? Basta prestar atenção, notar e anotar: quando existe algum evento oficial, a quantidade de carros e motoristas que aparecem transportando autoridades é enorme.
Comentário do blog: Isso tem nome - chama-se desgoverno petista.
Tratamento de choque
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Líderes indígenas descontentes com governo deixam PT e PC do B
Três líderes indígenas anunciaram hoje seu desligamento dos dois principais partidos da Frente Popular do Acre. Sabá Manchineri (ex-PT), José Correia Jaminawa e Edna Shanenawa (ex-PC do B) alegaram desrespeito aos índios acreanos como a principal causa do distanciamento do governo da floresta. Eles alegam uso indevido da imagem das etnias sem as devidas compensações para os povos politicamente explorados.
“O governo do Acre não está preparado para atender as demandas sociais e menos ainda para lidar com as questões indígenas”, afirmou Sabá Manchineri, que é administrador da Organização dos Povos Indígenas do Acre e Sul do Amazonas. Para ele, o governo faz uso político da imagem dos povos indígenas como ocorre também com o ambientalista Chico Mendes.
“Nossa imagem em Brasília é a melhor possível, lá eles pensam que vivemos no céu, mas basta uma visita à nossa gente para ver que isso é mentira”, concorda o líder indígena José Correia.
Ele cita como descaso do atual governo com as causas indígenas o não reconhecimento da demarcação das terras Jaminawa.
A condução da política indígena no Acre também serviu de motivo ao desligamento desses líderes dos partidos da Frente Popular. Autor da proposta de criação da Secretaria Executiva para Assuntos Indígenas, que funcionou nos últimos quatro anos do governo Jorge Viana, Sabá se diz contrariado com os rumos da política indígena no Estado. Ele alega que os índios viraram reféns de “especialistas” contratados pelo governo.
“Isso não pode continuar assim, é preciso que as etnias tenham autonomia para fazer escolhas”, afirmou.
Segundo Sabá, a prática visa manter os povos indígenas dependente do grupo que está no poder. “Quem não foi cooptado e se rebela, como eu, vira alvo de difamação”, disse. Ele se referia a matéria veiculada por um jornalista então ligado ao governo na qual foi acusado de nepotismo e de insuflar a desunião entre os índios.
Os três devem se filiar a partidos de oposição, ainda não definidos.
“O governo do Acre não está preparado para atender as demandas sociais e menos ainda para lidar com as questões indígenas”, afirmou Sabá Manchineri, que é administrador da Organização dos Povos Indígenas do Acre e Sul do Amazonas. Para ele, o governo faz uso político da imagem dos povos indígenas como ocorre também com o ambientalista Chico Mendes.
“Nossa imagem em Brasília é a melhor possível, lá eles pensam que vivemos no céu, mas basta uma visita à nossa gente para ver que isso é mentira”, concorda o líder indígena José Correia.
Ele cita como descaso do atual governo com as causas indígenas o não reconhecimento da demarcação das terras Jaminawa.
A condução da política indígena no Acre também serviu de motivo ao desligamento desses líderes dos partidos da Frente Popular. Autor da proposta de criação da Secretaria Executiva para Assuntos Indígenas, que funcionou nos últimos quatro anos do governo Jorge Viana, Sabá se diz contrariado com os rumos da política indígena no Estado. Ele alega que os índios viraram reféns de “especialistas” contratados pelo governo.
“Isso não pode continuar assim, é preciso que as etnias tenham autonomia para fazer escolhas”, afirmou.
Segundo Sabá, a prática visa manter os povos indígenas dependente do grupo que está no poder. “Quem não foi cooptado e se rebela, como eu, vira alvo de difamação”, disse. Ele se referia a matéria veiculada por um jornalista então ligado ao governo na qual foi acusado de nepotismo e de insuflar a desunião entre os índios.
Os três devem se filiar a partidos de oposição, ainda não definidos.
Deu no jornal
Da coluna Poronga, do jornalista Leonildo Rosas, no Página 20:
Novo pepessista
No período em que ficará no Acre, Marcio Bittar filiará um prefeito ao seu partido. Trata-se de Wanderley Viana. A festa em Xapuri será no dia 21 de setembro.
Novo pepessista
No período em que ficará no Acre, Marcio Bittar filiará um prefeito ao seu partido. Trata-se de Wanderley Viana. A festa em Xapuri será no dia 21 de setembro.
Deu no jornal II
Da coluna de hoje do jornalista Luis Carlos Moreira Jorge, de A Gazeta:
Xapuri em foco
Conversei ontem pela manhã com um político antigo que tem base em Xapuri. Perguntei: por que depois de tantos escândalos, o prefeito ainda é forte? Disse o seguinte: “o Wanderley Viana, a cada trapalhada, ao invés de cair, cresce sua popularidade”. E completou: “suas brigas são sempre com gente do PT, que já são seus adversários, então, não perde nada”. E vaticinou: “ninguém é imbatível, mas a Frente Popular ou entra unida ou não tem chance de derrotá-lo. Perde de novo”. Depois desta, nada tenho a acrescentar.
Xapuri em foco
Conversei ontem pela manhã com um político antigo que tem base em Xapuri. Perguntei: por que depois de tantos escândalos, o prefeito ainda é forte? Disse o seguinte: “o Wanderley Viana, a cada trapalhada, ao invés de cair, cresce sua popularidade”. E completou: “suas brigas são sempre com gente do PT, que já são seus adversários, então, não perde nada”. E vaticinou: “ninguém é imbatível, mas a Frente Popular ou entra unida ou não tem chance de derrotá-lo. Perde de novo”. Depois desta, nada tenho a acrescentar.
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Droga é o maior problema dentro do presídio
O principal problema dentro da penitenciária Francisco de Oliveira Conde é o uso de drogas. A afirmação é da presidente do conselho estadual de apoio às famílias dos detentos, Maria Silva. Partiu dela o convite para que o deputado estadual Donald Fernandes, do PSDB, fizesse palestra na manhã desta quarta-feira na penitenciária.
Maria afirma que levantamento do conselho no local aponta envolvimento de quase 100% dos 2,8 mil detentos com o tráfico e o uso de entorpecentes. “Ali, quem não vende usa”, lastima.
Há casos de usuários que precisam receber “mesada” da família semanalmente para quitar dívidas com fornecedores. “Quem não paga morre”, conta Maria. Ela diz conhecer mães carentes e desempregadas que se obrigam a levar ao presídio 100 reais a cada sete dias para que o filho não seja assassinado por dívida de entorpecentes.
Todas as quartas-feiras o conselho promove palestras com famílias de presidiários. Oferecer apoio aos parentes dos presos é a meta da entidade, que recentemente recebeu do Ibama uma doação de madeira para construção de pátio para visitas e playground destinado às crianças que acompanham as mães.
O governo do estado prometeu colocar à disposição do conselho profissionais das áreas de educação, psicologia e assistência social.
Segundo Maria, o preconceito contra a família do detento é a maior barreira que ela pode enfrentar do lado de fora da prisão. “Nosso trabalho tem o objetivo de diminuir a discriminação sobre os parentes dos presos”, disse.
Maria afirma que levantamento do conselho no local aponta envolvimento de quase 100% dos 2,8 mil detentos com o tráfico e o uso de entorpecentes. “Ali, quem não vende usa”, lastima.
Há casos de usuários que precisam receber “mesada” da família semanalmente para quitar dívidas com fornecedores. “Quem não paga morre”, conta Maria. Ela diz conhecer mães carentes e desempregadas que se obrigam a levar ao presídio 100 reais a cada sete dias para que o filho não seja assassinado por dívida de entorpecentes.
Todas as quartas-feiras o conselho promove palestras com famílias de presidiários. Oferecer apoio aos parentes dos presos é a meta da entidade, que recentemente recebeu do Ibama uma doação de madeira para construção de pátio para visitas e playground destinado às crianças que acompanham as mães.
O governo do estado prometeu colocar à disposição do conselho profissionais das áreas de educação, psicologia e assistência social.
Segundo Maria, o preconceito contra a família do detento é a maior barreira que ela pode enfrentar do lado de fora da prisão. “Nosso trabalho tem o objetivo de diminuir a discriminação sobre os parentes dos presos”, disse.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Frase
Fiquei muito feliz com a descoberta de que o CRM (Conselho Regional de Medicina) cuida dos interesses do povo. Vou almoçar em paz depois dessa descoberta científica, e talvez até tome um guaraná".
Deputado Moisés Diniz, do PCdoB, fazendo ironia sobre a própria ignorância ao ser corrigido pelo colega e médico Donald Fernandes, e logo após exigir que a oposição debata os temas do governo com maior seriedade.
Deputado Moisés Diniz, do PCdoB, fazendo ironia sobre a própria ignorância ao ser corrigido pelo colega e médico Donald Fernandes, e logo após exigir que a oposição debata os temas do governo com maior seriedade.
Um dia de muita polêmica
O aumento da passagem de ônibus concedido pela prefeitura de Rio Branco, que passou a vigorar ontem, originou um duro debate hoje na Assembléia Legislativa. Coube à deputada petista Naluh Gouveia defender o prefeito Raimundo Angelim do coro das críticas puxado pelo tucano Donald Fernandes. Este lembrou que em 2004 o dono da Real Norte, Éder Pinheiro, declarou à Justiça Eleitoral do Acre doação de mais de 100 mil reais em camisetas ao então candidato Raimundo Angelim. Na época a oposição acusou o governo de ter trazido o material de campanha a bordo de um Boing.
Existem documentos da Justiça sobre a doação. Mas a deputada Naluh disse desconhecer a benevolência do empresário, que colocou na conta de campanha do PT milhares de camisetas.
“Eu não estava na reunião em que houve o acordo (do empresário) com o meu partido”, disse a deputada insinuando que o colega tucano inventara a doação. Ela lembrou, também de forma equivocada, que muito se falou do mensalão, e que nenhuma denúncia recaiu sobre os petistas acreanos.
Naluh Gouveia tem memória curta. Pois não foi isso o que se viu quando o ex-deputado Roberto Jefferson, em entrevista ao apresentador Jô Soares, contou que houvera acordo, na Casa Civil, para que Angelim fosse eleito em Rio Branco, em troca da eleição de Zila Bezerra em Cruzeiro do Sul. Estavam ali, segundo o deputado, o ex-ministro José Dirceu e o então governador Jorge Viana, além, claro, do próprio autor das denúncias do mensalão. Um detalhe importante, segundo ainda o ex-deputado petebista, é que Viana não cumpriu sua parte no plano.
O deputado Luiz Calixto (PDT) lamentou que os outrora tão aguerridos defensores da população contra a majoração das tarifas estejam agora calados sobre a elevação da passagem de R$ 1,75 para R$ 1,90. E explicou que os insumos usados na manutenção dos coletivos, cotados em dólar, tiveram os preços reduzidos pela desvalorização da moeda americana, o que deveria incidir sobre o preço da passagem de ônibus puxando-a para baixo, e não para cima, como ocorreu.
Saúde no interior
Outro assunto polêmico foi a saúde no interior, principalmente no Vale do Juruá. A deputada Idalina Onofre (PPS) visitou os hospitais de Tarauacá e Feijó para constatar o que todos já sabem: o Acre está longe de oferecer à população serviços de Primeiro Mundo. Em Feijó, por exemplo, ela se deparou com uma incubadora que dá choque nas crianças, e por isso não é usada.
Em resposta, o deputado comunista Moisés Diniz berrou na tribuna que é preciso tratar o tema com seriedade, atribuindo à colega pepessista uma alegria que só ele viu. Afirmou ter ligado ao secretário de Saúde, que telefonou ao gestor do hospital, para confirmar que a tal incubadora não existe. É curioso como em meio a tantos telefonemas o problema tenha desaparecido.
O líder do governo na Aleac, com seu humor pendular, oscilou entre a rigidez e a ironia despudorada, como sempre faz. Ironia sem inteligência vira escárnio, e o escárnio não pega bem quando é necessário debater temas caros à população acreana. Moisés Diniz, como Naluh Gouveia, preferiu desqualificar as denúncias como caminho mais curto para o convencimento. Não atentou para o fato de que incubadora nenhuma é tão ruim quanto uma que dá choque. Não entendeu que pedir seriedade num momento para voltar em seguida com gracejos despropositados é sinal de quem está perdendo o debate.
A base aliada do governo, aliás, tem perdido os embates travados na Assembléia. Não é só pelo despreparo de alguns deputados da situação, como Moisés Diniz, que isso acontece. É sobretudo porque se avolumam os problemas em torno da administração pública, a ponto de esvaziar-lhes as defesas.
Alguém precisa avisar com urgência aos petralhas que o Acre tem tantos descalabros que ninguém precisa inventar denúncias para atingir o governo.
Existem documentos da Justiça sobre a doação. Mas a deputada Naluh disse desconhecer a benevolência do empresário, que colocou na conta de campanha do PT milhares de camisetas.
“Eu não estava na reunião em que houve o acordo (do empresário) com o meu partido”, disse a deputada insinuando que o colega tucano inventara a doação. Ela lembrou, também de forma equivocada, que muito se falou do mensalão, e que nenhuma denúncia recaiu sobre os petistas acreanos.
Naluh Gouveia tem memória curta. Pois não foi isso o que se viu quando o ex-deputado Roberto Jefferson, em entrevista ao apresentador Jô Soares, contou que houvera acordo, na Casa Civil, para que Angelim fosse eleito em Rio Branco, em troca da eleição de Zila Bezerra em Cruzeiro do Sul. Estavam ali, segundo o deputado, o ex-ministro José Dirceu e o então governador Jorge Viana, além, claro, do próprio autor das denúncias do mensalão. Um detalhe importante, segundo ainda o ex-deputado petebista, é que Viana não cumpriu sua parte no plano.
O deputado Luiz Calixto (PDT) lamentou que os outrora tão aguerridos defensores da população contra a majoração das tarifas estejam agora calados sobre a elevação da passagem de R$ 1,75 para R$ 1,90. E explicou que os insumos usados na manutenção dos coletivos, cotados em dólar, tiveram os preços reduzidos pela desvalorização da moeda americana, o que deveria incidir sobre o preço da passagem de ônibus puxando-a para baixo, e não para cima, como ocorreu.
Saúde no interior
Outro assunto polêmico foi a saúde no interior, principalmente no Vale do Juruá. A deputada Idalina Onofre (PPS) visitou os hospitais de Tarauacá e Feijó para constatar o que todos já sabem: o Acre está longe de oferecer à população serviços de Primeiro Mundo. Em Feijó, por exemplo, ela se deparou com uma incubadora que dá choque nas crianças, e por isso não é usada.
Em resposta, o deputado comunista Moisés Diniz berrou na tribuna que é preciso tratar o tema com seriedade, atribuindo à colega pepessista uma alegria que só ele viu. Afirmou ter ligado ao secretário de Saúde, que telefonou ao gestor do hospital, para confirmar que a tal incubadora não existe. É curioso como em meio a tantos telefonemas o problema tenha desaparecido.
O líder do governo na Aleac, com seu humor pendular, oscilou entre a rigidez e a ironia despudorada, como sempre faz. Ironia sem inteligência vira escárnio, e o escárnio não pega bem quando é necessário debater temas caros à população acreana. Moisés Diniz, como Naluh Gouveia, preferiu desqualificar as denúncias como caminho mais curto para o convencimento. Não atentou para o fato de que incubadora nenhuma é tão ruim quanto uma que dá choque. Não entendeu que pedir seriedade num momento para voltar em seguida com gracejos despropositados é sinal de quem está perdendo o debate.
