segunda-feira, 14 de maio de 2007

Deu no Estadão

Jorge mentiu quando anunciou medidas de combate à violência

No enterro da missionária Dorothy Stang, o então governador do Acre, Jorge Viana, representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou providências “imediatas” contra a violência na região. A primeira medida seria uma ação dura para desarmar fazendeiros, prender jagunços, apurar denúncias de violência e combater a grilagem.

A outra previa maior rapidez na execução da reforma agrária, sobretudo o modelo de desenvolvimento sustentável pelo qual a irmã Dorothy lutava. Foram também encaminhados pedidos de proteção da Polícia Federal em favor de líderes ameaçados de morte.

Passados dois anos, contudo, a relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) para direitos humanos, Hina Jilani, se diz alarmada com o número de assassinatos de ativistas no Brasil e indica que um dos problemas é a "impunidade persistente". Em documento divulgado no mês passado, ela relata que até ativistas que trabalham em projetos do governo federal são alvo de ameaças.

É o caso dos frades Xavier Plassat e Silvano Rezende e de Lúcio de Avelar e Jorge Vieira, da Pastoral da Terra do Pará. Os quatro passaram a sofrer ameaças e tentativas de assassinatos após participar do desenvolvimento do Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, lançado em 2003 por Lula.

Comentário do Blog: Não foi a primeira vez que Jorge Viana mentiu, e o pior é que muitas de suas mentiras foram endossadas por uma imprensa acrítica e dócil. Quantos projetos governamentais foram anunciados com pirotecnia para morrerem nas gavetas do Executivo? Quantos votos não renderam as pantomimas vianistas em época de eleição sem que os resultados do que estava sendo propalado viessem em seguida à empulhação? O senso crítico precisa ser a arma do eleitor contra o estelionato político neste país.

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