A Associação dos Técnicos em Radiologia do Acre iniciou, com apoio do deputado Donald Fernandes (PSDB), um movimento para que o governo estadual cumpra as determinações legais que regulamentam o exercício da profissão. No Acre, os radiologistas têm jornada de trabalho de 40 horas semanais, quando a lei prevê 24 horas de atividades nesse período. Os profissionais também reclamam da falta de equipamento de segurança para exercer a profissão. O governo não fornece sequer o dosímetro, equipamento capaz de detectar a quantidade de radiação que atinge o radiologista. Cada dosímetro custa apenas 8 reais.
“É uma profissão de risco, insalubre, e cujas normas de segurança vêm sendo desrespeitadas pelo governo do estado”, afirmou o presidente da Associação, Jean Marcos Lunier.
Ontem os representantes da categoria compareceram à Assembléia Legislativa. O deputado Donald Fernandes apresentou indicação ao governo para que se cumpram as normas estabelecidas na lei federal 7.394/85.
“O governo não pode contrariar uma lei federal”, argumentou o parlamentar tucano, informando ainda que encaminhou pedido de apuração das denúncias à delegacia Regional do Trabalho.
Risco maior
A lei que regulamentou a profissão de radiologista começou a ser descumprida no governo de Orleir Cameli, afirmou Lunier. Hoje existem profissionais com trinta anos de serviço que ainda não se aposentaram, apesar da exigência legal ser de 25 anos de atividade.
Segundo Lunier, a categoria cobra também do governo do estado um plano de cargos e salários. A inexistência de um obriga os radiologistas a dobrarem plantões, o que aumenta o risco de contaminação.
“Não queremos do governo nada além do que prevê a lei 7.394”, afirmou o representante da categoria.
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