A base aliada do governo, aliás, tem perdido os embates travados na Assembléia. Não é só pelo despreparo de alguns deputados da situação, como Moisés Diniz, que isso acontece. É sobretudo porque se avolumam os problemas em torno da administração pública, a ponto de esvaziar-lhes as defesas.
Alguém precisa avisar com urgência aos petralhas que o Acre tem tantos descalabros que ninguém precisa inventar denúncias para atingir o governo.
Donald Fernandes condena aumento de passagem de ônibus
O líder do PSDB na Assembléia Legislativa, deputado Donald Fernandes, criticou hoje o aumento da tarifa de ônibus para a capital do Estado. Desde ontem os usuários desembolsam R$ 1,90 para usar os coletivos. O parlamentar disse ainda que o reajuste atende a interesses dos donos de empresas do transporte coletivo, um dos quais declarou à Justiça Eleitoral do Acre ter doado mais de R$ 100 mil em camisetas à campanha do prefeito Raimundo Angelim (PT), em 2004.
Segundo o tucano, “o aumento da passagem é uma violência contra o orçamento dos mais pobres”. Ele condenou o “jogo de cena” do prefeito petista, que reduziu de R$ 2,06 o aumento proposto pelo Sindicol (Sindicado das Empresas de Transporte Coletivos do Acre) para os atuais R$ 1,90.
“É um teatro infantil que o prefeito Angelim tenta fazer para enganar a população, como se ao conceder o aumento estivesse sendo bonzinho com quem precisa usar ônibus em péssimas condições”, afirmou.
Donald informou ainda que no Rio de Janeiro, onde esteve recentemente, o preço da tarifa, para coletivos que rodam até 60 quilômetros num só percurso, é de R$ 1,60. O deputado denunciou ainda a oferta de serviços precários, que obrigam usuários a se pendurarem nas portas em horário de pico.
“Não se podem pagar favores de campanha penalizando a população pobre da capital”, concluiu o deputado.
Segundo o tucano, “o aumento da passagem é uma violência contra o orçamento dos mais pobres”. Ele condenou o “jogo de cena” do prefeito petista, que reduziu de R$ 2,06 o aumento proposto pelo Sindicol (Sindicado das Empresas de Transporte Coletivos do Acre) para os atuais R$ 1,90.
“É um teatro infantil que o prefeito Angelim tenta fazer para enganar a população, como se ao conceder o aumento estivesse sendo bonzinho com quem precisa usar ônibus em péssimas condições”, afirmou.
Donald informou ainda que no Rio de Janeiro, onde esteve recentemente, o preço da tarifa, para coletivos que rodam até 60 quilômetros num só percurso, é de R$ 1,60. O deputado denunciou ainda a oferta de serviços precários, que obrigam usuários a se pendurarem nas portas em horário de pico.
“Não se podem pagar favores de campanha penalizando a população pobre da capital”, concluiu o deputado.
sábado, 4 de agosto de 2007
Geraldo Mesquita faz apelo por livros e medicamentos
Da Agência Senado
O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) ocupou a tribuna do Senado nesta sexta-feira (3), para fazer um apelo a dois ministros de Estado.
A José Gomes Temporão, da Saúde, o parlamentar pediu que resolva o problema dos doentes que precisam recorrer ao governo para adquirir medicamentos de alta complexidade e de alto custo. Já a Fernando Haddad, da Educação, Mesquita solicitou, mais uma vez, que crie um programa do tipo "biblioteca popular", para que a população possa ter acesso a livros - e consequentemente à cultura - a preços acessíveis.
O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) ocupou a tribuna do Senado nesta sexta-feira (3), para fazer um apelo a dois ministros de Estado.
A José Gomes Temporão, da Saúde, o parlamentar pediu que resolva o problema dos doentes que precisam recorrer ao governo para adquirir medicamentos de alta complexidade e de alto custo. Já a Fernando Haddad, da Educação, Mesquita solicitou, mais uma vez, que crie um programa do tipo "biblioteca popular", para que a população possa ter acesso a livros - e consequentemente à cultura - a preços acessíveis.
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
Irônicos petralhas
Os petralhas são mesmo muito hilários. Essa semana o deputado Moisés Diniz ironizou – bem ao estilo deles, que a tudo tratam com ironia, inclusive os impostos que pagamos – as críticas que a oposição fez sobre a falta de informações sobre as obras da BR-364, que aumentam a fortuna dos Cameli, agora unha e carne com os irmãos Viana. O deputado disse que a oposição precisa se informar antes de tecer comentários, e que bastaria olhar as edições anteriores do Diário Oficial para ver ali o detalhamento dos custos.
A mim impressiona o descaramento do Sr. Moisés Diniz que, outrora desavisado, apresentou anteprojeto de lei para tornar públicas informações da Secretaria de Segurança do Estado. Ora, dar publicidade ao que já deveria ser de domínio público só mesmo na concepção de quem não enxerga os lapsos que comete e vive de tropeçar na própria língua.
Ao alertar, portanto, os colegas parlamentares da oposição para que se informem sobre as ações de governo antes de apresentar suas críticas, esquece o comunista que no Estado vianista a transparência não foi tratada com a devida importância que deve ter nas democracias.
No Acre, informação virou segredo de Estado, o que gera suspeita sobre ações de quem deveria prestar contas dos gastos públicos.
A mim impressiona o descaramento do Sr. Moisés Diniz que, outrora desavisado, apresentou anteprojeto de lei para tornar públicas informações da Secretaria de Segurança do Estado. Ora, dar publicidade ao que já deveria ser de domínio público só mesmo na concepção de quem não enxerga os lapsos que comete e vive de tropeçar na própria língua.
Ao alertar, portanto, os colegas parlamentares da oposição para que se informem sobre as ações de governo antes de apresentar suas críticas, esquece o comunista que no Estado vianista a transparência não foi tratada com a devida importância que deve ter nas democracias.
No Acre, informação virou segredo de Estado, o que gera suspeita sobre ações de quem deveria prestar contas dos gastos públicos.
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
De volta
Para minha surpresa, ao acessar hoje este blog, outras dez pessoas já o tinham feito antes. Aos que se mantiveram plugados nesta página e continuam a procurar aqui notícias e comentários, meus sinceros agradecimentos. Após o período fora do ar, prossigo neste árduo ofício de escrever. Para o bem ou para o mal.
sexta-feira, 13 de julho de 2007
Em férias
Estou gozando férias na cidade de Macapá, capital do Amapá. Peço desculpas aos visitantes deste blog pela lentidão em atualizá-lo nos últimos dias. É que não pretendo me ocupar de apedeutas e quejandos no período em que estiver com os meus.
Até breve.
Até breve.
segunda-feira, 9 de julho de 2007
Resposta à pergunta "Quem é o apedeuta?"
Nos falsos humildes, a arrogância emerge tão logo surge a oportunidade. O discurso de coitadinho do Sr. Raimari Cardoso, que vive de escrever “humildes e inofensivos comentários” em seu "singelo blog", transmutou-se em arremedo de lição catedrática ante um equívoco meu sobre uma frase atribuída a Stalin, mas na verdade de Lênin. Como ele mostrou, a máxima “xingue-os do que você é, acuse-os do que você faz”, que os petralhas aplicam como um mantra sobre as cabeças dos adversários políticos, é de Lênin, e não de Stalin, como erroneamente escrevi. Sim, ele está certo. Até aí tudo bem, não fosse o lambari querer a partir disso atribuir a mim um epíteto que lhe dei, e que tão bem lhe assenta: o de “apedeuta”.
Vou mostrar novamente que, mesmo tendo me surpreendido em erro uma vez, após ter sido flagrado em vários, Raimari continua a tropeçar na norma culta e a dar outros sinais de quem merece o apelido detestado. Estava já disposto a ignorar-lhe as abundantes incorreções gramaticais, mas a pergunta "Quem é o apedeuta?" exige uma resposta explicativa. Vamos a ela.
Em artigo postado na sexta-feira (este em resposta a uma réplica, o que me faz pensar que ele tem se ocupado de mim tanto quanto eu dele), de título "Tréplica", Raimari prova por si só quem é o ignaro. O texto começa com um sonoro "Escrevi há alguns dias atrás", cujo vício de linguagem prepara o leitor atento para o que virá. Ainda no primeiro parágrafo está escrito o seguinte: “... que (a fábrica de vassouras de Xapuri) foi tomada como tábua de salvação de uma administração que encontra-se perdida em um oceano de incompetência generalizada”.
Ora, ora, ora, dona Aurora. A gramática diz que a partícula “que” atrai o pronome oblíquo átono (se), exigindo o uso da próclise – se encontra – e não da ênclise – encontra-se –, como quis o apedeuta. O correto seria "que se encontra" etc.
Alguém pode dizer que é purismo demasiado exigir que se saiba sobre ênclises e próclises. Concordaria eu, não fosse a ocasião repisar evidências de que, em matéria de composição escrita, a contumácia do erro revela o quilate do autor. Cometer equívocos aos borbotões, sobretudo os de português para quem se põe a separar em texto o bem e o mal, é confirmar na forma a incompetência do conteúdo. Em outras palavras, quem escreve errado pensa mal. E se pensa mal não deve presumir que sabe o que é bom ou ruim para os outros, sobretudo quando o assunto é administração pública.
Erros todos cometem, como fez questão de me lembrar o çábio lambari com certa dose de ironia, é claro. Não foi a primeira vez que me corrigiram, e nem será a última. E como diz o velho ditado, é mais fácil um sábio aprender com um idiota que este com aquele. Não sou sábio, infelizmente, e assim estou ainda mais suscetível às lições dos imbecis.
Aqui preciso lembrar que desde que me pus ao maçante trabalho de acompanhar o blog do Sr. Raimari, tenho me deparado com deslizes gramaticais cuja reincidência diz mais do autor que todas as suas monótonas idéias políticas juntas. Corrigi-lo é um dever de ofício, ao qual ele reage com beicinho e chorumela.
Mas como sobra tempo para rever Lênin, Raimari poderia folhear a gramática de vez em quando. Ela ensina que o idioma tem regras, sobretudo para quem tem a presunção de se fazer convincente por meio da palavra escrita.
Nos falsos humildes, a arrogância emerge tão logo surge a oportunidade. O discurso de coitadinho do Sr. Raimari Cardoso, que vive de escrever “humildes e inofensivos comentários” em seu "singelo blog", transmutou-se em arremedo de lição catedrática ante um equívoco meu sobre uma frase atribuída a Stalin, mas na verdade de Lênin. Como ele mostrou, a máxima “xingue-os do que você é, acuse-os do que você faz”, que os petralhas aplicam como um mantra sobre as cabeças dos adversários políticos, é de Lênin, e não de Stalin, como erroneamente escrevi. Sim, ele está certo. Até aí tudo bem, não fosse o lambari querer a partir disso atribuir a mim um epíteto que lhe dei, e que tão bem lhe assenta: o de “apedeuta”.
Vou mostrar novamente que, mesmo tendo me surpreendido em erro uma vez, após ter sido flagrado em vários, Raimari continua a tropeçar na norma culta e a dar outros sinais de quem merece o apelido detestado. Estava já disposto a ignorar-lhe as abundantes incorreções gramaticais, mas a pergunta "Quem é o apedeuta?" exige uma resposta explicativa. Vamos a ela.
Em artigo postado na sexta-feira (este em resposta a uma réplica, o que me faz pensar que ele tem se ocupado de mim tanto quanto eu dele), de título "Tréplica", Raimari prova por si só quem é o ignaro. O texto começa com um sonoro "Escrevi há alguns dias atrás", cujo vício de linguagem prepara o leitor atento para o que virá. Ainda no primeiro parágrafo está escrito o seguinte: “... que (a fábrica de vassouras de Xapuri) foi tomada como tábua de salvação de uma administração que encontra-se perdida em um oceano de incompetência generalizada”.
Ora, ora, ora, dona Aurora. A gramática diz que a partícula “que” atrai o pronome oblíquo átono (se), exigindo o uso da próclise – se encontra – e não da ênclise – encontra-se –, como quis o apedeuta. O correto seria "que se encontra" etc.
Alguém pode dizer que é purismo demasiado exigir que se saiba sobre ênclises e próclises. Concordaria eu, não fosse a ocasião repisar evidências de que, em matéria de composição escrita, a contumácia do erro revela o quilate do autor. Cometer equívocos aos borbotões, sobretudo os de português para quem se põe a separar em texto o bem e o mal, é confirmar na forma a incompetência do conteúdo. Em outras palavras, quem escreve errado pensa mal. E se pensa mal não deve presumir que sabe o que é bom ou ruim para os outros, sobretudo quando o assunto é administração pública.
Erros todos cometem, como fez questão de me lembrar o çábio lambari com certa dose de ironia, é claro. Não foi a primeira vez que me corrigiram, e nem será a última. E como diz o velho ditado, é mais fácil um sábio aprender com um idiota que este com aquele. Não sou sábio, infelizmente, e assim estou ainda mais suscetível às lições dos imbecis.
Aqui preciso lembrar que desde que me pus ao maçante trabalho de acompanhar o blog do Sr. Raimari, tenho me deparado com deslizes gramaticais cuja reincidência diz mais do autor que todas as suas monótonas idéias políticas juntas. Corrigi-lo é um dever de ofício, ao qual ele reage com beicinho e chorumela.
Mas como sobra tempo para rever Lênin, Raimari poderia folhear a gramática de vez em quando. Ela ensina que o idioma tem regras, sobretudo para quem tem a presunção de se fazer convincente por meio da palavra escrita.
quinta-feira, 5 de julho de 2007
Petistas cuidam mal do nosso dinheiro
Eis a lavanderia comunitária na qual o ex-prefeito petista Júlio Barbosa gastou 65.500 reais (valores de 2002) do povo de Xapuri. Apesar do custo da obra e da compra dos equipamentos, ela nunca lavou uma cueca sequer. É praxe no petismo o discurso destoar da prática. Na teoria os petralhas dão lições de moral, de ética, conduta e princípios, mas na prática mostraram que administram mal, desviam dinheiro público, fazem conluio, compram dossiê fajuto contra os adversários, inventam mensalões, enriquecem parentes e carregam dólares na cueca.
O lambari-apedeuta Raimari Cardoso critica o portal que o prefeito Vanderley Viana de Lima constrói à entrada da cidade. Trata-se do início de um projeto de urbanização que os vereadores de oposição, ávidos por voltar à mamata, querem barrar há qualquer custo. O lambari vive de criticar a obra, mas nunca se referiu à lavanderia comunitária que o companheiro pagou mas não fez funcionar. É que os petralhas têm uma maneira toda própria de ser - na oposição bancam os beatos, no poder soltam o cão.
Chá de boldo para o apedeuta
O apedeuta Raimari Cardoso está bravo comigo. Acusa-me de ter escrito um texto deselegante, e retrucou chamando-me de "puxa-saco", "lambaio" e "baba ovo" do prefeito Vanderley Viana de Lima. A fúria se explica pela ausência dos argumentos. É comum que sobrem insultos onde faltam idéias. Não o culpo pelo destempero. Andei a lhe corrigir uns erros de português, e isso lhe deve ter doído no ego, a parte mais frágil de sua anatomia bovina.
