Descentrar recursos parece ser a solução para os graves problemas da saúde no Acre. A constatação foi feita ontem pelos deputados estaduais Donald Fernandes (PSDB), Luiz Calixto (PDT), Chagas Romão (PMDB) e N. Lima (DEM), que aproveitaram evento promovido pela Assembléia Legislativa em Sena Madureira para visitar o hospital João Câncio Fernandes. Trata-se da única unidade de saúde do Acre que goza de autonomia financeira, e assim consegue oferecer atendimento de qualidade aos moradores.
Com oito médicos e 62 leitos, dos quais 54 cadastrados no SUS (Sistema Único de Saúde), o hospital de Sena Madureira dispõe de quase 120 mil reais mensais para tocar suas atividades. Isso garante o funcionamento dos serviços oferecidos aos pacientes. A descentralização orçamentária, segundo a diretora da instituição, Antônia Gadelha, foi a maneira encontrada para driblar a burocracia e aumentar a eficiência.
“O estado arca com as despesas de pessoal, de luz e das reformas, mas os serviços são bancados com os repasses do SUS”, afirmou Antônia.
Donald considerou o número de médicos insuficiente. A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda um médico para cada grupo de mil habitantes. “Oito médicos ainda é pouco para uma população de 45 mil pessoas”, disse o deputado tucano.
Autonomia
Antônia explicou que a descentralização financeira depende muito do gestor do hospital e da participação da comunidade. Ela acompanhou a visita dos deputados ao prédio, que passa por reforma, e forneceu informações sobre o funcionamento dos serviços.
As evidências de que a autonomia financeira concede maior eficiência a uma unidade de saúde foi constada pelo parlamentares. O estado é mais lento em fazer pequenas melhorias. Um exemplo é a reforma do prédio, cujo prazo de 90 dias para execução vai completar um ano em julho.
Apesar de problemas como a precariedade de quem atua no setor de radiologia, os serviços do hospital João Câncio Fernandes foram elogiados pelos deputados.
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