Do blog do jornalista Reinaldo Azevedo
Uau! Finalmente, um pouco de política. O PSDB decidiu comprar, com um anúncio publicado em vários jornais, uma boa briga com o PT, a CUT e o governo federal. Já não era sem tempo. Um evento com todas as tintas de surrealismo está em curso em São Paulo.
Como o texto dos tucanos informa, a questão é basicamente a seguinte: o PT e a CUT, de que Luiz Marinho, atual ministro da Previdência, é o chefão, querem que os funcionários públicos contratados em São Paulo pela Lei 500 – basicamente, professores – se aposentem pelo INSS. O governo Serra os quer, e essa é a reivindicação deles, no SP-Prev, o sistema de aposentadoria estadual. O governo de São Paulo já recorreu à Justiça para que a transferência para o órgão federal não ocorra. Por que a insistência do Planalto? Porque se estima em R$ 15 bilhões o valor que seria transferido para o órgão subordinado ao ministério de Luiz Marinho.
Já noticiei aqui a questão e reitero: os mais de 200 mil falsos temporários (a maioria professores) e o governo Serra querem a mesma coisa. E quem impede que se faça o certo? O governo federal, que ameaça o governo de São Paulo com retaliação se sua vontade não for cumprida.
Pois bem. A Apeosp, o sindicato petista e cutista dos professores da rede oficial de ensino, deveria estar em defesa dos seus representados, certo? Certo. Mas não está. Em vez de protestar contra o governo federal, resolveu deflagrar protestos e greve contra, PASMEM!, o governo do Estado, prejudicando os alunos, as crianças. Contra o governo Lula e Luiz Marinho, até agora, não disse uma vírgula.
Esse é o dado mais perverso do petismo e do cutismo. Eles se consideram os defensores naturais e únicos da "craçe trabaiadora”, mesmo quando, objetivamente, militam contra seus óbvios direitos.
Vocês acompanharam aqui a saga, que terá continuidade, das Mafaldinhas e Remelentos na USP. Lembram-se daquele professor, um certo Henrique Carneiro, que foi falar na Reitoria? Qual era a sua proposta? Uma greve geral de todos os servidores da educação. Contra o governo de São Paulo, juntando a Apeoesp e as universidades.
Essa gente já ultrapassou o limite da desmoralização
domingo, 13 de maio de 2007
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