Desde então o moço não sossega se não me dirige agressões. Critico-lhe as idéias, e o Raimari me espinafra. Falo de nossas diferenças ideológicas, e ele me responde com escatologia. Corrijo-lhe os textos, e ele desanda a me caluniar.
Não lhe quero mal, porém. O petralha Raimari é só um lambari numa piscina de traíras. Sugiro que se acalme, tome bastante chá de boldo que é bom para o fígado, e passe a ter um pouco de respeito por seus leitores.
Desde então o moço não sossega se não me dirige agressões. Critico-lhe as idéias, e o Raimari me espinafra. Falo de nossas diferenças ideológicas, e ele me responde com escatologia. Corrijo-lhe os textos, e ele desanda a me caluniar.
Não lhe quero mal, porém. O petralha Raimari é só um lambari numa piscina de traíras. Sugiro que se acalme, tome bastante chá de boldo que é bom para o fígado, e passe a ter um pouco de respeito por seus leitores.
terça-feira, 3 de julho de 2007
Deputado quer restringir horário de propaganda de bebida alcoólica
Crianças começam a beber entre 10 e 12 anos de idade. Entre 2005 e 2006 o consumo de bebidas alcoólicas cresceu 7,5% no país. Essas duas informações constam em relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), e fundamentam um projeto de lei do líder do PSDB na Assembléia Legislativa, Donald Fernandes, sobre a veiculação de propaganda de bebidas. Apresentado hoje na Assembléia Legislativa, o projeto pretende restringir a publicidade desse tipo de produto para o período entre as 21 horas e sete da manhã. “Antes disso significa expor nossos filhos”, disse o parlamentar.
Crianças e adolescentes são mais vulneráveis à influência do que passa no rádio e na TV, acreditam os especialistas. “Precisamos defendê-las da possibilidade da iniciação precoce no consumo de álcool, que tantos danos causa à saúde”, disse o deputado.
Segundo ele, dados do Sistema Único de Saúde (SUS) revelam que só em 2001 houve 85 mil internações para tratamento de problemas relacionados ao consumo de bebida alcoólica. O SUS também expediu 122 mil autorizações para internação hospitalar por distúrbios associados ao alcoolismo.
“Todos os anos a sociedade é obrigada a pagar milhões de reais com esse problema”, disse Donald.
Um levantamento feito pela OMS com 48 mil estudantes em 2004 mostra que as crianças começam a beber aos 10 ou 12 anos. A propaganda de bebidas alcoólicas nos meios de comunicação pode diminuir a idade de iniciação do jovem no consumo de álcool, acredita o deputado tucano.
Idealizador da Associação dos Parentes e Amigos dos dependentes Químicos (Apadeq), Donald Fernandes coleciona histórias sobre os males que as drogas, incluindo o álcool, causam às famílias acreanas.
Fábrica de vassouras ecológicas
Eis a fábrica de vassouras ecológicas cuja importância social a oposição ranheta ao prefeito Vanderley Viana de Lima não consegue reconhecer. Repito que foram gerados trinta empregos diretos, e que o prédio, como ressaltou o prefeito, foi construído com os impostos pagos pelo povo sofrido de Xapuri.
Ser adversário político de Vanderley Viana é uma coisa aceitável, direito de qualquer cidadão que não concorde com a condução da administração municipal. Já ser adversário do bom senso é coisa bem diferente.
segunda-feira, 2 de julho de 2007
Conselho ao Sr. Raimari
Escrevi no post aí embaixo que a vassoura foi símbolo de combate à corrupção na campanha de Jânio Quadros à presidência. Em Xapuri ela virou sinônimo de consciência ecológica. Era de se esperar que a iniciativa do prefeito Vanderley Viana de Lima recebesse elogios até dos que se viciaram na crítica. Mas o blogueiro Raimari Cardoso, obcecado pela idéia de que tudo que Vanderley Viana faz é ruim, e não podendo centrar suas censuras na iniciativa em si, resolveu falar mal do evento de inauguração da fábrica de vassouras. Não foi ver o empreendimento, nem ouvir o que se tinha a dizer, mas falou dos fogos de artifício, do "barulho" e do palanque em um artigo cujo mérito maior é não conter erros de português.
Para o blogueiro, a divulgação dos eventos da prefeitura acarreta "desperdício de dinheiro público", como se não fosse a especialidade do grupo político ao qual ele pertence gastar demasiado com propaganda. Como se não fossem mestres em fazer "barulho" antes do início de uma obra, no lançamento de sua pedra fundamental, durante e depois que ela está pronta. Como se não fossem os palanqueiros em qualquer coisa à toa que promovem.
É do famigerado Stalin a máxima "xingue-os do que você é, acuse-os do que você faz" que os petralhas lançam mão para solapar reputações e construir falsas denúncias. Raimari defende o espólio político de Júlio Barbosa, cuja maior herança foi um incêndio na prefeitura que apagou vestígios de corrupção, e sequer se envergonha em negar essa defesa. E o faz de forma torpe e a partir de conclusões próprias sobre o que supostamente as pessoas pensam da atual administração. Como não foi ao evento de inaguração da fábrica de vassouras, não pôde ouvir das trinta pessoas contratadas o que significa um emprego quando milhares de jovens e adultos amargam a ociosidade.
Mas não basta o sujeito saber juntar palavras para sair por aí atirando críticas como um padre que distribui bênçãos. Para que elas tenham efeito, o autor precisa ter cunhado reputação por meio da coerência, coisa que o Sr. Raimari não mostra ao investir contra uma administração em nome de outra muito pior.
As críticas do Sr. Raimari Cardoso teriam força e relevância se fossem feitas em nome daqueles que pagam impostos, e não em favor dos que provaram usar mal os impostos pagos pela população de Xapuri.
Recomendo-lhe comprar uma vassoura ecológica e varrer suas idéias para a lata do lixo. Daria a elas o mesmo destino sábio que os eleitores de Xapuri deram aos petistas na última eleição municipal.
Para o blogueiro, a divulgação dos eventos da prefeitura acarreta "desperdício de dinheiro público", como se não fosse a especialidade do grupo político ao qual ele pertence gastar demasiado com propaganda. Como se não fossem mestres em fazer "barulho" antes do início de uma obra, no lançamento de sua pedra fundamental, durante e depois que ela está pronta. Como se não fossem os palanqueiros em qualquer coisa à toa que promovem.
É do famigerado Stalin a máxima "xingue-os do que você é, acuse-os do que você faz" que os petralhas lançam mão para solapar reputações e construir falsas denúncias. Raimari defende o espólio político de Júlio Barbosa, cuja maior herança foi um incêndio na prefeitura que apagou vestígios de corrupção, e sequer se envergonha em negar essa defesa. E o faz de forma torpe e a partir de conclusões próprias sobre o que supostamente as pessoas pensam da atual administração. Como não foi ao evento de inaguração da fábrica de vassouras, não pôde ouvir das trinta pessoas contratadas o que significa um emprego quando milhares de jovens e adultos amargam a ociosidade.
Mas não basta o sujeito saber juntar palavras para sair por aí atirando críticas como um padre que distribui bênçãos. Para que elas tenham efeito, o autor precisa ter cunhado reputação por meio da coerência, coisa que o Sr. Raimari não mostra ao investir contra uma administração em nome de outra muito pior.
As críticas do Sr. Raimari Cardoso teriam força e relevância se fossem feitas em nome daqueles que pagam impostos, e não em favor dos que provaram usar mal os impostos pagos pela população de Xapuri.
Recomendo-lhe comprar uma vassoura ecológica e varrer suas idéias para a lata do lixo. Daria a elas o mesmo destino sábio que os eleitores de Xapuri deram aos petistas na última eleição municipal.
Vanderley Viana inaugura em Xapuri fábrica de vassoura ecológica
Símbolo de combate à corrupção com o lendário Jânio Quadros, a vassoura virou sinônimo de preservação ambiental em Xapuri. No sábado, o prefeito Vanderley Viana de Lima (PMDB) inaugurou a primeira fábrica de vassouras ecológicas do Acre. O empreendimento recebeu aporte do senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB), que doou equipamentos e cedeu equipe para treinar os funcionários da fábrica.
Feitas com garrafas PET, as vassouras ecológicas de Xapuri vão livrar o meio ambiente do plástico que pode levar mais de 100 mil anos para desfazer-se na natureza. A prefeitura pagou R$ 0,10 por cada uma das 10 mil garrafas que foram armazenadas em um forno desativado da cerâmica. Vanderley anunciou para o mês que vem compra de outras 20 mil unidades.
“Xapuri sai na frente e dá exemplo de preservação ambiental a partir de uma medida muito simples, que é transformar garrafa de plástico em utensílio útil”, disse o prefeito. “Estamos fazendo aqui um trabalho importante de geração de empregos e de conscientização ecológica”.
O empreendimento vai funcionar em dois turnos e começa por empregar 30 pessoas. Nilza Roque de Lima, 35 anos, foi uma das selecionadas para trabalhar na fábrica de vassouras.
“Fazia quase quatro anos que eu não arrumava emprego, e minha oportunidade surgiu com essa iniciativa da prefeitura”, afirmou.
Mãe de cinco filhos e sem casa própria, Nilza não sabe ainda quanto vai ganhar no novo emprego, já que os salários vão depender das vendas. Mas acredita que seu vencimento pode chegar a R$ 500. “Minha vida vai melhorar muito”, confia.
Já o estudante Mardoqueu de Araújo Fernandes, 18 anos, estima que os salários devem ficar próximo do mínimo. Para ele, a fábrica de vassouras foi sua porta de entrada no mercado de trabalho.
Oportunidade
O professor Geraldo Neto, filho do senador Geraldo Mesquita, representou o pai no evento de inauguração da fábrica de vassouras. Ele afirmou que a palavra oportunidade define a iniciativa. “Oportunidade do homem público em oferecer trabalho às pessoas; oportunidade de se trabalhar com a conscientização ecológica; e oportunidade de passarmos a produzir valor no Acre, já que importamos muitos produtos de outros estados, gerando emprego e renda fora daqui”, disse Neto.
Como se faz vassoura ecológica
O instrutor Wellinton Vera da Silva explicou as etapas do processo que transforma garrafa PET em vassoura. As matrizes dos equipamentos vieram de Fortaleza (CE), e foram reproduzidos em Xapuri pela equipe que compõe a fábrica. As vassouras ecológicas são feitas da seguinte forma:
1. As garrafas são lavadas e os rótulos removidos.
2. Elas cortadas em fios e enroladas em bobinas.
3. Em seguida, os fios passam para bobinas quadradas, para irem ao forno por quatro minutos.
4. Após o aquecimento, os fios são cortados e viram pequenos feixes de aproximadamente 15 centímetros. Eles são costurados e colados numa peça de madeira.
5. O acabamento é feito com massa e cola. Nessa última etapa a vassoura é lixada e pintada.
Fábrica de vassouras
sexta-feira, 29 de junho de 2007
Informações de Brasília
Do blog do jornalista Fernando Rodrigues
O Senado se arreganha para o mundo – o novo presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), está sendo investigado pelo STF sob acusação de “crimes de quadrilha ou bando, peculato [desvio de verbas] e fraude a licitação”. Renato Casagrande (PSB-ES) foi convidado, desconvidado e reconvidado para assumir a relatoria do Renangate. Três outros senadores já renunciaram a suas funções no conselho.
Comentário do blog: o Senado se iguala à Câmara em termos de depauperação de sua imagem.
A “saída Sarney” para Renan – está em gestação avançada a “saída Sarney” para o Renangate. O senador maranhense que se elege pelo Amapá sugeriu há duas semanas aos pizzaiolos do Senado uma estratégia simples. Primeiro, dizer que a quebra de decoro de Renan não foi configurada, pois não haveria evidências de que o alagoano recebeu dinheiro da Mendes Júnior... E os bois? E as vacas? E os açougues que negam ter comprado carne? Bom, nesse caso pode ser um crime tributário ou outra coisa na área criminal. Assim, só caberia ao STF investigar. Envia-se tudo ao Supremo para que o enterro do episódio seja com toda a pompa e circunstância.
Palpite do blog: é pule de 10 que a saída possível para Renan é essa sugerida por Sarney. Mas será um estupro para a imagem de Senado.
Roriz se complica – o discurso do senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) no plenário do Senado para se defender da acusação de corrupção teve direito a choro, apelos a "Deus e a Nossa Senhora" e, acredite, a uma sessão de penitência na Catedral de Brasília, onde cumpriu a promessa de ajoelhar-se e rezar.
Comentário do blog: falou, falou e não disse nada. A chance de Roriz ser o boi de piranha de Renan é enorme.
Lula latino – o petista está em Assunção, no Paraguai. Participa da reunião de cúpula de presidentes dos Estados membros do Mercosul. Ontem, durante cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente aproveitou o discurso para veladamente defender o senador Renan Calheiros, que estava presente. "Uma coisa que me inquieta como cidadão é que não temos como execrar uma pessoa sem que antes ela tenha um julgamento", disse Lula.
O Senado se arreganha para o mundo – o novo presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), está sendo investigado pelo STF sob acusação de “crimes de quadrilha ou bando, peculato [desvio de verbas] e fraude a licitação”. Renato Casagrande (PSB-ES) foi convidado, desconvidado e reconvidado para assumir a relatoria do Renangate. Três outros senadores já renunciaram a suas funções no conselho.
Comentário do blog: o Senado se iguala à Câmara em termos de depauperação de sua imagem.
A “saída Sarney” para Renan – está em gestação avançada a “saída Sarney” para o Renangate. O senador maranhense que se elege pelo Amapá sugeriu há duas semanas aos pizzaiolos do Senado uma estratégia simples. Primeiro, dizer que a quebra de decoro de Renan não foi configurada, pois não haveria evidências de que o alagoano recebeu dinheiro da Mendes Júnior... E os bois? E as vacas? E os açougues que negam ter comprado carne? Bom, nesse caso pode ser um crime tributário ou outra coisa na área criminal. Assim, só caberia ao STF investigar. Envia-se tudo ao Supremo para que o enterro do episódio seja com toda a pompa e circunstância.
Palpite do blog: é pule de 10 que a saída possível para Renan é essa sugerida por Sarney. Mas será um estupro para a imagem de Senado.
Roriz se complica – o discurso do senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) no plenário do Senado para se defender da acusação de corrupção teve direito a choro, apelos a "Deus e a Nossa Senhora" e, acredite, a uma sessão de penitência na Catedral de Brasília, onde cumpriu a promessa de ajoelhar-se e rezar.
Comentário do blog: falou, falou e não disse nada. A chance de Roriz ser o boi de piranha de Renan é enorme.
Lula latino – o petista está em Assunção, no Paraguai. Participa da reunião de cúpula de presidentes dos Estados membros do Mercosul. Ontem, durante cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente aproveitou o discurso para veladamente defender o senador Renan Calheiros, que estava presente. "Uma coisa que me inquieta como cidadão é que não temos como execrar uma pessoa sem que antes ela tenha um julgamento", disse Lula.
segunda-feira, 25 de junho de 2007
Sabia que o Sibá sabe assobiar?
