segunda-feira, 7 de maio de 2007

E Binho afinal arrumou o que fazer

Se o governo está parado, o governador Binho Marques arrumou o que fazer. A nova função é criar neologismos, ou seja, inventar palavras para nos enriquecer o vocabulário.

Na sua preleção de hoje, na Assembléia Legislativa, quando falou para vereadores de todos os municípios do Acre, Binho usou um termo novo, o tal de "empoderamento", que a imprensa já passou a replicar sem consultas aos dicionários. Fui a dois - o Aurélio e o Houaiss - e constatei que se trata de uma novidade vocabular, já que os lingüistas ignoram o que o seja "empoderar" ou "empoderamento".

Se o terceiro governo do PT não conseguir gerar riquezas, como não foi possível nos dois primeiros mandatos de Jorge Viana, ao menos os companheiros nos deixarão mais ricos de significados.

Ilhas da fantasia
Sempre que ouço um discurso do governador Binho Marques tenho a forte impressão de que a criatura não vê a hora de romper com o criador. Hoje na Aleac, por exemplo, o companheiro disse que não adianta criarem-se ilhas de fantasia em alguns pontos do Acre enquanto em outros não houver serviços mínimos a oferecer aos excluídos. Não seria uma indireta ao antecessor, Jorge Viana, que investiu em milionárias obras de urbanização em Rio Branco, enquanto o interior ficou ao Deus dará? Ou os petistas acreanos chegaram ao ponto de que tudo o que dizem se voltam contra eles próprios, tal a ginástica que precisam fazer para repetir as mesmas baboseiras de maneiras diferentes?

Binho afirmou, por exemplo, que o governo não pode desperdiçar recursos para que o estado rompa com a forte dependência dos repasses federais, etc e etc. Perguntei cá aos meus botões se o caso não se aplica aos recursos (mais de R$ 1 milhão por mês) que serão transferidos do Estado aos donos dos veículos de comunicação. Primeiro condenei os repasses. Depois entendi que a causa é nobre, já que sem o apoio da imprensa a população não poderá acompanhar os debates oficiais, agora eivados de "empoderamentos".

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