Às vezes me surpreendo com as análises dos colegas da grande imprensa sobre determinados fatos políticos. Acabo de ler texto sobre a atuação do senador Sibá Machado (PT), de autoria do jornalista Josias de Souza, do qual reproduzo três parágrafos antes de comentar. Veja:
"Grupo de Renan critica Sibá e o chama de ‘traidor’
O consórcio governista acomodou Sibá Machado (PT-AC) na cadeira de presidente do Conselho de Ética do Senado com o propósito deliberado de proteger Renan Calheiros (PMDB-SP). Nos últimos dias, porém, o grupo fiel a Renan passou a observar Sibá com um pé atrás. Criticam-no de forma acerba. Em privado, chamam-no até de “traidor”.
Integrantes da tropa de choque de Renan decidiram procurar a líder do PT, Ideli Salvati (SC). Foi dela a idéia de confiar a Sibá a presidência do conselho, e por conseqüência, o comando do processo contra Renan. Pretende-se pedir a Ideli que “enquadre” Sibá.
Os aliados do presidente do Senado enxergam na movimentação do “traidor” um súbito viés anti-Renan. Acham, por exemplo, que Sibá não tinha nada que envolver a Polícia Federal na perícia dos papéis que Renan apresentou em sua defesa. Afirmam que o trabalho deveria ter sido realizado exclusivamente por técnicos do Senado".
Comento: Chega a ser ingênuo tratar o assunto como se nele houvesse um laivo qualquer, por menor que seja, de independência. Sibá não tem autonomia política porque sequer teve votos. Está sentado na cadeira da senadora Marina Silva e até agora não honrou o nome que a acreana tem. Se a sua atuação no Conselho de Ética do Senado parece tomar outros rumos, é porque os ventos mudaram para o senador alagoano. A situação de Renan Calheiros só fez complicar desde que apresentou as "provas" de sua defesa, várias delas desmentidas pelo Jornal Nacional. A mim pareceu óbvio que o presidente do Senado perdera a musculatura quando o petista Eduardo Suplicy pediu mais esmero no exame da papelada. Sibá Machado não tem tutano para contrariar as disposições do seu partido. A leitura mais sensata dos episódios narrados por Josias de Souza é que o PT abandonou o barco de Renan Calheiros. E ele não demora a naufragar.
"Grupo de Renan critica Sibá e o chama de ‘traidor’
O consórcio governista acomodou Sibá Machado (PT-AC) na cadeira de presidente do Conselho de Ética do Senado com o propósito deliberado de proteger Renan Calheiros (PMDB-SP). Nos últimos dias, porém, o grupo fiel a Renan passou a observar Sibá com um pé atrás. Criticam-no de forma acerba. Em privado, chamam-no até de “traidor”.
Integrantes da tropa de choque de Renan decidiram procurar a líder do PT, Ideli Salvati (SC). Foi dela a idéia de confiar a Sibá a presidência do conselho, e por conseqüência, o comando do processo contra Renan. Pretende-se pedir a Ideli que “enquadre” Sibá.
Os aliados do presidente do Senado enxergam na movimentação do “traidor” um súbito viés anti-Renan. Acham, por exemplo, que Sibá não tinha nada que envolver a Polícia Federal na perícia dos papéis que Renan apresentou em sua defesa. Afirmam que o trabalho deveria ter sido realizado exclusivamente por técnicos do Senado".
Comento: Chega a ser ingênuo tratar o assunto como se nele houvesse um laivo qualquer, por menor que seja, de independência. Sibá não tem autonomia política porque sequer teve votos. Está sentado na cadeira da senadora Marina Silva e até agora não honrou o nome que a acreana tem. Se a sua atuação no Conselho de Ética do Senado parece tomar outros rumos, é porque os ventos mudaram para o senador alagoano. A situação de Renan Calheiros só fez complicar desde que apresentou as "provas" de sua defesa, várias delas desmentidas pelo Jornal Nacional. A mim pareceu óbvio que o presidente do Senado perdera a musculatura quando o petista Eduardo Suplicy pediu mais esmero no exame da papelada. Sibá Machado não tem tutano para contrariar as disposições do seu partido. A leitura mais sensata dos episódios narrados por Josias de Souza é que o PT abandonou o barco de Renan Calheiros. E ele não demora a naufragar.
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Droga é problema de saúde pública e violência urbana
A Apadeq (Associação dos Parentes e Amigos dos Dependentes Químicos) estima que 60% dos usuários de drogas no Acre têm entre 15 e 24 anos. A desestruturação familiar, o desemprego e a falta de opções de lazer são as principais causas apontadas pelo presidente da entidade, Antonio Balica Inácio, para o abuso de drogas e a dependência química.
Durante a programação da IX Semana Nacional Antidrogas, que iniciou na segunda-feira e terminará no domingo, órgãos governamentais e não-governamentais encamparam a idéia de que a prática do esporte pode prevenir danos a outras centenas de jovens vulneráveis ao abuso das drogas.
“Mais importante que isso, porém, é o envolvimento dos governos estadual e municipais nas atividades de prevenção e recuperação dos dependentes químicos”, afirmou Inacio.
Por iniciativa do deputado Donald Fernandes (PSDB), foi realizada ontem na Assembléia Legislativa sessão solene sobre o tema. Fundador da entidade junto com um grupo de pessoas, Donald tem cobrado do governo estadual ações que reforcem o trabalho das comunidades terapêuticas no Acre.
“Fazemos o trabalho de recuperação de dependentes químicos com a força de vontade dos voluntários e com a solidariedade dos doadores, mas esse trabalho renderia muito mais frutos se os governos abraçassem a idéia de que droga é problema de saúde pública e de violência urbana”, afirmou.
No início do mês o deputado apresentou proposta na Assembléia para que 5% dos impostos arrecadados com bebidas alcoólicas no Estado sejam destinados às instituições que tratam dos dependentes químicos.
Recuperação
Segundo Inácio, a Apadeq recupera cerca de 40% dos dependentes químicos que chegam ao final do tratamento de nove meses. Existem hoje 41 internos nas dependências masculina e feminina da entidade em Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
Além das internações, a Apadeq realiza atendimento ambulatorial. No mês de maio passaram pela Apadeq mais de 4,3 mil pessoas.
Durante a programação da IX Semana Nacional Antidrogas, que iniciou na segunda-feira e terminará no domingo, órgãos governamentais e não-governamentais encamparam a idéia de que a prática do esporte pode prevenir danos a outras centenas de jovens vulneráveis ao abuso das drogas.
“Mais importante que isso, porém, é o envolvimento dos governos estadual e municipais nas atividades de prevenção e recuperação dos dependentes químicos”, afirmou Inacio.
Por iniciativa do deputado Donald Fernandes (PSDB), foi realizada ontem na Assembléia Legislativa sessão solene sobre o tema. Fundador da entidade junto com um grupo de pessoas, Donald tem cobrado do governo estadual ações que reforcem o trabalho das comunidades terapêuticas no Acre.
“Fazemos o trabalho de recuperação de dependentes químicos com a força de vontade dos voluntários e com a solidariedade dos doadores, mas esse trabalho renderia muito mais frutos se os governos abraçassem a idéia de que droga é problema de saúde pública e de violência urbana”, afirmou.
No início do mês o deputado apresentou proposta na Assembléia para que 5% dos impostos arrecadados com bebidas alcoólicas no Estado sejam destinados às instituições que tratam dos dependentes químicos.
Recuperação
Segundo Inácio, a Apadeq recupera cerca de 40% dos dependentes químicos que chegam ao final do tratamento de nove meses. Existem hoje 41 internos nas dependências masculina e feminina da entidade em Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
Além das internações, a Apadeq realiza atendimento ambulatorial. No mês de maio passaram pela Apadeq mais de 4,3 mil pessoas.
Comento: A língua da ministra do Turismo Sexual, Marta Suplicy, tem múltiplas funções. Uma delas é nos dizer o que fazer quando os petralhas mostram sua incompetência para resolver problemas. O governo Lula, aliás, deveria adotar o lema "relaxa e goza" para todos as mazelas do país - da carga tributária extorsiva aos menores abandonados, dos hospitais sucateados à corrupção. A imagem acima me foi enviada pelo assessor jurídico do CRM-AC, Dr. Miguel Ortiz.
terça-feira, 19 de junho de 2007
Frase
"O problema do Brasil, no fundo, não é o esquerdismo, não é a corrupção, não é a violência, não é nem mesmo o “poder secreto”. É o desprezo atávico pelo conhecimento, ao lado de um amor idolátrico aos seus símbolos exteriores: diplomas, medalhas, honrarias acadêmicas, títulos honoríficos".
Olavo de Carvalho, filósofo brasileiro, autor de O Imbecil Coletivo. Conheça o site dele aqui.
Olavo de Carvalho, filósofo brasileiro, autor de O Imbecil Coletivo. Conheça o site dele aqui.
Secretário se cala sobre diárias de R$ 1 mil
O deputado Donald Fernandes, líder do PSDB na Assembléia Legislativa, lembrou hoje que o secretário de Saúde, Osvaldo Leal, não respondeu requerimento enviado no dia 8 de maio em que pede esclarecimentos sobre diárias de mil reais pagas a médicos que se deslocam de Rio Branco ao Juruá. Segundo Donald, o silêncio de Leal só lhe reforça a conclusão de que o pagamento é ilícito, já que sequer consta nos contras-cheques dos médicos.
O presidente da Aleac, Edvaldo Magalhães, pediu cópia do requerimento.
O presidente da Aleac, Edvaldo Magalhães, pediu cópia do requerimento.
Do blog do Altino
José Carlos dos Reis Meirelles. Leia a íntegra aqui.
"Ou o Governo Federal fecha todos os estabelecimentos que não possuem a papelada para poder receber seus recursos, principalmente na Amazônia, ou teremos que parar de trabalhar em campo. E me parece que a idéia é mesmo esta. Vai todo mundo para as capitais de estados, cada um se senta diante de um computador e se dana a escrever estórias irreais acerca dos poucos índios que ainda teimam em morar no mato, ou passa o dia jogando paciência, mandando e recebendo e-mails bobos ou vendo mulher pelada na internet, com a despesa paga pelo Estado".
Comento: Mais do que ninguém, o Altino Machado sabe o que é isso.
"Ou o Governo Federal fecha todos os estabelecimentos que não possuem a papelada para poder receber seus recursos, principalmente na Amazônia, ou teremos que parar de trabalhar em campo. E me parece que a idéia é mesmo esta. Vai todo mundo para as capitais de estados, cada um se senta diante de um computador e se dana a escrever estórias irreais acerca dos poucos índios que ainda teimam em morar no mato, ou passa o dia jogando paciência, mandando e recebendo e-mails bobos ou vendo mulher pelada na internet, com a despesa paga pelo Estado".
Comento: Mais do que ninguém, o Altino Machado sabe o que é isso.
segunda-feira, 18 de junho de 2007
Afinal, para que serve o Senado?
Fernando Rodrigues
"Pós-Tuma veio o senador da floresta e sem voto, Sibá Machado (PT-AC). É o suplente-presidente do Conselho de Ética. Lançou-se com avidez à tarefa de absolver Renan. É ajudado por Epitácio Cafeteira (PTB-MA), relator do processo e ícone do velho Brasil. A dupla não quer julgar. Quer salvar."
BRASÍLIA - A iminente absolvição de Renan Calheiros explicita uma vez mais a crise de identidade do Senado. Não é uma Casa revisora. Não pune seus membros. Guarda em segredo suas mazelas. Afinal, para que serve mesmo o Senado?
A Câmara pode até ser um antro com 300 picaretas, como disse Lula um dia. Mas seria injusto acusar os deputados de leniência absoluta.
Embora assem pizzas, dezenas já foram ejetados da vida pública. No Senado, só um foi cassado até hoje. Como se senadores fossem seres mais puros e decentes do que seus colegas deputados.
Não é necessário vir a Brasília para verificar como Senado e Câmara têm códigos diferentes de prestação de contas ao país. Basta entrar na internet. Sobre os deputados é possível saber até quantas voltas dariam na Terra com o combustível recebido. Dos senadores só há biografias anódinas.
O Renangate é marcado por uma sucessão de escárnios. Primeiro, o caso caiu nas mãos de um político semi-aposentado, desprezado em seu partido e ávido por encontrar uma sinecura para os filhos desempregados: o corregedor (sic) Romeu Tuma (DEM-SP). Não se dignou a dar um telefonema para açougues de Alagoas indagando se ali eram vendidas picanhas, filés, maminhas e cupins renanzistas.
Pós-Tuma veio o senador da floresta e sem voto, Sibá Machado (PT-AC). É o suplente-presidente do Conselho de Ética. Lançou-se com avidez à tarefa de absolver Renan. É ajudado por Epitácio Cafeteira (PTB-MA), relator do processo e ícone do velho Brasil. A dupla não quer julgar. Quer salvar.
Nessa toada, os senadores cavam a própria cova. Nada contra. Exceto quando levam junto uma instituição da República. A pergunta "para que serve o Senado?" não deveria pairar no ar como agora. Se assim o é, algo de erradíssimo se passa com a democracia em vigor no país.
Comento: A revista Veja desta semana traz matéria sobre os negócios do senador Renan Calheiros. O texto, assinado pelo repórter Otávio Cabral ("A ética que vem do pasto"), afirma que a sugestão do nome de Sibá Machado para presidir o Conselho de Ética do Senado partiu do senador Romero Jucá. Renan só concordou depois que a senadora petista Ideli Salvatti assegurou que Sibá "faria tudo o que a cúpula do PT determinasse". O que faz mesmo Sibá no cargo inicialmente dado pelo povo acreano a Marina Silva? A ministra não se envergonha do papel desempenhado pelo suplente? Eu sim.
"Pós-Tuma veio o senador da floresta e sem voto, Sibá Machado (PT-AC). É o suplente-presidente do Conselho de Ética. Lançou-se com avidez à tarefa de absolver Renan. É ajudado por Epitácio Cafeteira (PTB-MA), relator do processo e ícone do velho Brasil. A dupla não quer julgar. Quer salvar."
BRASÍLIA - A iminente absolvição de Renan Calheiros explicita uma vez mais a crise de identidade do Senado. Não é uma Casa revisora. Não pune seus membros. Guarda em segredo suas mazelas. Afinal, para que serve mesmo o Senado?
A Câmara pode até ser um antro com 300 picaretas, como disse Lula um dia. Mas seria injusto acusar os deputados de leniência absoluta.
Embora assem pizzas, dezenas já foram ejetados da vida pública. No Senado, só um foi cassado até hoje. Como se senadores fossem seres mais puros e decentes do que seus colegas deputados.
Não é necessário vir a Brasília para verificar como Senado e Câmara têm códigos diferentes de prestação de contas ao país. Basta entrar na internet. Sobre os deputados é possível saber até quantas voltas dariam na Terra com o combustível recebido. Dos senadores só há biografias anódinas.
O Renangate é marcado por uma sucessão de escárnios. Primeiro, o caso caiu nas mãos de um político semi-aposentado, desprezado em seu partido e ávido por encontrar uma sinecura para os filhos desempregados: o corregedor (sic) Romeu Tuma (DEM-SP). Não se dignou a dar um telefonema para açougues de Alagoas indagando se ali eram vendidas picanhas, filés, maminhas e cupins renanzistas.
Pós-Tuma veio o senador da floresta e sem voto, Sibá Machado (PT-AC). É o suplente-presidente do Conselho de Ética. Lançou-se com avidez à tarefa de absolver Renan. É ajudado por Epitácio Cafeteira (PTB-MA), relator do processo e ícone do velho Brasil. A dupla não quer julgar. Quer salvar.
Nessa toada, os senadores cavam a própria cova. Nada contra. Exceto quando levam junto uma instituição da República. A pergunta "para que serve o Senado?" não deveria pairar no ar como agora. Se assim o é, algo de erradíssimo se passa com a democracia em vigor no país.
Comento: A revista Veja desta semana traz matéria sobre os negócios do senador Renan Calheiros. O texto, assinado pelo repórter Otávio Cabral ("A ética que vem do pasto"), afirma que a sugestão do nome de Sibá Machado para presidir o Conselho de Ética do Senado partiu do senador Romero Jucá. Renan só concordou depois que a senadora petista Ideli Salvatti assegurou que Sibá "faria tudo o que a cúpula do PT determinasse". O que faz mesmo Sibá no cargo inicialmente dado pelo povo acreano a Marina Silva? A ministra não se envergonha do papel desempenhado pelo suplente? Eu sim.
Prefeitura realiza projeto “praça iluminada”
Atividades esportivas, culturais e recreativas marcaram o primeiro domingo do projeto “praça iluminada”, no município de Xapuri. Promovido pela prefeitura no espaço Caleb Nascimento Mota, através da Secretaria Municipal de Cultura e Desporto, o projeto era inicialmente destinado a crianças entre sete e 15 anos, mas a população aderiu à idéia.
“Recebemos dos menores aos mais idosos”, comemora a diretora de cultura do município, Sirlene Sodré.
Futebol de areia, futsal, concurso de piadas, maratona, corrida do saco, contação de histórias e concurso de calouros foram algumas das muitas atividades do “praça iluminada”. O projeto vai ser realizado duas vezes por mês, sempre aos domingos, de forma alternada.
O prefeito Vanderley Viana de Lima (PMDB) afirmou que a iniciativa demonstra que a carência de recursos obriga o uso da criatividade.
“A prefeitura tem orçamento limitado, mas não nos falta vontade de fazer o melhor pela população de Xapuri”, disse.
domingo, 17 de junho de 2007
Renan agoniza e Lula se diverte
Fernando Rodrigues
Não exatamente por causa de Renan Calheiros, mas Luiz Inácio Lula da Silva teve uma agenda para lá de tranqüila enquanto o presidente do Senado lutava contra um processo por quebra de decoro.
Para começar, Lula recebeu o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, a quem agora só chama de “meu querido Ricardo”. Falou de futebol e brincou quando recebeu de Juvenal Juvêncio uma camiseta do São Paulo Futebol Clube. “O Juvenal, muito bom. Você pode também mandar uns jogos de camisas pra gente usar nas peladas aqui em Brasília. A gente usa de vários times, do Grêmio, de vários. Dá para usar até do São Paulo. Só não aceito do Palmeiras”, disse Lula –um corintiano convicto e grande adversário de palmeirenses.
Teixeira levou para Brasília, a convite, os dirigentes do São Paulo Juvenal Juvêncio e Marcelo Portugal Gouveia. Foi uma deferência. Até porque o São Paulo agora vai apoiar a reeleição de Teixeira para presidente da CBF, em julho. Política futebolística.
A audiência entre Lula e Teixeira foi para a entrega das “garantias governamentais à CBF” e para a “assinatura da Declaração de Governo em apoio à realização da Copa do Mundo de Futebol em 2014 no Brasil”. Quando tudo terminou, Lula disse a Teixeira: “Bom, Ricardo, você não me leve a mal, mas agora vou trocar você pela Xuxa”. É que a próxima audiência de Lula era exatamente com a apresentadora global para o lançamento de uma campanha educativa.
Enquanto isso, no Senado, Renan Calheiros suava frio.
A cada dia, Lula fica mais forte. O Congresso, mais fraco.
Um perigo.
Não exatamente por causa de Renan Calheiros, mas Luiz Inácio Lula da Silva teve uma agenda para lá de tranqüila enquanto o presidente do Senado lutava contra um processo por quebra de decoro.
Para começar, Lula recebeu o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, a quem agora só chama de “meu querido Ricardo”. Falou de futebol e brincou quando recebeu de Juvenal Juvêncio uma camiseta do São Paulo Futebol Clube. “O Juvenal, muito bom. Você pode também mandar uns jogos de camisas pra gente usar nas peladas aqui em Brasília. A gente usa de vários times, do Grêmio, de vários. Dá para usar até do São Paulo. Só não aceito do Palmeiras”, disse Lula –um corintiano convicto e grande adversário de palmeirenses.
Teixeira levou para Brasília, a convite, os dirigentes do São Paulo Juvenal Juvêncio e Marcelo Portugal Gouveia. Foi uma deferência. Até porque o São Paulo agora vai apoiar a reeleição de Teixeira para presidente da CBF, em julho. Política futebolística.
A audiência entre Lula e Teixeira foi para a entrega das “garantias governamentais à CBF” e para a “assinatura da Declaração de Governo em apoio à realização da Copa do Mundo de Futebol em 2014 no Brasil”. Quando tudo terminou, Lula disse a Teixeira: “Bom, Ricardo, você não me leve a mal, mas agora vou trocar você pela Xuxa”. É que a próxima audiência de Lula era exatamente com a apresentadora global para o lançamento de uma campanha educativa.
Enquanto isso, no Senado, Renan Calheiros suava frio.
A cada dia, Lula fica mais forte. O Congresso, mais fraco.
Um perigo.
Para o Gil, aquele abraço
Diogo Mainardi, da Veja
Gilberto Gil me considera o Vavá da imprensa. Ele declarou à Playboy que me assiste todo domingo no Manhattan Connection, porque me acha "bonito (risos), mesmo dizendo essas coisas todas". Para Gilberto Gil, sou inimputável como Vavá. Ninguém pode me responsabilizar pelo que eu digo. Sou apenas, como já cantou o ministro, um "moreno com os olhinhos brilhando", um "bezerrinho", um "homem de Neandertal" de "porte esperto, delgado".
– Empresta dois milhão para mim?
Se Vavá é o Mainardi do lobismo lulista, se ele é o "bocadinho de amor" dos bingueiros de Campo Grande, se sua falta de cultura é usada como um salvo-conduto para livrá-lo da cadeia, suspeito que o fino intelectual do bando seja o compadre de Lula, Dario Morelli Filho. Ele deu uma amostra de sua sagacidade argumentativa num telefonema grampeado para o bingueiro Nilton Servo:
– Quando começa a morrer juiz, todo mundo fica preocupado. Mas não tem uns que têm que morrer mesmo?
Sei perfeitamente que, com meu "corpo eterno e nobre de um rei nagô", eu poderia parar de me importunar com assuntos desse tipo, mas sempre me espanto com as estratégias de acobertamento da imprensa lulista. VEJA noticiou que Vavá levou um empresário ao Palácio do Planalto em 19 de outubro de 2005. Três semanas depois, a IstoÉ Dinheiro fez uma reportagem de capa sobre "O drama da família Lula da Silva", em que os parentes do presidente atribuíam a parada cardíaca de Vavá às denúncias contra ele. Na reportagem, Frei Chico defendia o irmão lobista da seguinte maneira:
– O Vavá sempre foi uma espécie de assistente social não remunerado. Ele procurou ajudar as pessoas. Está na cara que ele nunca levou vantagem desses empresários.
Frei Chico usa o codinome Roberto em seus telefonemas para Vavá. Vavá fala sobre máquinas de terraplanagem com o presidente da República. E o "filho do homem" é uma figura recorrente nas conversas dos bingueiros. Trata-se daquele filho? Trata-se daquele homem? Nilton Servo foi grampeado dizendo:
– O Dario está vindo para cá, entendeu? Para Campo Grande. Está vindo ele e está vindo o filho do homem.
E acrescentou:
– Nem o Vavá sabe disso.
Vavá é para ser usado. Vavá é um lambari. Vavá é um ingênuo. Tanto que o filho do homem conseguiu passar-lhe a perna, aliando-se ao compadre de Lula para roubar-lhe o cliente bingueiro. O mesmo cliente bingueiro que, referindo-se a um empréstimo milionário do BNDES para uma fábrica de papel higiênico, serviu-se de uma elegante onomatopéia:
– Pá, pá, pá. Pum!
Eu, "a coisa mais linda que existe", me pergunto quem é o filho do homem e se a PF rastreou os telefonemas de Dario Morelli nos dias que antecederam a tal viagem a Campo Grande. Eu, "motocross das estradas da ilusão", me pergunto também se o homem da mala no caso do dossiê, Hamilton Lacerda, ex-secretário de Zeca do PT em Mato Grosso do Sul, teve algum contato com esses bingueiros em setembro de 2006.
Só para terminar: o que eu mais aprecio em Gilberto Gil também é seu aspecto físico.
Gilberto Gil me considera o Vavá da imprensa. Ele declarou à Playboy que me assiste todo domingo no Manhattan Connection, porque me acha "bonito (risos), mesmo dizendo essas coisas todas". Para Gilberto Gil, sou inimputável como Vavá. Ninguém pode me responsabilizar pelo que eu digo. Sou apenas, como já cantou o ministro, um "moreno com os olhinhos brilhando", um "bezerrinho", um "homem de Neandertal" de "porte esperto, delgado".
– Empresta dois milhão para mim?
Se Vavá é o Mainardi do lobismo lulista, se ele é o "bocadinho de amor" dos bingueiros de Campo Grande, se sua falta de cultura é usada como um salvo-conduto para livrá-lo da cadeia, suspeito que o fino intelectual do bando seja o compadre de Lula, Dario Morelli Filho. Ele deu uma amostra de sua sagacidade argumentativa num telefonema grampeado para o bingueiro Nilton Servo:
– Quando começa a morrer juiz, todo mundo fica preocupado. Mas não tem uns que têm que morrer mesmo?
Sei perfeitamente que, com meu "corpo eterno e nobre de um rei nagô", eu poderia parar de me importunar com assuntos desse tipo, mas sempre me espanto com as estratégias de acobertamento da imprensa lulista. VEJA noticiou que Vavá levou um empresário ao Palácio do Planalto em 19 de outubro de 2005. Três semanas depois, a IstoÉ Dinheiro fez uma reportagem de capa sobre "O drama da família Lula da Silva", em que os parentes do presidente atribuíam a parada cardíaca de Vavá às denúncias contra ele. Na reportagem, Frei Chico defendia o irmão lobista da seguinte maneira:
– O Vavá sempre foi uma espécie de assistente social não remunerado. Ele procurou ajudar as pessoas. Está na cara que ele nunca levou vantagem desses empresários.
Frei Chico usa o codinome Roberto em seus telefonemas para Vavá. Vavá fala sobre máquinas de terraplanagem com o presidente da República. E o "filho do homem" é uma figura recorrente nas conversas dos bingueiros. Trata-se daquele filho? Trata-se daquele homem? Nilton Servo foi grampeado dizendo:
– O Dario está vindo para cá, entendeu? Para Campo Grande. Está vindo ele e está vindo o filho do homem.
E acrescentou:
– Nem o Vavá sabe disso.
Vavá é para ser usado. Vavá é um lambari. Vavá é um ingênuo. Tanto que o filho do homem conseguiu passar-lhe a perna, aliando-se ao compadre de Lula para roubar-lhe o cliente bingueiro. O mesmo cliente bingueiro que, referindo-se a um empréstimo milionário do BNDES para uma fábrica de papel higiênico, serviu-se de uma elegante onomatopéia:
– Pá, pá, pá. Pum!
Eu, "a coisa mais linda que existe", me pergunto quem é o filho do homem e se a PF rastreou os telefonemas de Dario Morelli nos dias que antecederam a tal viagem a Campo Grande. Eu, "motocross das estradas da ilusão", me pergunto também se o homem da mala no caso do dossiê, Hamilton Lacerda, ex-secretário de Zeca do PT em Mato Grosso do Sul, teve algum contato com esses bingueiros em setembro de 2006.
Só para terminar: o que eu mais aprecio em Gilberto Gil também é seu aspecto físico.
Sobre defesas canhestras e piratas
Os deputados de oposição têm se sobressaído aos da situação nos debates na Assembléia Legislativa. Faltam oradores competentes na bancada de sustentação do governo. Faltam ações do governo que justifiquem defesas mais consistentes na tribuna. Sobram reclamações de que Binho Marques mudou a lógica das relações com os parlamentares da Frente Popular, outrora tratados com brioche e agora insatisfeitos com o desprezo que emana da casa verde.
Faço dois rápidos comentários sobre a atuação na Aleac dos principais defensores do espólio da malfadada florestania. Moisés Diniz (PC do B), líder do governo, conseguiu até agora imprimir aos seus discursos a marca do sarcasmo, que soa mais a desrespeito que a fino humor. Este carece de inteligência para ter efeito, do contrário exibe-se como impertinente zombaria. As defesas de Moisés Diniz às críticas da oposição parecem respostas mal-criadas de quem não precisa dar satisfações à patuléia. Quando depositário da coerência, seu discurso peca pela aleivosia da forma. E perde força ante a seriedade que determinados temas exigem, seja da parte de quem critica quanto do lado dos que defendem.
Já o líder do PT, Taumaturgo Lima, peca pelo excesso do “genérico”. Incapaz de esmiuçar os temas, de apresentar números e expor dados, limita-se a uma cantilena monocórdia sobre as boas intenções dos companheiros, sobre o muito que já se fez, sobre o “nunca antes na história deste país e do Acre” e etc. Um etc. longo e enfadonho, que o deputado malbarata com a inconsistência do palavrório dos que não têm o que dizer. Falta-lhe maior intimidade com as questões técnicas da administração pública, com o funcionamento de suas engrenagens e das atividades que lhe cabem.
Mas se o governo não age, a culpa não pode recair inteira sobre os parlamentares da base de sustentação. Sem nem ao menos os rescaldos da execução, inibida pelo longo e aparentemente infindável planejamento governamental, não há muito que dizer contra os que lhe apontam a inoperância. Do jeito que está, restam apenas as evasivas que põem em desvantagem os “advogados” do novo regime petista.
Por último, a insatisfação dos deputados que não emplacam uns afilhados no serviço público, e por isso fazem corpo mole na Assembléia. Ah, nisso devo confessar que tenho admirado o governador Binho Marques.
Pois governo, afinal, não pode servir de butim aos piratas da política.
Faço dois rápidos comentários sobre a atuação na Aleac dos principais defensores do espólio da malfadada florestania. Moisés Diniz (PC do B), líder do governo, conseguiu até agora imprimir aos seus discursos a marca do sarcasmo, que soa mais a desrespeito que a fino humor. Este carece de inteligência para ter efeito, do contrário exibe-se como impertinente zombaria. As defesas de Moisés Diniz às críticas da oposição parecem respostas mal-criadas de quem não precisa dar satisfações à patuléia. Quando depositário da coerência, seu discurso peca pela aleivosia da forma. E perde força ante a seriedade que determinados temas exigem, seja da parte de quem critica quanto do lado dos que defendem.
Já o líder do PT, Taumaturgo Lima, peca pelo excesso do “genérico”. Incapaz de esmiuçar os temas, de apresentar números e expor dados, limita-se a uma cantilena monocórdia sobre as boas intenções dos companheiros, sobre o muito que já se fez, sobre o “nunca antes na história deste país e do Acre” e etc. Um etc. longo e enfadonho, que o deputado malbarata com a inconsistência do palavrório dos que não têm o que dizer. Falta-lhe maior intimidade com as questões técnicas da administração pública, com o funcionamento de suas engrenagens e das atividades que lhe cabem.
Mas se o governo não age, a culpa não pode recair inteira sobre os parlamentares da base de sustentação. Sem nem ao menos os rescaldos da execução, inibida pelo longo e aparentemente infindável planejamento governamental, não há muito que dizer contra os que lhe apontam a inoperância. Do jeito que está, restam apenas as evasivas que põem em desvantagem os “advogados” do novo regime petista.
Por último, a insatisfação dos deputados que não emplacam uns afilhados no serviço público, e por isso fazem corpo mole na Assembléia. Ah, nisso devo confessar que tenho admirado o governador Binho Marques.
Pois governo, afinal, não pode servir de butim aos piratas da política.
sexta-feira, 15 de junho de 2007
De suspeito, Renan vira condutor da investigação
Do blog do jornalista Josias de Souza
A manobra de proteção ao senador Renan Calheiros tornou-se uma pantomima levada longe demais. Tão longe que o próprio presidente do Congresso se convenceu de que o arquivamento sumário do processo o condenaria a uma absolvição recoberta pelo manto diáfano da culpa. Num último esforço para evitar o impensável, o Conselho de Ética do Senado agarrou-se ao inaceitável: fará uma investigação de fancaria.
Decidiu-se que, num único e escasso dia –a próxima segunda-feira (18)— serão ouvidas as testemunhas e submetido a perícia um monturo de papéis que inclui uma infinidade de extratos bancários, declarações de IR, notas fiscais, recibos e cópias de cheques. Quem fará a perícia? Por ora, ninguém sabe.
As decisões foram tomadas numa sessão presidida, à sombra, pelo próprio acusado. Pelo telefone, Renan Calheiros guiou cada passo de um Conselho de Ética que se pretendia autônomo. Com os olhos grudados na TV Senado, Renan valeu-se do telefone para mudar a direção dos ventos sempre que eles estiveram prestes a se converter em redemoinho.
Surpreendido na noite da véspera por uma reportagem que pôs em xeque sua condição de rei do gado, Renan saltou da cama agarrado a um maço de notas fiscais, atestados de vacinação de rebanho e cópias de cheques. Esgrimiu-os em reunião com alguns conselheiros e líderes partidários. E destacou o assecla Romero Jucá para brandir o papelório diante das câmeras, no Conselho de Ética.
O jogo de cena não teve os efeitos desejados. Parte do conselho manteve-se aferrada à decisão de reivindicar o aprofundamento das apurações. Quando sentiu que a tese, antes minoritária, perigava arrebanhar adeptos inesperados, Renan teclou os números do celular de Jucá. Pediu-lhe que informasse ao conselho que fazia questão de que os novos documentos fossem submetidos a perícia.
Estipulou um prazo conveniente: até segunda-feira. Sugeriu que, já na terça, o conselho voltasse a se reunir. A coisa caminhava bem. Os insurretos PSDB, DEM e PDT puseram-se de acordo. Alguns de modo entusiástico. Outros algo contrafeitos. Súbito, Epitácio Cafeteira, que fora escalado como coveiro do processo, rebelou-se. Ameaçou renunciar ao posto de relator. Um sopro de tensão varreu a atmosfera. Jucá perambulava de orelha em orelha. Arthur Virgílio mastigava as unhas.
Seguiram-se apelos para que Cafeteira reconsiderasse sua decisão. Negou uma, duas, três vezes. Demóstenes Torres (DEM-GO) insinuou uma hipótese plausível: As digitais de Renan, o presidente-sombra da sessão, poderiam estar impressas nos dois movimentos encenados no conselho –o pedido de perícia e a ameaça renúncia. Depois, diria: Eu pedi para ser investigado, mas o Conselho de Ética não quis.
De repente, a turra de Cafeteira amoleceu. O relator, antes irredutível, concordou com a protelação. A causa? Ouvira, pelo celular, um pedido de sua mulher, que, por sua vez, acabara de receber um telefonema de Renan, sempre ele. A pedido do investigado, a companheira do coveiro Cafeteira apelou para que ele se mantivesse na relatoria. Foi atendida.
Depois da meia-volta providencial de Cafeteira, Renan, em novo telefonema a Jucá, “sugeriu” que, além da “perícia” de um dia, o Conselho convocasse para segunda-feira duas testemunhas: o amigo Cláudio Gontijo e Pedro Calmon Filho, o advogado da ex-amante. Nada de Mônica Veloso. Assim, sob a presidência invisível de Renan Calheiros, o Conselho de Ética “deliberou” que fará, como sugerido, oitivas e perícias na segunda. Na terça, volta a reunir-se para “julgar” o caso. Jefferson Peres (PDT-AM) disse, ao ler um “voto em separado”, que uma investigação séria deveria durar “o tempo necessário”. Foi solenemente ignorado.
José Nery (PSOL-PA) sugeriu que a perícia documental fosse feita pela Receita e pela Polícia Federal. Sibá Machado, que supostamente presidia a sessão, disse que planejava recorrer a técnicos do TCU. Romero Jucá apressou-se em esclarecer que a perícia não seria “contábil”. O que se deseja é única e tão somente atestar a autenticidade dos papéis. Encerrada a sessão, sabe-se apenas que a “investigação” vai durar um dia.
A manobra de proteção ao senador Renan Calheiros tornou-se uma pantomima levada longe demais. Tão longe que o próprio presidente do Congresso se convenceu de que o arquivamento sumário do processo o condenaria a uma absolvição recoberta pelo manto diáfano da culpa. Num último esforço para evitar o impensável, o Conselho de Ética do Senado agarrou-se ao inaceitável: fará uma investigação de fancaria.
Decidiu-se que, num único e escasso dia –a próxima segunda-feira (18)— serão ouvidas as testemunhas e submetido a perícia um monturo de papéis que inclui uma infinidade de extratos bancários, declarações de IR, notas fiscais, recibos e cópias de cheques. Quem fará a perícia? Por ora, ninguém sabe.
As decisões foram tomadas numa sessão presidida, à sombra, pelo próprio acusado. Pelo telefone, Renan Calheiros guiou cada passo de um Conselho de Ética que se pretendia autônomo. Com os olhos grudados na TV Senado, Renan valeu-se do telefone para mudar a direção dos ventos sempre que eles estiveram prestes a se converter em redemoinho.
Surpreendido na noite da véspera por uma reportagem que pôs em xeque sua condição de rei do gado, Renan saltou da cama agarrado a um maço de notas fiscais, atestados de vacinação de rebanho e cópias de cheques. Esgrimiu-os em reunião com alguns conselheiros e líderes partidários. E destacou o assecla Romero Jucá para brandir o papelório diante das câmeras, no Conselho de Ética.
O jogo de cena não teve os efeitos desejados. Parte do conselho manteve-se aferrada à decisão de reivindicar o aprofundamento das apurações. Quando sentiu que a tese, antes minoritária, perigava arrebanhar adeptos inesperados, Renan teclou os números do celular de Jucá. Pediu-lhe que informasse ao conselho que fazia questão de que os novos documentos fossem submetidos a perícia.
Estipulou um prazo conveniente: até segunda-feira. Sugeriu que, já na terça, o conselho voltasse a se reunir. A coisa caminhava bem. Os insurretos PSDB, DEM e PDT puseram-se de acordo. Alguns de modo entusiástico. Outros algo contrafeitos. Súbito, Epitácio Cafeteira, que fora escalado como coveiro do processo, rebelou-se. Ameaçou renunciar ao posto de relator. Um sopro de tensão varreu a atmosfera. Jucá perambulava de orelha em orelha. Arthur Virgílio mastigava as unhas.
Seguiram-se apelos para que Cafeteira reconsiderasse sua decisão. Negou uma, duas, três vezes. Demóstenes Torres (DEM-GO) insinuou uma hipótese plausível: As digitais de Renan, o presidente-sombra da sessão, poderiam estar impressas nos dois movimentos encenados no conselho –o pedido de perícia e a ameaça renúncia. Depois, diria: Eu pedi para ser investigado, mas o Conselho de Ética não quis.
De repente, a turra de Cafeteira amoleceu. O relator, antes irredutível, concordou com a protelação. A causa? Ouvira, pelo celular, um pedido de sua mulher, que, por sua vez, acabara de receber um telefonema de Renan, sempre ele. A pedido do investigado, a companheira do coveiro Cafeteira apelou para que ele se mantivesse na relatoria. Foi atendida.
Depois da meia-volta providencial de Cafeteira, Renan, em novo telefonema a Jucá, “sugeriu” que, além da “perícia” de um dia, o Conselho convocasse para segunda-feira duas testemunhas: o amigo Cláudio Gontijo e Pedro Calmon Filho, o advogado da ex-amante. Nada de Mônica Veloso. Assim, sob a presidência invisível de Renan Calheiros, o Conselho de Ética “deliberou” que fará, como sugerido, oitivas e perícias na segunda. Na terça, volta a reunir-se para “julgar” o caso. Jefferson Peres (PDT-AM) disse, ao ler um “voto em separado”, que uma investigação séria deveria durar “o tempo necessário”. Foi solenemente ignorado.
José Nery (PSOL-PA) sugeriu que a perícia documental fosse feita pela Receita e pela Polícia Federal. Sibá Machado, que supostamente presidia a sessão, disse que planejava recorrer a técnicos do TCU. Romero Jucá apressou-se em esclarecer que a perícia não seria “contábil”. O que se deseja é única e tão somente atestar a autenticidade dos papéis. Encerrada a sessão, sabe-se apenas que a “investigação” vai durar um dia.
quinta-feira, 14 de junho de 2007
Fora por um dia
Hoje passarei o dia fora. Vou acompanhar o deputado Donald Fernandes (PSDB) no encontro promovido pela Assembléia Legislativa em Brasiléia. Até a volta.
quarta-feira, 13 de junho de 2007
Frase
"O Banco do Brasil está extorquindo os funcionários públicos do Acre".
Deputado estadual Walter Prado (PSB) sobre os juros que a instituição financeira cobra de servidores estaduais sobre empréstimos vinculados à folha de pagamento.
Deputado estadual Walter Prado (PSB) sobre os juros que a instituição financeira cobra de servidores estaduais sobre empréstimos vinculados à folha de pagamento.
Marta se desculpa pelo "relaxa e goza" nos aeroportos
Da Folha Online, em Brasília. Com foto de Leonardo Wen.
A ministra Marta Suplicy (Turismo) divulgou nota na tarde desta quarta-feira se desculpando pela "frase infeliz" feita no lançamento do Plano Nacional de Turismo 2007-2010. Mais cedo, questionada sobre a crise nos aeroportos, ela afirmou: "Relaxa e goza porque você esquece todos os transtornos depois".
Após a polêmica causada pela declaração, a ministra divulgou nota afirmando que não teve o objetivo de "desdenhar" o sofrimento da população que enfrenta filas nos aeroportos, atrasos e cancelamentos de vôos.
Leia mais aqui.
Comentário do blog: Marta Suplicy, Lula, Vavá, Binho Marques, Operação Xeque-mate? Relaxa e goza.
A ministra Marta Suplicy (Turismo) divulgou nota na tarde desta quarta-feira se desculpando pela "frase infeliz" feita no lançamento do Plano Nacional de Turismo 2007-2010. Mais cedo, questionada sobre a crise nos aeroportos, ela afirmou: "Relaxa e goza porque você esquece todos os transtornos depois".
Após a polêmica causada pela declaração, a ministra divulgou nota afirmando que não teve o objetivo de "desdenhar" o sofrimento da população que enfrenta filas nos aeroportos, atrasos e cancelamentos de vôos.
Leia mais aqui.
Comentário do blog: Marta Suplicy, Lula, Vavá, Binho Marques, Operação Xeque-mate? Relaxa e goza.
terça-feira, 12 de junho de 2007
Donald propõe repasse de 5% dos impostos sobre bebidas a instituições de apoio ao dependente
O líder do PSDB na Assembléia Legislativa, deputado Donald Fernandes, quer que o governo do Estado destine 5% dos impostos arrecadados com a comercialização de bebidas alcoólicas a instituições de amparo e recuperação de dependentes químicos. O anteprojeto de lei foi apresentado na sessão de hoje.
Idealizador da Apadeq (Associação dos Parentes e Amigos dos Dependentes Químicos), Donald tem dedicado parte de sua vida à recuperação de dependentes químicos. “Não é fácil trabalhar sem recurso, apenas com a boa vontade dos voluntários e de doadores”, disse o deputado.
Ele cobrou participação do governo no tratamento de dependentes, que no Acre somam 60 mil pessoas. “Em cada pai de família acometido pela doença, a mulher e pelo menos um filho adoecem juntos. Trata-se, portanto, de uma questão de saúde pública”, afirmou.
Donald Fernandes lembrou ainda que 80% dos casos de violência doméstica e urbana estão relacionados ao uso e abuso de álcool e outras drogas. Fortalecer as instituições de recuperação dos dependentes químicos, argumenta o tucano, é prevenir problemas no âmbito da segurança pública.
“O governo precisa agir junto com aqueles que se dedicam a recuperar os que abusam do álcool e de outras drogas”, concluiu.
Idealizador da Apadeq (Associação dos Parentes e Amigos dos Dependentes Químicos), Donald tem dedicado parte de sua vida à recuperação de dependentes químicos. “Não é fácil trabalhar sem recurso, apenas com a boa vontade dos voluntários e de doadores”, disse o deputado.
Ele cobrou participação do governo no tratamento de dependentes, que no Acre somam 60 mil pessoas. “Em cada pai de família acometido pela doença, a mulher e pelo menos um filho adoecem juntos. Trata-se, portanto, de uma questão de saúde pública”, afirmou.
Donald Fernandes lembrou ainda que 80% dos casos de violência doméstica e urbana estão relacionados ao uso e abuso de álcool e outras drogas. Fortalecer as instituições de recuperação dos dependentes químicos, argumenta o tucano, é prevenir problemas no âmbito da segurança pública.
“O governo precisa agir junto com aqueles que se dedicam a recuperar os que abusam do álcool e de outras drogas”, concluiu.
segunda-feira, 11 de junho de 2007
Brasileiro trabalha sete dias do ano para pagar CPMF
Do BOL
O contribuinte brasileiro trabalha 7 dias por ano somente para pagar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo presidente do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), Gilberto Luiz do Amaral,
Amaral afirmou que "a CPMF tem efeito perverso sobre toda a economia", já que incide na fonte e retira o poder de compra dos salários, ao mesmo tempo em que eleva o preço final das mercadorias e serviços.
De acordo com o tributarista, a conjunção destes dois fatores inibe o consumo, dificulta a geração de empregos e resulta no baixo crescimento da economia brasileira. A CPMF representa em média 1,7% do preço final das mercadorias e serviços.
"Ao ser criada em 1993 como um imposto provisório, a CPMF representou no ano seguinte um desembolso para cada brasileiro de R$ 31,85. Em 2006, cada brasileiro pagou em média R$ 171,76", afirmou Amaral.
O presidente do IBPT também traçou uma relação entre a taxa básica de juros, a Selic, e a alíquota da CPMF. Assim, em 1997, primeiro ano da cobrança deste tributo com contribuição provisória, a sua alíquota foi de 0,20%, enquanto que a Selic daquele ano foi de 22,35%.
"Em 2007, a alíquota da CPMF é de 0,38%, e a Selic ficará por volta de 12%, indicando um crescimento de 254,76% do impacto da CPMF em relação à taxa Selic, o que demonstra que o ônus desta contribuição nos dias atuais é muito maior do que no passado", disse Amaral.
Comentário do blog: A partir de amanhã acorde cedo e dedique a semana para pagar o "imposto do cheque" que o PT sempre condenou mas, uma vez no governo, fez questão de prorrogar.
O contribuinte brasileiro trabalha 7 dias por ano somente para pagar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo presidente do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), Gilberto Luiz do Amaral,
Amaral afirmou que "a CPMF tem efeito perverso sobre toda a economia", já que incide na fonte e retira o poder de compra dos salários, ao mesmo tempo em que eleva o preço final das mercadorias e serviços.
De acordo com o tributarista, a conjunção destes dois fatores inibe o consumo, dificulta a geração de empregos e resulta no baixo crescimento da economia brasileira. A CPMF representa em média 1,7% do preço final das mercadorias e serviços.
"Ao ser criada em 1993 como um imposto provisório, a CPMF representou no ano seguinte um desembolso para cada brasileiro de R$ 31,85. Em 2006, cada brasileiro pagou em média R$ 171,76", afirmou Amaral.
O presidente do IBPT também traçou uma relação entre a taxa básica de juros, a Selic, e a alíquota da CPMF. Assim, em 1997, primeiro ano da cobrança deste tributo com contribuição provisória, a sua alíquota foi de 0,20%, enquanto que a Selic daquele ano foi de 22,35%.
"Em 2007, a alíquota da CPMF é de 0,38%, e a Selic ficará por volta de 12%, indicando um crescimento de 254,76% do impacto da CPMF em relação à taxa Selic, o que demonstra que o ônus desta contribuição nos dias atuais é muito maior do que no passado", disse Amaral.
Comentário do blog: A partir de amanhã acorde cedo e dedique a semana para pagar o "imposto do cheque" que o PT sempre condenou mas, uma vez no governo, fez questão de prorrogar.
Marcio Bittar visita Xapuri
O ex-deputado federal Marcio Bittar visita hoje e amanhã os municípios de Brasiléia e Xapuri. "Vou agradecer os votos que tive, conversar com pessoas que amo", disse. Em relação ao prefeito Vanderley Viana, a quem faz questão de agradecer o apoio à dura campanha do ano passado, Marcio afirmou tratar-se de um "guerreiro, um homem que não se rende e não se vende".
Ele se refere à onda de adesismo protagonizada por políticos com ou sem mandato, que da noite para o dia viram petistas desde criancinhas. Do prefeito de Xapuri afirmou também o que até os adversários políticos são obrigados a reconhecer: que Vanderley Viana, reeleito ou não, deixará a prefeitura com o mesmo patrimônio de quando entrou.
Ele se refere à onda de adesismo protagonizada por políticos com ou sem mandato, que da noite para o dia viram petistas desde criancinhas. Do prefeito de Xapuri afirmou também o que até os adversários políticos são obrigados a reconhecer: que Vanderley Viana, reeleito ou não, deixará a prefeitura com o mesmo patrimônio de quando entrou.
Governo Tracajá
Do blog do jornalista Altino Machado
Todos conhecem aquela historinha da árvore que cai em cima do jabuti e o animal consegue sobreviver alguns meses sem comida e água. A árvore começa a apodrecer e o jabuti passa a se alimentar dos bichos que surgem no vegetal.
Talvez a história não tenha nada a ver, mas como o governador Binho Marques (PT) ganha fama pela deliberada lentidão com que conduz sua gestão, bem que o tracajá poderia substituir aquela árvore da marca do "governo da floresta".
Leia mais aqui.
Comentário deste blog: A lentidão se explica pela falta de projeto político. Em oito anos de mandarinato vianista, a lengalenga era a florestania, mas o governo fazia a alegria mesmo era dos empreiteiros. Conheço gente que ficou rica no último ano de mandato, e tento imaginar o milagre da multiplicação do patrimônio dos que mamaram oito. Muitos, inclusive o Altino, passaram a campanha dizendo que a oposição não tinha projeto, como se os petralhas tivessem algum. Florestania é conversa pra boi dormir, neologismo bonitinho pensado pelo Toinho Alves em um dos seus muitos momentos de inspiração, mas que não tem aplicação prática. Binho, o burrocrata, perde-se em questões de gabinete, que ele adora. Concordo com o Altino na crítica, mas sugiro que se adote como símbolo do governo não o tracajá, mas a a preguiça-de-coleira. Como o governador, o bicho é da Bahia.
Todos conhecem aquela historinha da árvore que cai em cima do jabuti e o animal consegue sobreviver alguns meses sem comida e água. A árvore começa a apodrecer e o jabuti passa a se alimentar dos bichos que surgem no vegetal.
Talvez a história não tenha nada a ver, mas como o governador Binho Marques (PT) ganha fama pela deliberada lentidão com que conduz sua gestão, bem que o tracajá poderia substituir aquela árvore da marca do "governo da floresta".
Leia mais aqui.
Comentário deste blog: A lentidão se explica pela falta de projeto político. Em oito anos de mandarinato vianista, a lengalenga era a florestania, mas o governo fazia a alegria mesmo era dos empreiteiros. Conheço gente que ficou rica no último ano de mandato, e tento imaginar o milagre da multiplicação do patrimônio dos que mamaram oito. Muitos, inclusive o Altino, passaram a campanha dizendo que a oposição não tinha projeto, como se os petralhas tivessem algum. Florestania é conversa pra boi dormir, neologismo bonitinho pensado pelo Toinho Alves em um dos seus muitos momentos de inspiração, mas que não tem aplicação prática. Binho, o burrocrata, perde-se em questões de gabinete, que ele adora. Concordo com o Altino na crítica, mas sugiro que se adote como símbolo do governo não o tracajá, mas a a preguiça-de-coleira. Como o governador, o bicho é da Bahia.
domingo, 10 de junho de 2007
Jornalista Archibaldo Antunes lança romance
Golby Pullig, d'A Gazeta
Meses de pesquisa, um ano de inteiro de trabalho e seis de espera para ver impresso um desejo nascido diante de um barranco às margens do Rio Acre. “Amazônia dos brabos” veio na forma do primeiro volume da Coleção Biblioteca Popular depois que seu autor, o jornalista e escritor Archibaldo Antunes aceitou convite do senador Geraldo Mesquita Júnior para inaugurar o projeto que prevê a distribuição de títulos literários como forma de estimular a difusão da leitura no Brasil. Escrito em 2001 e revisado duas vezes antes de publicado, o romance narra entre outros fatos históricos, a trajetória de João Gabriel de Carvalho e Melo, cearense e protagonista de um drama pessoal que o colocaria co-mo um dos principais desbravadores do Acre.
O alcance desses acontecimentos sobre o autor do romance recebeu primeiro estímulo do historiador Marcus Vinícius das Neves. A convivência entre ambos garantiu o mote para o livro. “Ele abriu para mim uma janela sobre o passado acreano. Quando fui a Porto Acre tive a idéia de escrever uma história sobre esse assunto”, conta Archibaldo que preferiu não ler outros títulos similares para não se deixar influenciar. A exceção ficou com Leandro Tocantins e sua Formação Histórica do Acre, de onde foram extraídos dados técnicos que dão sustentação ao romance. “Não me preocupei muito com isto. Usei eventos históricos e reproduzi com as cores que a ficção permite”.
Em “Amazônia dos brabos” o leitor terá contato com três momentos da história do Acre que tiveram como protagonistas Galvez, Plácido de Castro e João Gabriel de Carvalho e Melo, entre outros personagens que relatos e documentos reconhecem a existência mas que a própria história trata de negligenciar. Eles se tornam o eixo de narrativas sobre as guerras e conflitos que ponteiam a formação do Estado. Acreditando que existem pessoas com habilidades, talentos e capacidades que conseguem aliar a atitude correta no momento adequado, o autor se distancia da heroização dos seus personagens. “O mais difícil de abordar foi Plácido de Castro. É complicado humanizar os heróis”, avalia.
Livro de graça
O projeto da Coleção Biblioteca Popular foi criado e está sendo executado por ini-ciativa do senador Geraldo Mesquita Jú-nior. É inédito no âmbito do Senado e coloca em prática a idéia de publicar obras de domínio público de autoria de escritores consagrados e que formam o conjunto da literatura brasileira. A dificuldade de penetração no mercado editorial de escritores que vivem fora da região sudeste foi um dos fatores responsáveis pelo atraso na publicação de “Amazônia dos brabos”. Mesmo trabalhando em um novo projeto, um relato sobre a vida de todos os ex-governadores do Acre, Archibaldo sonha com um novo romance. Não quer mais parar de escrever.
Influenciado pelo irmão se tornou leitor maduro, mas o primeiro livro lido apenas aos 12 anos causou impacto. Aos 16 soube que seria escritor. “Minha existência seria condenada à mediocridade se não fossem os livros. É lógico que um escritor quer ganhar pelo seu trabalho, mas não vou me preocupar em ficar vendendo livro de porta em porta”. Com estes Archibaldo Antunes, em sua estréia, não precisa se preocupar. O volume I da Coleção Biblioteca Popular teve tiragem de 5 mil exemplares.
Serão distribuídos gratuitamente. O único pedido que os autores do livro e do projeto fazem é que as edições sejam passadas adiante assim que o leitor concluir a leitura. Uma forma de democratizar o acesso ao livro. “Amazônia dos brabos” será lançado no dia 28 de junho em Rio Branco, às 19 horas, no auditório da Fieac.
Meses de pesquisa, um ano de inteiro de trabalho e seis de espera para ver impresso um desejo nascido diante de um barranco às margens do Rio Acre. “Amazônia dos brabos” veio na forma do primeiro volume da Coleção Biblioteca Popular depois que seu autor, o jornalista e escritor Archibaldo Antunes aceitou convite do senador Geraldo Mesquita Júnior para inaugurar o projeto que prevê a distribuição de títulos literários como forma de estimular a difusão da leitura no Brasil. Escrito em 2001 e revisado duas vezes antes de publicado, o romance narra entre outros fatos históricos, a trajetória de João Gabriel de Carvalho e Melo, cearense e protagonista de um drama pessoal que o colocaria co-mo um dos principais desbravadores do Acre.
O alcance desses acontecimentos sobre o autor do romance recebeu primeiro estímulo do historiador Marcus Vinícius das Neves. A convivência entre ambos garantiu o mote para o livro. “Ele abriu para mim uma janela sobre o passado acreano. Quando fui a Porto Acre tive a idéia de escrever uma história sobre esse assunto”, conta Archibaldo que preferiu não ler outros títulos similares para não se deixar influenciar. A exceção ficou com Leandro Tocantins e sua Formação Histórica do Acre, de onde foram extraídos dados técnicos que dão sustentação ao romance. “Não me preocupei muito com isto. Usei eventos históricos e reproduzi com as cores que a ficção permite”.
Em “Amazônia dos brabos” o leitor terá contato com três momentos da história do Acre que tiveram como protagonistas Galvez, Plácido de Castro e João Gabriel de Carvalho e Melo, entre outros personagens que relatos e documentos reconhecem a existência mas que a própria história trata de negligenciar. Eles se tornam o eixo de narrativas sobre as guerras e conflitos que ponteiam a formação do Estado. Acreditando que existem pessoas com habilidades, talentos e capacidades que conseguem aliar a atitude correta no momento adequado, o autor se distancia da heroização dos seus personagens. “O mais difícil de abordar foi Plácido de Castro. É complicado humanizar os heróis”, avalia.
Livro de graça
O projeto da Coleção Biblioteca Popular foi criado e está sendo executado por ini-ciativa do senador Geraldo Mesquita Jú-nior. É inédito no âmbito do Senado e coloca em prática a idéia de publicar obras de domínio público de autoria de escritores consagrados e que formam o conjunto da literatura brasileira. A dificuldade de penetração no mercado editorial de escritores que vivem fora da região sudeste foi um dos fatores responsáveis pelo atraso na publicação de “Amazônia dos brabos”. Mesmo trabalhando em um novo projeto, um relato sobre a vida de todos os ex-governadores do Acre, Archibaldo sonha com um novo romance. Não quer mais parar de escrever.
Influenciado pelo irmão se tornou leitor maduro, mas o primeiro livro lido apenas aos 12 anos causou impacto. Aos 16 soube que seria escritor. “Minha existência seria condenada à mediocridade se não fossem os livros. É lógico que um escritor quer ganhar pelo seu trabalho, mas não vou me preocupar em ficar vendendo livro de porta em porta”. Com estes Archibaldo Antunes, em sua estréia, não precisa se preocupar. O volume I da Coleção Biblioteca Popular teve tiragem de 5 mil exemplares.
Serão distribuídos gratuitamente. O único pedido que os autores do livro e do projeto fazem é que as edições sejam passadas adiante assim que o leitor concluir a leitura. Uma forma de democratizar o acesso ao livro. “Amazônia dos brabos” será lançado no dia 28 de junho em Rio Branco, às 19 horas, no auditório da Fieac.
sábado, 9 de junho de 2007
Eu quero saber de tudo
Diogo Mainardi, da Veja
Um delegado da Polícia Federal, citado por O Globo, definiu Vavá como "um cara simples, quase analfabeto, que enrola as pessoas". Eu diria que ele possui todos os predicados para suceder ao presidente da República. Vavá 2010.
Dois anos atrás, quando VEJA publicou que Vavá intermediou encontros sigilosos no Palácio do Planalto entre homens de negócios e o principal assessor de Lula, Gilberto Carvalho, ninguém deu bola para o assunto. Por algum tempo, os oposicionistas ameaçaram convocar Vavá e Gilberto Carvalho à CPI dos Bingos, mas acabaram desistindo com o argumento de que a vida particular do presidente deveria ser mantida longe da luta política.
Lula tem direito a uma vida particular? Renan Calheiros tem direito a uma vida particular? Algum político tem direito a uma vida particular? A imprensa acredita que sim. Mais do que isso: a imprensa acredita que pode determinar o que é um fato de interesse particular e o que é um fato de interesse público. Se um político tem um filho fora do casamento, a imprensa o considera um fato de interesse particular. Ela só passa a considerá-lo um fato de interesse público quando uma empreiteira paga suas contas.
Os jornalistas conhecem a intimidade dos políticos. Eles ficam a maior parte do tempo bisbilhotando os detalhes mais sórdidos sobre essa gente. Mas só publicam o que, para eles, estamos aptos a entender. A imprensa atribuiu-se um papel civilizador. Ela argumenta que é uma selvageria julgar um político a partir de seus hábitos privados. Por isso, sonega sistematicamente qualquer notícia a esse respeito.
Eu nunca me escandalizo com o comportamento dos outros. Mas me recuso a aceitar que a imprensa imponha seus valores omitindo os fatos. Se um senador é adúltero, eu quero saber. Se uma ministra dormiu com um presidente, eu quero saber. Se a mesma ministra traiu o marido com um líder oposicionista, eu quero saber. Depois concluo do jeito que quiser.
Os brasileiros acham que o fetiche da imprensa americana pela vida amorosa dos políticos é um sinal de jequice. Eu acho que jequice é delegar a um repórter de uma sucursal de Brasília a escolha sobre o que eu devo ou sobre o que eu posso saber. Os políticos precisam se sentir permanentemente vigiados. Quando a imprensa acoberta seus deslizes privados, termina por acobertar também seus crimes públicos.
A política brasileira é repulsiva. A gente deveria punir os políticos arruinando sua vida particular. Ao contrário do que se diz, não há nada de errado nisso. Se as aventuras sexuais de Marco Antônio foram relatadas pelos romanos, por que os brasileiros não haveriam de relatar as de Renan Calheiros? Renan Calheiros está para Marco Antônio assim como o Brasil está para a Roma Antiga. Marco Antônio 2010. Renan Calheiros 2010
Um delegado da Polícia Federal, citado por O Globo, definiu Vavá como "um cara simples, quase analfabeto, que enrola as pessoas". Eu diria que ele possui todos os predicados para suceder ao presidente da República. Vavá 2010.
Dois anos atrás, quando VEJA publicou que Vavá intermediou encontros sigilosos no Palácio do Planalto entre homens de negócios e o principal assessor de Lula, Gilberto Carvalho, ninguém deu bola para o assunto. Por algum tempo, os oposicionistas ameaçaram convocar Vavá e Gilberto Carvalho à CPI dos Bingos, mas acabaram desistindo com o argumento de que a vida particular do presidente deveria ser mantida longe da luta política.
Lula tem direito a uma vida particular? Renan Calheiros tem direito a uma vida particular? Algum político tem direito a uma vida particular? A imprensa acredita que sim. Mais do que isso: a imprensa acredita que pode determinar o que é um fato de interesse particular e o que é um fato de interesse público. Se um político tem um filho fora do casamento, a imprensa o considera um fato de interesse particular. Ela só passa a considerá-lo um fato de interesse público quando uma empreiteira paga suas contas.
Os jornalistas conhecem a intimidade dos políticos. Eles ficam a maior parte do tempo bisbilhotando os detalhes mais sórdidos sobre essa gente. Mas só publicam o que, para eles, estamos aptos a entender. A imprensa atribuiu-se um papel civilizador. Ela argumenta que é uma selvageria julgar um político a partir de seus hábitos privados. Por isso, sonega sistematicamente qualquer notícia a esse respeito.
Eu nunca me escandalizo com o comportamento dos outros. Mas me recuso a aceitar que a imprensa imponha seus valores omitindo os fatos. Se um senador é adúltero, eu quero saber. Se uma ministra dormiu com um presidente, eu quero saber. Se a mesma ministra traiu o marido com um líder oposicionista, eu quero saber. Depois concluo do jeito que quiser.
Os brasileiros acham que o fetiche da imprensa americana pela vida amorosa dos políticos é um sinal de jequice. Eu acho que jequice é delegar a um repórter de uma sucursal de Brasília a escolha sobre o que eu devo ou sobre o que eu posso saber. Os políticos precisam se sentir permanentemente vigiados. Quando a imprensa acoberta seus deslizes privados, termina por acobertar também seus crimes públicos.
A política brasileira é repulsiva. A gente deveria punir os políticos arruinando sua vida particular. Ao contrário do que se diz, não há nada de errado nisso. Se as aventuras sexuais de Marco Antônio foram relatadas pelos romanos, por que os brasileiros não haveriam de relatar as de Renan Calheiros? Renan Calheiros está para Marco Antônio assim como o Brasil está para a Roma Antiga. Marco Antônio 2010. Renan Calheiros 2010
Leal é um bom companheiro
Na matemática dos privilégios reinam as divisões desiguais. O secretário de Saúde, Osvaldo Leal, aplica, por exemplo, a aritmética da camaradagem ao exercício de suas funções públicas. A secretaria que comanda paga R$ 1 mil de diária a um grupelho de bons camaradas que fazem o sacrifício de deixar seus lares para prestar serviços no Vale do Juruá. Sim, mil reais ao dia, como denunciou o médico e deputado estadual Donald Fernandes (PSDB) há quase um mês. Instado a explicar a origem dos pagamentos, Osvaldo Leal se calou.
O que deveria ser apenas um erro de cálculo na tabuada da decência ganha contornos suspeitos ante o silêncio do secretário. Nunca é demais lembrar aos companheiros recalcitrantes que eles não são donos dos bens públicos que quase sempre malbaratam com irresponsabilidade juvenil.
Na quarta-feira, a deputada Idalina Onofre (PPS) cobrou do governo as explicações que Osvaldo Leal se recusa fornecer. Idalina voltou ao tema porque não menos que cinco pessoas de Cruzeiro do Sul a procuraram para pedir auxílio para cirurgias a que precisam se submeter. Ela então quer saber o que fazem no Juruá os médicos que ganham diárias astronômicas.
Há três aspectos interessantes do modo Leal de administrar. O primeiro é que as diárias não são contabilizadas nos contras-cheques dos médicos, o que leva o deputado Donald Fernandes a afirmar que elas são ilícitas. O segundo é que um médico bom companheiro recebe, em uma semana de extras, mais do que aquele que vive no Juruá e presta serviços o mês inteiro. O terceiro aspecto diz respeito aos critérios de seleção de quem pode e quem não pode receber diárias de mil reais.
A matemática do bom senso ensina que quanto maior a vantagem, menor será o número de privilegiados.
O que deveria ser apenas um erro de cálculo na tabuada da decência ganha contornos suspeitos ante o silêncio do secretário. Nunca é demais lembrar aos companheiros recalcitrantes que eles não são donos dos bens públicos que quase sempre malbaratam com irresponsabilidade juvenil.
Na quarta-feira, a deputada Idalina Onofre (PPS) cobrou do governo as explicações que Osvaldo Leal se recusa fornecer. Idalina voltou ao tema porque não menos que cinco pessoas de Cruzeiro do Sul a procuraram para pedir auxílio para cirurgias a que precisam se submeter. Ela então quer saber o que fazem no Juruá os médicos que ganham diárias astronômicas.
Há três aspectos interessantes do modo Leal de administrar. O primeiro é que as diárias não são contabilizadas nos contras-cheques dos médicos, o que leva o deputado Donald Fernandes a afirmar que elas são ilícitas. O segundo é que um médico bom companheiro recebe, em uma semana de extras, mais do que aquele que vive no Juruá e presta serviços o mês inteiro. O terceiro aspecto diz respeito aos critérios de seleção de quem pode e quem não pode receber diárias de mil reais.
A matemática do bom senso ensina que quanto maior a vantagem, menor será o número de privilegiados.
sexta-feira, 8 de junho de 2007
Riscos de ser professor
Enviado ao blog pelo professor Ednei Muniz
Saúde dos educadores
A saúde dos professores está em sinal de alerta. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, um em cada dois professores está exposto ao risco de sofrer um ataque cardíaco; constata-se também prevalência de distúrbios advindos do estresse, labirintite, faringite, neuroses e doenças dos aparelhos locomotor e circulatório em docentes; segundo dados oficiais, 60% das solicitações de licença por motivo de doença relacionavam-se a distúrbios nervosos. Além disso, verificou-se, entre pessoas hospitalizadas por doenças mentais, maior incidência de neuroses com depressão entre os professores do que em outras categorias profissionais. Os dados foram apresentados pelo professor Edinei Muniz para justificar a necessidade da criação da Clínica do Educador.
Saúde dos educadores II
O ensino possui características particulares, geradoras de estresse e de alterações do comportamento dos que nele trabalham. Estudos realizados no Brasil têm demonstrado que os docentes estão permanentemente sujeitos a uma deterioração progressiva da sua saúde física e mental. O estresse já é reconhecido por organismos internacionais como "enfermidade profissional", cujos efeitos atingem inclusive o ambiente escolar. É considerado pela OIT não somente como um fenômeno isolado mas "um risco ocupacional significativo da profissão". A clínica do educador é mais que necessário nesse contexto.
Saúde dos educadores
A saúde dos professores está em sinal de alerta. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, um em cada dois professores está exposto ao risco de sofrer um ataque cardíaco; constata-se também prevalência de distúrbios advindos do estresse, labirintite, faringite, neuroses e doenças dos aparelhos locomotor e circulatório em docentes; segundo dados oficiais, 60% das solicitações de licença por motivo de doença relacionavam-se a distúrbios nervosos. Além disso, verificou-se, entre pessoas hospitalizadas por doenças mentais, maior incidência de neuroses com depressão entre os professores do que em outras categorias profissionais. Os dados foram apresentados pelo professor Edinei Muniz para justificar a necessidade da criação da Clínica do Educador.
Saúde dos educadores II
O ensino possui características particulares, geradoras de estresse e de alterações do comportamento dos que nele trabalham. Estudos realizados no Brasil têm demonstrado que os docentes estão permanentemente sujeitos a uma deterioração progressiva da sua saúde física e mental. O estresse já é reconhecido por organismos internacionais como "enfermidade profissional", cujos efeitos atingem inclusive o ambiente escolar. É considerado pela OIT não somente como um fenômeno isolado mas "um risco ocupacional significativo da profissão". A clínica do educador é mais que necessário nesse contexto.
terça-feira, 5 de junho de 2007
Frase
"O governo do PT é corrupto que se alia a outros corruptos".
Deputado Luiz Calixto, hoje na Assembléia, sobre o pagamento de R$ 3,7 milões ao ano que o Detran vai fazer a empresa Elizeu Kopp e Cia Ltda por doze radares na capital.
Deputado Luiz Calixto, hoje na Assembléia, sobre o pagamento de R$ 3,7 milões ao ano que o Detran vai fazer a empresa Elizeu Kopp e Cia Ltda por doze radares na capital.
Sessão conturbada
Radares
Os 12 radares que custarão quase R$ 4 milhões por ano aos cofres públicos virou bate-boca hoje na Assembléia Legislativa. A denúncia é do deputado Luiz Calixto (PDT), que ironizou a confusão que o líder do PT na Casa, Taumaturgo Lima, fez entre a quantidade de radares e a de placas que indicam a existência daqueles.
Aos gritos
O clima esquentou quando o pedetista teceu críticas a Mancio Lima Cordeiro, irmão de Taumaturgo, e atual secretário da Fazenda. Aos gritos, o petista exigiu "mais respeito".
Questão de estilo
Calixto aproveitou para criticar o estilo chavista do governo, que determina a linha editorial dos jornais acreanos. Lembrou que o assessor Oli Duarte, nos dias de sessão, senta-se entre os jornalistas para "influenciar suas opiniões". De fato, Oli não faz nada além de cochichar ao ouvido dos repórteres e falar ao celular, seu esporte predileto.
O chavista Diniz
Ao defender hoje o colega Taumaturgo das críticas do deputado Calixto, o comunista Moisés Diniz confessou-se "chavista". Disse ter orgulho de sê-lo. Como uma estultície sempre anda acompanhada de outra, Moisés Diniz afirmou que se ofenderia em ser chamado de "bushista". São tantas as asneiras ditas pelo parlamentar que fiquei em dúvida se ele é "chavista" por causa do ditador venezuelano ou por causa do seriado do SBT. "Foi sem querer querendo..."
Hospital sem médicos
A deputada Idalina Onofre (PPS) reclamou de que o hospital de Cruzeiro do Sul, inaugurado quatro vezes nos últimos anos, não dispõe de médicos. Ela lembrou denúncia do colega Donald Fernandes (PSDB) sobre pagamento de diárias de R$ 1 mil a médicos de Rio Branco que se deslocam ao Juruá. "O que esses médicos estão fazendo, já que nesse fim de semana cinco moradores de Cruzeiro foram à minha casa necessitando de cirurgia?", questiona-se a parlamentar.
Baratas
Idalina concluiu dizendo que o hospital do seu município foi "entregue às baratas".
Mutreta
Donald Fernandes aproveitou o assunto para lembrar que há mais de um mês solicitou da Secretaria Estadual de Saúde informações sobre as diárias de R$ 1 mil pagas a médicos da capital que se deslocam ao Vale do Juruá. Como os valores não constam nos contras-cheques, Donald afirma que no negócio tem "mutreta".
Aritmética
Na aritmética dos privilégios, um médico amigo do secretário de Saúde que passa uma semana em Cruzeiro do Sul recebe mais do que o que mora lá e trablha o mês inteiro.
Os 12 radares que custarão quase R$ 4 milhões por ano aos cofres públicos virou bate-boca hoje na Assembléia Legislativa. A denúncia é do deputado Luiz Calixto (PDT), que ironizou a confusão que o líder do PT na Casa, Taumaturgo Lima, fez entre a quantidade de radares e a de placas que indicam a existência daqueles.
Aos gritos
O clima esquentou quando o pedetista teceu críticas a Mancio Lima Cordeiro, irmão de Taumaturgo, e atual secretário da Fazenda. Aos gritos, o petista exigiu "mais respeito".
Questão de estilo
Calixto aproveitou para criticar o estilo chavista do governo, que determina a linha editorial dos jornais acreanos. Lembrou que o assessor Oli Duarte, nos dias de sessão, senta-se entre os jornalistas para "influenciar suas opiniões". De fato, Oli não faz nada além de cochichar ao ouvido dos repórteres e falar ao celular, seu esporte predileto.
O chavista Diniz
Ao defender hoje o colega Taumaturgo das críticas do deputado Calixto, o comunista Moisés Diniz confessou-se "chavista". Disse ter orgulho de sê-lo. Como uma estultície sempre anda acompanhada de outra, Moisés Diniz afirmou que se ofenderia em ser chamado de "bushista". São tantas as asneiras ditas pelo parlamentar que fiquei em dúvida se ele é "chavista" por causa do ditador venezuelano ou por causa do seriado do SBT. "Foi sem querer querendo..."
Hospital sem médicos
A deputada Idalina Onofre (PPS) reclamou de que o hospital de Cruzeiro do Sul, inaugurado quatro vezes nos últimos anos, não dispõe de médicos. Ela lembrou denúncia do colega Donald Fernandes (PSDB) sobre pagamento de diárias de R$ 1 mil a médicos de Rio Branco que se deslocam ao Juruá. "O que esses médicos estão fazendo, já que nesse fim de semana cinco moradores de Cruzeiro foram à minha casa necessitando de cirurgia?", questiona-se a parlamentar.
Baratas
Idalina concluiu dizendo que o hospital do seu município foi "entregue às baratas".
Mutreta
Donald Fernandes aproveitou o assunto para lembrar que há mais de um mês solicitou da Secretaria Estadual de Saúde informações sobre as diárias de R$ 1 mil pagas a médicos da capital que se deslocam ao Vale do Juruá. Como os valores não constam nos contras-cheques, Donald afirma que no negócio tem "mutreta".
Aritmética
Na aritmética dos privilégios, um médico amigo do secretário de Saúde que passa uma semana em Cruzeiro do Sul recebe mais do que o que mora lá e trablha o mês inteiro.
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